Número da Besta
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Número da Besta, Marca de Besta, 666, meia-meia-meia, seiscentos e sessenta e seis ou ainda seis-seis-seis, é de acordo com a tradição cristã, um número correspondente ao nome da Besta, e que equivale ao 666 (616 em alguns manuscritos). De acordo com o Apocalipse, este número será grafado na testa ou na mão dos que viverem sob o domínio da Besta (Apocalipse 13:16–18 ).
A origem da profecia provavelmente está associada à tessera, sinal marcado sobre os escravos romanos. Deste modo, o autor de Apocalipse estaria associando o uso da marca da Besta a uma forma de escravização desta Besta.
No sistema de numeração romano, os números são compostos por múltiplos de 1 e 5, que perfazem 6, nas unidades, dezenas e centenas. Assim, a marca do império romano provém da simples utilização dos números I, V, X, L, C e D; respectivamente 1 + 5 + 10 + 50 + 100 + 500 (666), dando origem a uma série de superstições.
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[editar] Referências do Apocalipse
- Número da Besta
Os manuscritos gregos (atualmente copias de um protótipo onde escrito em grego, ainda que outros discutem a originalidade, onde foi escrito em Hebraico) não lêem a frase literalmente como seis-seis-seis (três palavras gregas para seis em uma série — εξ εξ εξ) mas como χξϛ´ (ele é 666 em forma numérica grega) ou algumas vezes seiscentos e sessenta e seis (grego: ἑξακόσιοι ἑξήκοντα ἕξ):
O texto grego de Codex Alexandrinus do Novo testamento lê:
Ὧδε ἡ σοφία ἐστίν• ὁ ἔχων νοῦν ψηφισάτω τὸν ἀριθμὸν τοῦ θηρίου, ἀριθμὸς γὰρ ἀνθρώπου ἐστίν• καὶ ὁ ἀριθμὸς αὐτοῦ ἑξακόσιοι ἑξήκοντα ἕξ.
Hōde hē sophia estin; ho echōn noun psēphisatō ton arithmon tou thēriou, arithmos gar anthrōpou estin; kai ho arithmos autou hexakosioi hexēkonta hex.
Hic sapientia est. Qui habet intellectum, computet numerum bestiae. Numerus enim hominis est, et numerus eius est sescenti sexaginta sex.
[editar] Referências fora do Apocalipse
O número 666 é também visto no velho testamento no livro II Crônicas; verso 9:13 e com ele paralelo em I Reis 10:14 lê:
O peso do ouro que Salomão recebia cada ano era de Seiscentos e sessenta e seis talentos…
O número está também em genealogia: Esd 2:13 (2:3–35), ou Nee 7:18 (7:8–38)
- "...filhos de Adonicão: 666..."
[editar] Interpretações
De acordo com as ramificações do Cristianismo há diversas interpretações sobre o significado do número:
Diversos ramos defendem que 666 se relacione ao nome ou título de uma pessoa específica. Alguns textos católicos e historiadores defendem que 666 se relacione com Nero César, imperador romano sob a qual o apóstolo João teria sido exilado. Esta crença é baseada no seguinte argumento:
Nero César (em hebraico נרון קסר, Nrwn Qsr "Neron Qesar") assume o seguinte valor no alfabeto hebraico:
r s q n w r n 666 = 200 + 60 + 100 + 50 + 6 + 200 + 50
Outra versão para o nome de Nero נרו קסר, Nrw Qsr (que é a forma latina):
r s q w r n 616 = 200 + 60 + 100 + 6 + 200 + 50
Ramificações evangélicas vêem o valor de 666 associado ao papado, que ostenta em sua tiara VICARIUS FILLIS DEI que equivaleria a 666.
De acordo com os ebionitas, em hebraico escrevemos 666 com as consoantes T-R-S-W ou TARSO. A tradição ebionita defende que 666 designa Paulo de Tarso, que para eles é o responsável pelo surgimento da idolatria cristã.
[editar] Teoria Atéia
Na antiguidade, era muito natural misturar os estudos das posições dos astros com a religião. Para fins de Astrologia uma ciência que se contrapunha com a fé, porem muito válida entre reis e monarcas, as efemérides astronômicas eram igualmente usadas por astrólogos e reis. Os monarcas consultavam os astros interessados em casar as efemérides astronômicas “porventura existentes” com a ciência oculta da numerologia por ocasião da assinaturas de tratados e outros assinados. Dessa forma alguns dias do ano passaram a ser de vital importância para aqueles que vêem o número "666" com alguma crença religiosa.
[editar] O número 666 e a Astrometria
Muito antes da formação da lenda 666, a precessão do equinócio que tem um período de cerca de 26.000 anos já era monitorada pelos antigos egípcios e já era assunto de grande importância entre os poderosos.
Estudiosos de astrologia com interesse da influência dos astros no comportamento humano, ou no caso os astrônomos, interessados na mecânica do cosmos e nas leis da fisica, eram unânimes em afirmar que existia uma força invisível que comandava o astro rei durante os solstícios de inverno e verão, e que sua mudança poderia interferir em algum fenômeno natural, como as marés, independente de uma vontade divina como é de se esperar entre os crédulos. Para eles quando muito uma força associada a alguma homeostase planetária tirada do ponto de vista da arqueoconcepção em voga poderia melhor explicar.
Medidas geodésicas do curso do sol no entanto, já mostravam que durante milênios essa marca existia e até antes do manuscrito 666. Nas primeiras medições por falta de tecnologia, usavam enormes instrumentos chamados quadrantes (a quarta parte de um círculo). Para melhor precisão nas medidas deveria ser de tamanho considerável de modo aceitar a divisão em 900 marcas iguais em vez dos 90 graus usados em transferidores hoje (daí o tamanho).
Nessa época os estudiosos não conheciam a inclinação do eixo da terra e atribuiam ao sol o movimento, do ponto de vista dum observador terreno, em ambos o solstícios o sol, nunca passava da marca 666 medido do pólo ao trópico ou seu complemento 234 do equador ao trópico.
Para os religiosos no entanto, uma vez tratando-se de calor, supunham que esses estudos teriam algo a ver com o Diabo, daí a implicação com a marca 666. Notem que para época essa medida só poderia ser feita usando os pontos cardeais, nesses casos era mais fácil achar o pólo norte verdadeiro pela meridiana do que o leste ou oeste; nesse tipo de medida a marca limite do 666 é mais presente.
Extra oficialmente teorizam que para dar um fim a curiosa supertição ocultada num transferidor levou a diminuírem os quadrantes de leitura dos astros, substituindo-os por sextantes e com menos marcas (até 60 graus), desprezando os 30° restantes e mais, os minutos divididos em 60 segundos, de modo que representa hoje nos modernos sextantes 23°24' ou 66°36', o mesmo que 23,4/10 ou 66,6/10 .
[editar] Cultura e psicologia
[editar] Evitando o número
O número 666 retém uma significância peculiar na cultura e psicologia das sociedades ocidentais. Como muitas pessoas tentaram evitar o número de "azar" 13 (a fobia desse número é chamado de "triskaidekafobia"), muitas pessoas procuraram um caminho para evitar o "Número do Diabo". O medo do número 666 é chamado de "Hexakosioihexekontahexaphobia".
Por exemplo, quando a gigantesca fábrica de CPU Intel introduziu o Pentium III 666 MHz em 1999, eles escolheram para o mercado o Pentium III 667 com o pretexto que, a velocidade 666,666 MHz não era mais específica que 667 MHz.
[editar] 6 de Junho de 2006
A data 6 de junho de 2006(Terça-feira) podendo ser abreviada com 06/06/06, isso atrai a atenção como um dia que deve ter alguma conexão com a Marca da Besta.
[editar] Cultura
Há álbuns e canções heavy metal em alusão ao número da besta:
- Iron Maiden: The Number Of The Beast;
- Drowned: By The Grace Of Evil;
- Dimmu Borgir: Enthrone Darkness Triumphant;
- Anvil: Metal On Metal;
- Brujeria: Sèis sèis sèis
- Dark Funeral: 666 Voices Inside;
- Helloween: The Dark Ride;
- Old Man's Child: The Historical Plague;
- Tankard: Alien;
- Slipknot: The Heretic Anthen.
Também há álbuns de rock em alusão ao número da besta:
- Marilyn Manson: Antichrist Superstar;
- In Flames: Whoracle.