Navegador
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- Nota: Para outros significados de Navegador, ver Navegador (desambiguação).
Um navegador (também conhecido como web browser ou simplesmente browser, termos em inglês) é um programa que habilita seus usuários a interagirem com documentos HTML (em linguagem de hipertexto) hospedados em um servidor Web, de acesso à Internet. É o tipo mais comumente usado de agente. A maior coleção interligada de documentos de hipertexto, dos quais os documentos HTML são uma substancial fração, é conhecida como World Wide Web - a grande teia ou rede mundial de computadores.
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[editar] Protocolos e padrões
Navegadores se comunicam com servidores Web usando primariamente o protocolo de transferência de arquivos HTTP para recuperar páginas Web, que são por sua vez identificadas pela URL http:. O protocolo HTTP permite aos navegadores tanto recuperar como submeter informações para um servidor de Internet. O formato de arquivo que uma página usa é normalmente o HTML, sendo identificado no protocolo HTTP através de um indicador do seu tipo de conteúdo (content type) MIME.
A maioria dos navegadores suporta uma grande variedade de formatos em adição ao HTML, tais como JPEG, GIF e PNG para imagens, e também podem geralmente ser estendidos para suportar outros formatos através de plugins. Da mesma forma, muitos navegadores suportam vários outros tipos de URLs com seus protocolos correspondentes, tais como ftp: para FTP, gopher: para Gopher, https: para HTTPS (uma versão encriptada via SSL do HTTP). A combinação do tipo de conteúdo e da URL do protocolo de transferência de arquivos permite que desenvolvedores de páginas Web embutam imagens, animações, sons e vídeo nas mesmas, ou tornem tais conteúdos acessíveis através dessas páginas.
Os navegadores mais primitivos suportavam somente uma versão mais simples do HTML. O desenvolvimento rápido dos navegadores proprietários, porém, (veja As Guerras dos Navegadores) levou à criação de dialetos não-padronizados do HTML, causando problemas de interoperabilidade na Web. Navegadores mais modernos (tais como o Internet Explorer, Mozilla Firefox, Opera e Safari) suportam versões padronizadas das linguagens HTML e XHTML (começando com o HTML 4.01), e mostram páginas em uma maneira uniforme através das plataformas em que rodam.
Alguns dos navegadores mais populares incluem componentes adicionais para suportar Usenet e correspondência de e-mail através dos protocolos NNTP e SMTP, IMAP e POP respectivamente.
Um browser é essencialmente um programa que converte o código de hipertexto HTML para ambiente gráfico...
[editar] História
Tim Berners-Lee, que foi um dos pioneiros no uso do hipertexto como forma de compatilhar informações, criou o primeiro navegador, chamado WorldWideWeb, em 1990. Ele ainda o introduziu como ferramenta entre os seus colegas do CERN em Março de 1991. Desde então, o desenvolvimento dos navegadores tem sido intrinsecamente ligado ao desenvolvimento da própria Web.
A Web, entretanto, só explodiu realmente em popularidade com a introdução do NCSA Mosaic, que era um navegador gráfico (em oposição a navegadores de modo texto) rodando originalmente no Unix, mas que foi também portado para o Apple Macintosh e Microsoft Windows logo depois. A versão 1.0 do Mosaic foi lançada em Setembro de 1993. Marc Andreesen, o líder do projeto Mosaic na NCSA, demitiu-se para formar a companhia que seria conhecida mais tarde como Netscape Communications Corporation.
A Netscape lançou o seu produto líder Navigator em Outubro de 1994, e este tornou-se o mais popular navegador no ano seguinte. A Microsoft, que até então havia ignorado a Internet, entrou na briga com o seu Internet Explorer, comprado às pressas da Splyglass Inc. Isso marcou o começo da Guerra dos Browsers, que foi a luta pelo mercado dessas aplicações entre a gigante Microsoft e a companhia menor largamente responsável pela propularização da Web, a Netscape.
Essa disputa colocou a Web nas mãos de milhões de usuários ordinários do PC, mas também mostrou como a comercialização da Web podia arruinar os esforços de padronização. Tanto a Microsoft como a Netscape deliberadamente incluíram extensões proprietárias ao HTML em seus produtos, e tentaram ganhar superioridade no mercado através dessa diferenciação. A disputa terminou em 1998 quando ficou claro que a tendência no declínio do domínio de mercado por parte da Netscape era irreversível. Isso aconteceu, em parte, pelas ações da Microsoft no sentido de integrar o seu navegador com o sistema operacional e o empacotamento do mesmo com outros produtos por meio de acordos OEM; a companhia acabou enfrentando uma batalha legal em função das regras antitruste do mercado norte-americano.
A Netscape respondeu liberando o seu produto como código aberto, criando o Mozilla. O efeito foi simplesmente acelerar o declínio da companhia, por causa de problemas com o desenvolvimento do novo produto. A companhia acabou comprada pela AOL no fim de 1998. O Mozilla, desde então, evoluiu para uma poderosa suíte de produtos Web com uma pequena mas firme parcela do mercado.
O Opera, um navegador rápido e pequeno, popular principalmente em computadores portáteis e em alguns países da Europa, foi lançado em 1996 e permanece um produto de nicho no mercado de navegadores para os computadores pessoais ou PCs.
O Lynx Browser permanece popular em certos mercados devido à sua natureza completamente textual.
Apesar do mercado para o Macintosh ter sido tradicionalmente dominado pelo Internet Explorer e pelo Netscape Navigator, o futuro parece pertencer ao próprio navegador da Apple, o Safari, que é baseado no mecanismo de renderização KHTML, parte do navegador de código aberto Konqueror. O Safari é o navegador padrão do Mac OS X.
Em 2003, a Microsoft anunciou que o Internet Explorer não seria mais disponibilizado como um produto separado, mas seria parte da evolução da plataforma Windows, e que nenhuma versão nova para o Macintosh seria criada.
[editar] Os primeiros navegadores
- WorldWideWeb - por Tim Berners-Lee em 1990 para NeXTSTEP.
- libwww - por Tim Berners-Lee e Jean-Francois Groff em 1991.
- Line-mode - por Nicola Pellow em 1991. Funcionava em modo texto e foi portado para uma série de plataformas do Unix ao DOS.
- Erwise - por um grupo de estudantes da Universidade de Tecnologia de Helsinki em 1992.
- Viola, por Pei Wei, para Unix em 1992.
- Midas - por Tony Johnson em 1992 para Unix.
- Samba - por Robert Cailliau para Macintosh.
- Mosaic - por Marc Andreessen e Eric Bina em 1993 para Unix. Aleks Totic desenvolveu uma versão para Macintosh alguns meses depois.
- Arena - por Dave Raggett em 1993.
- Lynx - o Lynx sugiu na Universidade de Kansas como um navegador hypertexto independente da web. O estudante Lou Montulli adicionou a o recurso de acesso via TCP-IP na versão 2.0 lançada em março de 1993.
- Cello - por Tom Bruce em 1993 para PC.
- Opera - por pesquisadores da empresa de telecomunicações norueguesa Telenor em 1994. No ano seguinte, dois pesquisadores, Jon Stephenson von Tetzchner e Geir Ivarsøy, deixaram a empresa e fundaram a Opera Software.
- Internet in a box - pela O'Reilly and Associates em Janeiro de 1994.
- Navipress - pela Navisoft em fevereiro 1994 para PC e Macintosh.
- Netscape - pela Nestcape em outubro de 1994.
- Internet Explorer - pela Microsoft em 23 de agosto de 1995.
[editar] A Web e características dos navegadores
Diferentes navegadores podem ser distinguidos entre si pelas características que apresentam. Navegadores modernos e páginas Web criadas mais recentemente tendem a utilizar muitas técnicas que não existiam nos primórdios da Web. Como notado anteriormente, as disputas entre os navegadores causaram uma rápida e caótica expansão dos próprios navegadores e padrões da World Wide Web. A lista a seguir apresenta alguns desses elementos e características:
- ActiveX
- Bloqueio de anúncios
- Preenchimento automático de URLs e dados de formulário
- Bookmarks (marcações) para manter uma lista de locais freqüentemente acessados
- Suporte a CSS
- Suporte a cookies, que permitem que uma página ou conjunto de página rastreie usuários
- Cache de conteúdo Web
- Certificados digitais
- Gerenciamento de downloads
- DHTML e XML
- Imagens embutidas usando formatos gráficos como GIF, PNG, JPEG e SVG
- Flash
- Favicons
- Fontes, (tamanho, cor e propriedades)
- Formulários para a submissão de informações
- Frames
- Histórico de visitas
- HTTPS
- Integração com outras aplicações
- Navegação offline
- Applets Java
- JavaScript para conteúdo dinâmico
- Plugins
- Gerenciamento de sessões
- Tabbed browsing
- tabelas
O Opera possui um modo especial de visualização chamado "Small-Screen Rendering", que permite a reformatação de páginas para caber em uma tela pequena como a de um telefone, eliminando assim a necessidade de barras horizontais para a visualização do conteúdo.
[editar] Navegadores por parcela de mercado
Segundo dados da NetApplications mostram que o Internet Explorer, da Microsoft, foi o que mais perdeu terreno, mas mesmo assim terminou o mês de dezembo de 2005 com uma participação de mercado de 85,5%. Em dezembro de 2004, tinha 90,31%. O Mozilla Firefox, por sua vez, tinha 4,64% de participação de mercado em dezembro de 2004 e atingiu 9,57% em dezembro do ano passado(2005)[1]:
- Microsoft Internet Explorer 85,5%
- Mozilla Firefox 9,57%
- Safari 3,07%
- Netscape Navigator 1,24%
- Opera 0.55%
Segundo dados da XiTi (francesa), se considerarmos apenas os países europeus, a porcentagem de usuários que utiliza Mozilla Firefox sobe para 20,10 % dos usuários. Na Finlândia, a parcela de usuários que utilizam Mozilla Firefox chega a 38,4 %. Considerando o mundo todo, essa porcentagem cai para 13,09 %. Isso foi constatado em janeiro de 2006 por uma pesquisa realizada em 32,9 milhões de sítios auditados pela XiTi. [2] [3]
Segundo a OneStat [4], os dados são esses (novembro, 2005):
- Microsoft Internet Explorer = 85.45 %
- Mozilla Firefox = 11.51 %
- Apple Safari = 1.75 %
- Netscape Navigator = 0.26 %
- Opera = 0.77 %
Existem casos isolados, como o portal O'Reilly [5], que relata uma mudança considerável de seus usuários. Os dados do 1º semestre de 2004 são comparados com os dados do 1º semestre de 2005:
-
- 1º semestre de 2005:
- Microsoft Internet Explorer: 54.66%
- Mozilla Firefox: 35.08%
- Apple Safari: 3.85%
- Mozilla Firefox 1.7: 2.70%
- Netscape Navigator: 1.26%
-
- 1º semestre de 2004:
- Microsoft Internet Explorer: 75.53%
- Netscape Navigator: 19.89%
- Apple Safari: 3.48%
- Outros: 3.10%
-
- Notas
[editar] Ver também
- História da Internet
- Lista de browsers
- Segurança de navegadores
- Aplicações baseadas em navegadores
- Acessibilidade
- Micro-navegadores