Paulo Egídio Martins
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Paulo Egídio Martins (São Paulo, 2 de maio de 1928) é um ex-político e empresário brasileiro.
Formou-se pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1951. Foi superintendente do Departamento de Engenharia e depois, gerente geral da Byington & Cia. Iniciou sua carreira pública na esfera federal, quando foi Ministro da Indústria e Comércio do governo Costa e Silva Era grande acionista do Banco Comind e atualmente é diretor da Itaúsa.
[editar] O governo
Paulo Egídio foi o décimo-segundo governador do estado de São Paulo, eleito indiretamente durante o governo de Ernesto Geisel, pelo Colégio Eleitoral.
Enfrentou, logo no início de sua gestão, as epidemias de meningite meningocócica e de encefalite, a primeira, na região metropolitana da Grande São Paulo e a segunda, no Litoral Sul, vencendo-as com sucesso.
Apesar de ter servido ao regime militar, nunca apresentou traços autoritários ou extremistas, ao contrário de seu sucessor Paulo Maluf, por exemplo.
Por outro lado, foi no governo de Paulo Egídio que o jornalista Vladimir Herzog, diretor de jornalismo da TV Cultura, canal de TV da Fundação Padre Anchieta e vinculada ao governo do Estado, foi assassinado por integrantes de organizações da ditadura militar brasileira, em 1975. Seu Secretário de Cultura, José Mindlin, afastou-se do governo pouco tempo depois desse episódio. A repressão a uma manifestação estudantil da PUC,em 1977, sob as ordens do Coronel Erasmo Dias, também foi outro episódio autoritário de sua gestão.
Durante seu governo, Paulo Egídio inaugurou obras viárias importantes, como a Rodovia dos Bandeirantes e a pista ascendente da Rodovia dos Imigrantes. Paulo Egídio também foi responsável pela assinatura do acordo entre o Ministério da Aeronáutica e o Governo do Estado em 4 de maio de 1976, que mais tarde ergueria o Aeroporto Internacional de São Paulo na década de 1980.
Na área de saneamento básico, Paulo Egídio realizou o maior plano de saneamento básico do país de até então: através da Sabesp, dobrou a capacidade de tratamento de água na região metropolitana de São Paulo, aumentando a cobertura de atendimento de água em regiões onde o serviço ainda não estava disponível e diminuiu a mortalidade infantil. Paulo Egídio também estimulou a Sabesp a aumentar a quantidade de municípios do interior e litoral atendidos pela empresa em serviços de água e esgotos, garantindo maiores padrões de qualidade à população e a garantia de um melhor atendimento ambiental para estes municípios, muitos deles carentes.
Na área da saúde, Paulo Egídio construiu, no conjunto do Hospital das Clínicas da USP, o prédio dos Ambulatórios, o Instituto do Coração e o Instituto da Criança, bem como 67 laboratórios de pesquisa. Construiu o Hospital Universitário do Butantã e o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
Na área de educação, inaugurou a Universidade Estadual Paulista (UNESP).
Precedido por Laudo Natel |
Governador de São Paulo 1975 — 1979 |
Sucedido por Paulo Salim Maluf |