Costa e Silva
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Presidente do Brasil ![]() |
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Mandato: | 15 de março de 1967 até 31 de agosto de 1969 |
Vice-Presidente | Pedro Aleixo |
Precedido por: | Castello Branco |
Sucedido por: | Garrastazu Médici |
Data de nascimento: | 3 de outubro de 1902 |
Local de nascimento: | Taquari (RS) |
Data da morte: | 17 de dezembro de 1969 |
Local da morte: | Rio de Janeiro (RJ) |
Primeira-dama: | Iolanda Barbosa |
Partido político: | ARENA |
Profissão: | militar |
Marechal Artur da Costa e Silva (Taquari, RS, 3 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 1969) foi um militar e político brasileiro, o segundo presidente do regime militar instaurado pelo golpe de estado de 1964.
Era então marechal do Exército, e já havia ocupado o Ministério da Guerra no governo anterior, do marechal Castelo Branco.
Para muitos, seu governo iniciou a fase mais dura do regime militar.
Foi sob o governo Costa e Silva que foi promulgado o AI-5, que lhe deu poderes para fechar o Congresso Nacional, cassar políticos e institucionalizar a repressão.
[editar] Biografia
Filho de comerciantes portugueses da Ilha da Madeira, Artur da Costa e Silva inicia sua carreira militar ao ingressar no Colégio Militar de Porto Alegre, onde conclui como primeiro da turma ou aluno-comandante.
Em 1918 entra na Escola Militar do Realengo (Cidade do Rio de Janeiro), na qual se classifica como terceiro da turma. Aspirante em 18 de janeiro de 1921, era segundo-tenente em 1922 quando participa da tentativa de levante do 1° Regimento de Infantaria da Vila Militar, a 5 de julho daquele ano. Casa-se com Iolanda Barbosa Costa e Silva, filha de um militar.
Chega ao generalato a 2 de agosto de 1952 e alcança o último posto - general de exército - em 25 de novembro de 1961. Estagia nos Estados Unidos, de janeiro a junho de 1944, após ter sido instrutor-adjunto de tática geral da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Adido militar na Argentina de 1950 a 1952, destacou-se por ter exercido o comando da III Região Militar (Rio Grande do Sul), de 1957 a 1959, e o comando do IV Exército (Pernambuco) de agosto de 1961 a setembro de 1962, quando passa a chefe do departamento geral de pessoal e depois a chefe do departamento de produção e obras.
No governo João Goulart, reprime as manifestações estudantis no Nordeste e é afastado do comando do IV Exército. Ao final de 1963, participa ativamente da conspiração que derruba o presidente da República, assumindo o Ministério da Guerra no governo Castelo Branco. Como Ministro da Guerra, toma a posição de defensor dos interesses da chamada linha dura da ultradireita no interior das Forças Armadas, impondo-se candidato à sucessão de Castelo Branco e alijando os militares castelistas - como o futuro presidente Ernesto Geisel e seu futuro auxiliar Golbery do Couto e Silva - de postos de responsabilidade.
É eleito presidente da República em eleição indireta pelo Congresso, em 3 de outubro de 1966, sendo empossado em 15 de março de 1967.
Extingue a Frente Ampla, movimento de oposição que reúne políticos do período pré-64. Combate a inflação, revisa a política salarial e amplia o comércio exterior. Inicia uma reforma administrativa, expande as comunicações e os transportes, mas não resolve os problemas da educação.
Em 1968, a morte do secundarista Edson Luís num confronto com a polícia provoca a Passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro. A situação política agrava-se em agosto, quando o deputado Márcio Moreira Alves recomenda, num discurso, que as moças se recusem a dançar com cadetes em protesto contra o regime militar. O governo pede licença ao Congresso Nacional para processar o deputado, mas o pedido é negado. Costa e Silva convoca então o Conselho de Segurança Nacional e edita o Ato Institucional Número Cinco (AI-5), que lhe dá poderes para fechar o Parlamento, cassar políticos e institucionalizar a repressão.
Após sofrer uma trombose cerebral, afasta-se da presidência em 31 de agosto de 1969, sendo substituído por uma junta militar. Costa e Silva falece no dia 17 de dezembro do mesmo ano, vítima de enfarte.
[editar] Veja também
Precedido por Castelo Branco |
Presidente do Brasil 1967 — 1969 |
Sucedido por Emilio Medici |