Roberto Figueira Santos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Roberto Figueira Santos (Salvador, 15 de setembro de 1926) é um político brasileiro, governou o estado da Bahia de 1975 a 1979.
[editar] Biografia
Roberto Santos é filho do ex-reitor da UFBA, Prof. Edgard Santos, e entrou para a política por indicação do então governador Antônio Carlos Magalhães. Após o governo, e retornando o país aos poucos ao regime democrático, afasta-se do líder e ajuda na eleição do oposicionista Waldir Pires, tendo ainda disputado, antes, o pleito de 1982, contra do candidato Carlista, João Durval Carneiro, sendo entretanto derrotado.
Foi secretário estadual de Saúde e Assistência social, no governo Luiz Viana Filho (1967), reitor da UFBA (1967), Ministro da Saúde Governo Sarney(1986), e deputado federal (1995 a 1999).
Roberto Santos ainda tentou outras disputas, mas aos poucos foi sendo esquecido até afastar-se completamente do cenário político baiano.
Roberto Santos publicou mais de quarenta obras, dentre as quais: "Educação Médica nos Trópicos", "O ensino médico no Brasil" e "A pesquisa médica no Brasil". Membro da Academia Baiana de Letras e da Academia Nacional de Medicina. Presidiu o Conselho do CNPq, no período 1985-1986.
[editar] Governo da Bahia
Tomando posse a 15 de março de 1975, Roberto Santos pronunciou em seu discurso:
-
- "Por todo o extenso caminho percorrido, senti então a confiança inabalável do povo baiano na figura do eminente estadista e presidente Ernesto Geisel, assim como a adesão convicta da mesma gente aos princípios da Revolução de março de 1964, sobre as quais se baseiam as diretrizes político-partidárias da Aliança Renovadora Nacional."
Como legítimo representanto da Ditadura Militar, o seu governo foi composto pelas forças formadoras da ARENA. Mas, tendo iniciado ainda sob os ventos do chamado "Milagre Econômico", experimentou os drásticos cortes orçamentários decorrentes das sucessivas crises financeiras do período.
Em seu governo implantou os chamados CSUs (Centros Sociais Urbanos), num total de 33 em todo o estado. Estes centros, de cunho declaradamente assistencialista, objetivavam atender às populações de baixa-renda. Ainda existentes na máquina administrativa, entretanto não desenvolvem qualquer papel relevante para as políticas sociais.
O grande marco de sua administração foi a construção, em Salvador, do "Centro de Convenções da Bahia", dotando a capital de um local de encontros em consonância com a modernidade - outra obra sem cunho de maior impacto - rendendo aos governadores deste período o epíteto de "prefeitos da capital". Neste mesmo diapasão localista, implantou aí o Projeto URBIS, voltado à construção, em Salvador, de casas populares.
Nomeou o Prof. Edvaldo Brito prefeito da capital, sendo este aclamado, à época, como o primeiro negro a ocupar tal posto, justo na cidade com maior percentual de afro-descendentes do país. (Edivaldo viria, depois, a disputar o cargo, sem sucesso. Transferindo-se para São Paulo, foi secretário do prefeito Celso Pitta).
Na Educação sua administração gabou-se de haver construído três mil salas de aula no Estado. O Secretário era Carlos Santana, que depois foi ministro da Saúde no governo José Sarney.
Precedido por Antônio Carlos Magalhães |
Governador da Bahia 1975 - 1979 |
Sucedido por Antônio Carlos Magalhães |
BIOGRAFIAS |
---|
A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z |