Sincretismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Também chamado de Hibridismo Religioso, o sincretismo é a tentativa de conciliar crenças díspares ou mesmo opostas.
O termo é mais comumente utilizado com referência religiosa, como tratando religioso tradicional da Bahia, onde há influência de crenças de religiões tradicionais africanas em rituais da Igreja Católica
O sincretismo entre religiões de origem africana e a religião católica, segundo José Beniste, "valeu como poderosa arma para os negros manterem suas tradições. Sem ele, provavelmente, nem mesmo teriam podido manter os traços religiosos que ainda hoje se conservam.
Reginaldo Prandi, 2002, escreve: “Para se viver no Brasil, mesmo sendo escravo, e principalmente depois, sendo negro livre, era indispensável, antes de mais nada, ser católico. Por isso, os negros no Brasil que cultuavam as religiões africanas dos orixás, voduns e inquices se diziam católicos e se comportavam como tais. Além dos rituais de seus ancestrais, freqüentavam também os ritos católicos. Continuaram sendo e se dizendo católicos, mesmo com o advento da República, quando o catolicismo perdeu a condição de religião oficial.”
A assimilação Santo-Òrìṣà era aparente e, inicialmente, serviu para encobrir a verdadeira devoção aos Òrìṣà, pois no caso dos cânticos, eram efetuados em língua natural dos escravos e que ninguém entendia. Sua aceitação não interferiu nos ritos de forma direta a ponto de reverter e modificar o que deveria ser feito. Mas não há dúvidas de que este expediente levou muitos negros a abandonarem suas crenças, dedicando-se a aceitar a evangelização. Com isso foram criadas confrarias de negros que participavam como mesários da ordem.
Surgem aí as missas aos santos, uma prática baiana que antecedia as festividades dos Òrìṣà a eles identificados. Este procedimento deve ser entendido como uma aparente aceitação católica, como forma de resistência e preservação das religiões africanas de maneira inteligente e que passou desapercebida no transcorrer dos séculos".
O sincretismo também é comum na literatura, música, artes de representação e outras expressões culturais. (Compare com o conceito de ecleticismo.)
Como exemplos de Sincretismos Religiosos poderiam ser citados os "ritos" da Igreja Universal como o Vale de Sal, Terapia do Amor e outros, onde é utilizada uma "crendice"; quase que uma crença em fatos visíveis do que a fé propriamente dita, o que por si só já contraria a prática da fé como descrita na biblia.