Santo
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Para o cristianismo, são santos todos aqueles que foram convertidos e salvos por Jesus. Em Igrejas como a Católica, a Ortodoxa e a Anglicana, pessoas reconhecidas por virtudes especiais podem receber oficialmente o título de Santo. Esse título é uma espécia de "certificado de garantida" de que a pessoa está na graça de Deus (no céu), mas a falta desse reconhecimento formal não significa necessariamente que o indivíduo não seja um santo. Em muitas Igrejas Protestantes, onde não há qualquer processo de canonização, a palavra é muitas vezes usada mais genericamente para designar qualquer pessoa que é cristã.
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[editar] Santos no Catolicismo e na Ortodoxia
Na Igreja Católica e na Ortodoxa algumas pessoas são oficialmente reconhecidas como santos. Elas são vistas como tendo feito algo de extraordinário ou tendo uma especial proximidade com Deus.
O processo de reconhecimento oficial de um santo é chamado de canonização. Isto só pode ter lugar após a sua morte uma vez que, segundo os princípios do Catolicismo Romano, mesmo a mais santa pessoa viva pode cair em pecado mortal até ao último momento. Na Igreja Ortodoxa Oriental, é mais mais no sentido de evitar a pressa e permitir um amplo tempo de reflexão sobre a vida da pessoa.
No Catolicismo moderno, o caminho para uma pessoa ser considerada Santa passa, grosso modo, pelas seguintes fases:
- Passar uma vida de acções dignas de serem consideradas práticas heróicas das virtudes cristãs, imitação sem igual da vida de Jesus Cristo, de modo a ser um exemplo de cristão (Ex. Madre Teresa de Calcutá)
- Em função dos actos practicados em vida, a Igreja atribuir o estatuto de Beato, o que se designa como Beatificação
- Depois de obter o estatuto de Beato, verificar se lhe é atribuída a intercessão numa cura comprovadamente sem explicação médica ou científica, o que se denomina de milagre.
- Caso a pessoa em causa já tenha o estatuto de beato e lhe sejam atribuídos milagres, por nomeação do Papa segue-se o processo de Canonização
[editar] No Protestantismo
Em muitas Igrejas Protestantes, onde não há qualquer processo de canonização, a palavra é muitas vezes usada para significar mais genericamente qualquer pessoa que é cristã. A Igreja Anglicana, apesar de ser uma igreja reformada, usa também a designação de Santo numa forma semelhante àquela das Igrejas Católica e Ortodoxa.
[editar] No Judaísmo
Santo no judaísmo A noção mais próxima que se pode obter no Judaísmo é a de tzaddik, uma pessoa correcta. O Talmude diz que em determinada altura pelos menos 36 tzaddikim vivem entre nós: são anónimos, mas é por causa deles que o mundo não é destruído. O Talmude e a Kabbalah oferecem várias ideais sobre a natureza e o papel destes 36 tzaddikim.
[editar] No Islão
Santo no islamismo Magrebe existiram até ao século XX figuras carismáticas que regulavam os conflitos entre os clãs rivais. Tinham um estatuto especial e muitas vezes mágico. Ernest Gellner estudou estas figuras místicas e documentou o seu trabalho num livro chamado "Santos do Atlas".