Tonalidade
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Tonalidade, em referência às escalas maiores e as menores, é a hierarquização interna das notas dessas escalas, onde algumas notas ou graus das escalas têm preponderância sobre as outras. Assim, todas as notas e por consequência os acordes, representam as funções de tônica, que é a sensação de final ou de repouso dentro da música, de subdominante, que é a sensação de tensão crescente, e de dominante, que, ao mesmo tempo representa a tensão máxima na música, por suas notas serem totalmente diversas da tônica, é também a preparação para a tônica, marcando o início do retorno.
Tonalidade é um sitema de sons baseados nas Escalas maior, menor, menor harmônica e menor melódica, onde os graus da escala são observados de acordo com sua função dentro da harmonia. Cada um dos graus de uma escala desempenha funções próprias na formação e concatenação dos acordes. A palavra função serve para estabelecer a sensação que determinado grau (ou acorde) nos dá dentro da frase harmônica. Ao ouvir uma escala, percebemos que as notas repousam em certos graus e criam tensão em outros, o repouso absoluto é feito no grau I, centro de todos os movimentos. Assim, cada grau tem função definida em relação à tônica de uma escala, criando momentos estáveis, instáveis e menos instáveis cuja variação motiva a continuidade da música até o repouso final.
[editar] Funções harmônicas dos graus da escala
Os graus da escala são designados também de acordo com suas funções dentro da harmonia, sendo classificados da seguinte maneira:
Grau I - Tónica (estável) Grau II - Supertônica ou Sobretônica Grau III - Mediante Grau IV - Subdominante (menos instável) Grau V - Dominante (instável) Grau VI - Superdominante ou Sobredominante Grau VII - Subtónica ou Sensível (o grau VII só é sensível em alguns casos) Grau VIII - Tónica (= I)
Segundo a teoria da harmonia funcional, de Riemann, os graus I, IV e V, têm importante função dentro da harmonia, na preparação e resolução dos acordes de uma frase harmônica, da seguinte maneira:
- Grau I - Função Tônica
Os acordes formados sobre o grau I de uma escala, têm sentido conclusivo (estável) e geralmente aparecem na finalização de uma música. O acorde principal da função tônica é aquele cuja nota fundamental (primeira nota, ou seja, a nota mais grave do acorde)é também o grau I da escala, podendo ser substituido por acordes formados sobre os graus VI ou III, que também estabelecem repouso.
- Grau V - Função Dominante
Tem sentido suspensivo (instável) e pede resolução na tônica ou nos graus substitutos da mesma. O acorde principal da função dominante tem sua fundamental no grau V da escala, podendo ser substituído pelo grau VII. Muitos músicos interpretam a tríade sobre o grau VII como uma tétrade do grau V desprovida de fundamental. Analogamente, a tétrade sobre o grau VII é interpretado como uma sobreposição de quatro terças sobre o grau V, também com a omissão da fundamental.
- Grau IV - Função Subdominante
Tem sentido meio-suspensivo (meio-instável), pois se apresenta de forma intermediária entre as funções tônica e dominante. O acorde principal é formado sobreo grau IV da escala, podendo ser substituído pelo II. O grau II como subdominante é muito comum em música popular brasileira e jazz. Já na música clássica usa-se mais o grau IV.
[editar] Referências
Harmonia & Improvisação, vol. I - Almir Chediak, ed. Lumiar
Elementos Básicos da Música - Roy Bennet, ed. Zahar
Maria Luiza Priolli
[editar] Ligações externas
- Teoria Musical, de Ricci Adams Graus da Escala