Torcida Independente
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Torcida Organizada Independente é uma associação de torcedores do time brasileiro de futebol São Paulo Futebol Clube.
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[editar] História
A Torcida Organizada Independente surgiu de divergências de opiniões da antiga torcida uniformizada TUSP (Torcedores Uniformizados do São Paulo). Em 1972, estava disputando a taça Libertadores da América, no Paraguay. Era a primeira vez que a TUSP ia em um campeonato no exterior, muito contente a torcida levou 8 ônibus, brindes, camisas, bandeiras para serem entregues aos simpatizantes são paulinos. Pórem na disputa contra o Cerro Portenho, o time perdeu por 3 a 2. Alguns integrantes da torcida descobriram que os presidentes e pessoas ligadas estavam hospedados em hotéis de luxo, enquando o restante da torcida em pensões. Não bastasse a derrota, também ficaram sabendo que os tais brindes eram vendidos pelos dirigentes. Na volta da viagem, depois do último jogo contra o Olímpia vencido por 1 a 0, cogitou-se a formação de uma repartição da torcida. Newton Ribeiro, um dos fundadores da Independente, foi procurado por Ricardo Rapp e Rinaldo Cardoso, dois torcedores indignados com a Tusp, para discutir a formação de uma nova torcida. Juntaram-se a ele cerca de 40 rapazes, também insatisfeitos.
[editar] Dificuldades (março a abril de 1972)
Foi muito dificultoso organizar a torcida. Arnaldo Ruick, diretor social do São Paulo, não aprovava a formação da nova torcida. Dizia "isso é coisa de corinthiano e maloqueiro. Outra dificuldade foi um local para reuniões. Para a primeira reunião foi emprestada uma sala da Esfera Tour Turismo, na Av. Ipiranga. Nesse dia muito foram feitas muitas escolhas uma delas foi o nome. Pensaram no começo, em colocar o nome de animal muito usado na época. Mas Ricardo Rapp, tendo inspirações nos movimentos de indepedência ao redor do mundo, sugeriu Independente. Surgiu assim Tricolor Independente. O passo seguinte foi a escolha da camisa, uniforme 1, uma vez que a TUSP utilizava o uniforme 2. Assim a diretoria foi composta: Newton Ribeiro, presidente; Rinaldo Cardoso Leite, vice-presidente; Ricardo Rapp, coordenador de campo e tesoureiro; e Célio Perina, José Octávio Alvez Azevedo, Plínio Peloso, José Oswaldo Feitosa, sem cargos específicos. Nessa reunião ficou ainda resolvido, ainda que só usariam bandeirão bem grandes de quatro por seis metros, com o nome da torcida, para chamar atenção nos estádios; e que a torcedora símbolo seria dona Filinha, figura muito querida dos são-paulinos. A data oficial da fundação da Independente ficou sendo a de 17 de abril de 1972. Seus estatutos ficaram prontos no dia 9 de junho do mesmo ano. Para ser sócio bastava ser são-paulino, ter duas fotografias e contribuir mensalmente com Cr$20 mil.
[editar] Sofrimento nos estádios
Tiveram de brigar por um espaço na arquibancada e no estádio, para guardar o material, e, ainda conquistar novos torcedores. O primeiro jogo ao qual a torcida compareceu oficialmente foi no dia 23 de abril de 1972, no Estádio do Pacaembu. O São Paulo jogava contra a Lusa. A primeira preocupação foi o espaço a estabelecer na arquibancada, já que na época a TUSP ocupava todo o local. José Carlos Zabeu, Mário Luiza Marcondes(Cida), Luis Alfredo(Turiassu) entre outros, foram os primeiros torcedores convidados a integrar a torcida. A cada jogo o processo se repetia. O trabalho era cansativo. Mas, o mais desgastante era não ter onde guardar o material, ( A sala da Av. Ipiranga só ficou emprestada por 3 meses). Dia de jogo, eram obrigados a chegar muito mais cedo aos estádios, porque tudo era feito lá mesmo com algumas horas de antecedência. O sufoco chegou a tal ponto que resolveram procurar o conselheiro do São Paulo, Paulo Planet Buarque, para pedir um espaço no Morumbi. A reunião foi marcada com o conselheiro de obras do estádio Antonio Numes Leme Galvão. Mas, o tema do encontro acabou sendo a própria torcida: "Eles queriam que desistíssemos. A sala foi conseguida depois de um ano e de muitas idas e até lá. Paralelamente, a luta por uma sede continuava.
[editar] A luta
A maior dificuldade foi com os proprietários, que negavam a locação, logo após saberem o motivo da procura. Enquanto isso, os encontros se realizavam na Galeria Guatapará, na rua 24 de Maio, ou no Largo do Paissandu, a céu aberto. Era época da ditadura. A primeira caravana da Independente para Piracicaba, não traz boas recordações para seus integrantes. O São Paulo disputava o Paulistão 72. A torcida alugou um ônibus mas somente 15 torcedores apareceram. Mas a segunda viagem para Araraquara, ainda durante o campeonato, foi muito importante, pois trouxe a pessoa que iria por as suas finanças em dia: Arari Guimarães. Ele chegou por meio de um anúncio publicado na Gazeta Esportiva. Um recurso para completar a lotação do ônibus que, até aquele momento estava apenas com 20 reservas. E, ainda, levou mais 10 pessoas para a viagem. Mas sua revelância não se resume a isso. Por ser pessoa de muita responsabilidade, foi convidado para ser o tesoureiro. Em contrapartida, quando a Independente se encontrava em dificuldades financeiras, usava os próprios recursos para saldar as dívidas. Na época, o crescimento da torcida dependia diretamente do desempenho do time, de 1972 a 1974, período em que o São Paulo não ganhou campeonatos, o número de associados caiu. Para reverter o quadro, algumas pessoas iniciaram uma campanha em rádios e jornais e lançaram, também o São Paulino Amigo(um folheto para ser distribuídos nos jogos) na tentativa de popularizar a Independente. Mas o grande impulso foi dado pela própria polícia. Em protesto a proibição do uso dos instrumentos musicas no campo. Nilson confeccionou faixas com os seguintes dizeres: Silêncio estamos jogando; e o corneteiro passou a tocar a marcha do Silêncio.O ocorrido foi um sucesso todos os meio de comunicação deram destaque a notícia. De 200 associados chegaram a 1 mil, em um ano.
[editar] Contemporâneo
Em agosto de 1995 ocorreu uma briga no Estádio do Pacaembu entre a Torcida do São Paulo e a torcida do Palmeiras onde infelizmente morre um torcedor.A F.P.F. proibiu a entrada nos estádios e a Justiça por meio do Ministério Público anos depois fechou a entidade Torcida Tricolor Independente. Nesses meses de proibição muita coisa aconteceu na Independente, alguns diretores, fundadores e associados foram afastados por ações não dignas de pessoas que amam a Torcida. Sendo que em 11 novembro de 1998 foi fundada o G.R.E.C. Tricolor Independente com novos fundadores e também uma nova diretoria, todos unidos em prol da nova agremiação que começava tudo do zero mas usava o respeitado nome Independente. Após a fundação os primeiros problemas começaram a surgir, a Tricolor Independente não possuía sede, material e muito menos dinheiro em caixa. Independente foi a única torcida que foi tomada por alguns ex-diretores e associados da torcida que insatisfeito com a diretoria da torcida que era bancada pelo São Paulo gastava dinheiros em fins particulares e assim deixando a torcida com dividas superiores a 250 mil reias e nome sujo na praça. No final de 2002, o bonde de Batata e Negão assumiram a torcida, sem dinheiro, com dívidas e sem ter um material na sede. Em pouco tempo a torcida já estaria com novos fornecedores, diversas sub-sedes e caravanas para todo mundo. Como maior feito desta atual diretoria, conhecida como A Retomada foi a volta aos estádios paulistas com nossas faixas, camisas e bandeiras. Graças a coperação e o trabalho junto com ministério publico e a policia militar. A INDEPENDENTE pode finalmente colocar uma faixa em um estádio de futebol em São Paulo com seu nome.
[editar] Independente-Interior
- Independente Araçatuba
- Independente Araraquara
- Independente Birigui
- Independente Marília
- Independente Lins