Caio Fábio D'Araújo Filho

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Atenção: Este artigo possui passagens que não respeitam o princípio da imparcialidade. Tenha cuidado ao ler as informações contidas nele. Se sabe alguma coisa sobre este assunto, tente tornar o artigo mais imparcial.

Caio Fábio D'Araújo Filho tornou-se conhecido como pastor evangélico e escritor. É psicólogo clínico. Foi presidente da AEVB (Associação Evangélica Brasileira). Atualmente é líder do Caminho da Graça, em Brasília.

Nasceu em 1955, em Manaus, AM, filho de Caio e Lacy D'Araújo. Converteu-se aos dezoito anos de idade, após um conturbado período de envolvimento com drogas e más companhias. Seu pai se converteu em 1967 e, posteriormente, foi pastor de uma Igreja Presbiteriana da cidade.

Caio Fábio também foi ordenado pastor presbiteriano aos dezoito anos, um dos raros a ser autodidata por não passar por nenhum seminário. Conforme afirmou em sua tese de ordenação, crê na salvação independentemente da ação da igreja institucional. Desde a década de 90, combate duramente as práticas de grupos religiosos como a Igreja Universal do Reino de Deus e outros grupos neopentecostais. Por manter relacionamentos amistosos com determinadas autoridades da igreja católica, muitos afirmam que ele incentiva o ecumenismo.

Em 1974 começou a pregar pela televisão, na Rede Amazonas, aos domingos. Em 1981 mudou-se para Niterói, onde pastoreou a Igreja Presbiteriana Betânia por 4 anos, sucedendo o Rev. Antônio Elias. Desde então foi um preletor requisitado, participando de congressos evangélicos como o Congresso Ibero-Americano de Missões, 1986, Congresso de Evangelismo na União Soviética, 1990, no 1º Congresso Nacional da AEVB (ver o livro A Igreja Evangélica na Virada do Milênio, que contém as palestras proferidas naquele congresso) entre outros. Fundou a VINDE – Visão Nacional de Evangelização em 1978, organização evangelística que mantinha, entre outros trabalhos e mídias, um canal de televisão. Durante muitos anos foi apresentador do Programa Pare e Pense, na antiga Rede Manchete. Atualmente, suas mensagens são transmitidas pela TV Brasília e pela Rede TV Manaus aos domingos, às 07:30, no programa No Caminho da Graça.

Sempre engajado em causas sociais, fundou diversas organizações com o objetivo de auxiliar os menos favorecidos. Entre elas, a maior e mais conhecida foi a Fábrica de Esperança, No Rio de Janeiro, que chegou a atender mensalmente, por vários anos consecutivos, a mais de vinte mil jovens e adolescentes. Foi considerada a maior obra social não-governamental da América Latina.

Ao longo de sua carreira, recebeu títulos honorários de doutor e mestre em teologia, e foi considerado por uma revista cristã inglesa e por uma pesquisa especializada internacional um dos cem líderes cristãos mais criativos e respeitados do mundo no século XX. Recebeu também o prêmio PNBE de cidadania em 1997.

No final da década de 90, Caio Fábio experimentou um período de declínio. O envolvimento com o episódio que veio a ser conhecido como Dossiê Cayman prejudicou sua reputação junto à sociedade, e seu divórcio, em 1998, fez ruir sua imagem dentro da igreja evangélica.

No caso do Dossiê Cayman, foi acusado de ter sido o principal "corretor" da negociação. Foi processado por calúnia pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso e indiciado pela Polícia Federal como um dos participantes do golpe, mas foi retirado do grupo de criminosos pelo procurador. Somente em 2005 viu-se livre de todas as acusações, inocentado pelo depoimento de Eduardo Jorge, secretário da Presidência da República no governo de Fernando Henrique.

Caio Fábio se casou aos dezenove anos com Alda Maria Fernandes. Essa união rendeu 4 filhos: Ciro, Davi, Lukas e Juliana. O casamento já abalado, terminou quando revelou à esposa que havia adulterado com a secretária com quem trabalhava havia quinze anos. Depois de reconhecer seu erro, Caio Fábio pediu perdão a todos os evangélicos. Sua história, desde a infância até o ano de 1996, é contada no livro autobiográfico Confissões do Pastor.

Hoje, casado pela segunda vez, e tendo deixado o pastorado da Igreja Presbiteriana do Brasil, Caio Fábio é membro da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro e mentor espiritual do Caminho da Graça, um projeto independente com sede em Brasília e em expansão pelo Brasil e em vários outros países. Por meio de seu site na Internet, tem divulgado seu pensamento sobre a fé cristã e seus posicionamentos, que ao mesmo tempo em que questionam e confrontam praticamente todo o establishment religioso da atualidade, apresentam alternativas e apontam possibilidades muitas vezes consideradas heterodoxas pelo meio evangélico. Também pelo site, Caio Fábio tem atendido a milhares de pessoas, cujos depoimentos atestam a eficácia do auxílio psicológico e espiritual que têm recebido.

Entre os autores que mais o influenciaram estão Agostinho de Hipona, Francis Schaeffer, C. S. Lewis, Jacques Ellul e Samuel Doctorian. Escreveu mais de 115 livros, entre eles:

A Crise de Ser e de Ter
A Igreja que Transforma
Avivamento Total
Batalha Espiritual
Nephilim
No Divã de Deus, 3 volumes
Síndrome de Lúcifer
Novos Líderes para uma Nova Realidade
O Drama de Absalão
O Enigma da Graça
Uma Graça que Poucos Desejam
Sem Barganhas com Deus
Reflexões

Para o meio evangélico em geral, Caio Fábio é uma pessoa polêmica. Nos últimos anos, ele tem sido recomendado pela Comunidade Cristã Metropolitana, uma denominação "evangélica" gay dedicada a apoiar a teologia homossexual. Embora seja autor de um conhecido livro contrário ao aborto, que ele escreveu há uns vinte anos, hoje sua posição parece ser mais liberal [1]quanto ao aborto por ter dado apoio a um casal que iria ter um filho com síndrome de Down e havia optado pelo aborto. Conforme informações divulgadas por um de seus opositores, o escritor Julio Severo, Caio deu palestra com declarações onde ele tende ao panteísmo. Esta palestra ocorreu num seminário patrocinado pela bancada evangélica do PT, na Câmara dos Deputados.