Cisjordânia
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A Cisjordânia, Margem Ocidental, ou Judeia e Samaria é um território reclamado pela Palestina e pela Jordânia sob ocupação de Israel, situado na margem ocidental do rio Jordão. É limitado a leste pela Jordânia e a norte, sul e oeste por Israel.
Neste pequeno espaço de terra, acontecimentos históricos foram realizados, principalmente na época pós saÃda dos judeus do Egito e na condução destes na conquista da então Canaã pelo lÃder Joshua.
[editar] Demografia
A Cisjordânia conta com uma população de 2,8 milhões de habitantes, dos quais 2,4 milhões são árabes palestinianos e 400 mil colonos judeus (incluem-se neste número os colonos de Jerusalém Oriental).
Em 1947 a população da Cisjordânia era de 400 mil habitantes. Em resultado da primeira guerra israelo-árabe, terminada em 1949, a população árabe que habitava no território que corresponde hoje a Israel fugiu, tendo cerca de 300 mil árabes se fixado na Cisjordânia. Em 1967 ocorreu a Guerra dos Seis Dias, que resultou na ocupação militar de Israel da Cisjordânia, novamente verificou-se um êxodo de árabes (cerca de 380 mil), que foi sobretudo orientado para a Jordânia.
A população árabe é na sua maioria muçulmana sunita, com uma minoria cristã (ortodoxa grega e católica romana). Cerca de 17% da população da Cisjordânia é praticante do judaÃsmo. Cerca de metade dos habitantes da Cisjordânia têm menos de 15 anos, sendo a esperança média de vida na Cisjordânia de 73,27 anos.
O árabe é a lÃngua mais falada no território, seguido do hebraico, que é falado pela população judaica e falado por muitos árabes. A lÃngua inglesa é entendida e falada por alguns sectores da população.
[editar] Educação
As crianças judias dos colonatos são educadas em escolas que seguem o sistema educativo israelita, enquanto que as crianças árabes são educadas de acordo com um sistema desenvolvido pela Autoridade Nacional Palestiniana, que desde 1994, e em resultado dos Acordos de Oslo, tem a educação como sua responsabilidade (entre 1967 e 1994 o currÃculo estudado pelos alunos árabes era semelhante ao da Jordânia). Algumas organizações cristãs possuem escolas privadas em cidades da Cisjordânia.
Existem hoje em dia 12 universidades palestinianas na Cisjordânia. Algumas são o resultado da evolução de algumas instituições educativas que existiam antes da invasão militar de 1967 e outras surgiram depois desta data. As principais universidades da Cisjordânia são a Universidade de Birzeit (a mais prestigiada), a Universidade de An-Najah (com maior número de alunos, 9500 alunos em 2003/04), a Universidade de Belém (parcialmente financiada pelo Vaticano e da responsabilidade dos Irmãos De La Salle) e a Universidade de Hebrom. A Universidade Aberta Al-Qubs oferece cursos através do método de educação à distância. As universidades foram encerradas por Israel durante a primeira Intifada, retornando gradualmente as suas actividades em 1991.
[editar] Religião
Na Cisjordânia encontram-se locais que são sagrados para o judaÃsmo, o islão e o cristianismo.
Em Hebrom, uma das quatro cidades sagradas para os judeus, encontra-se a Gruta de Macpela, onde se acredita estarem sepultados os três patriarcas, Abrãao, Isaque e Jacob, e as suas esposas, Sara, Rebeca e Léia. O local é venerado por judeus e muçulmanos e sobre este ergue-se a mesquita de Ibrahim (Abrãao).
Em Belém ergue-se a Igreja da Natividade, construÃda segundo a tradição no local onde Jesus nasceu. Na estrada que liga Belém com Jerusalém encontra-se o Túmulo de Raquel.
Em Jericó destaca-se o Monte da Tentação, identificado como o local onde o Diabo tentou Jesus, oferecendo-lhe todos os reinos do mundo.