Cronologia dos Desdobramentos do Pré-Escândalo do Dossiê
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[editar] Cronologia
*** Os fatos são das investigações decorrentes da Polícia Federal dos desdobramentos depois dos dias 15 e 16 de setembro e também denunciadas pela imprensa, que posteriormente foram confirmadas ou ainda a confirmar. O primeiro aparece o dia, mês e o fato, depois entre parênteses, o dia de revelação ou denúncia do veículo de imprensa.
[editar] Abril de 2006
- Lotes de 25 milhões de dólares são fabricados pela Bureau of Engraving and Printing – BEP (a Casa de Moeda para os Estados Unidos). O lote é distribuído para os bancos de Nova Iorque e no estado da Flórida. Entre partes desse dinheiro, estão os US$ 248.800 mil dólares, que eram para comprar o futuro e falso dossiê contra os candidatos do PSDB. O fato ocorre a menos de um mês de que a Polícia Federal fazer a "Operação Sanguessuga", em 4 de maio. (A Polícia Federal diz no dia 21/9 ter indícios que partes dos dólares encontrados no Hotel Íbis com Gedimar Passos e Valdebran Padilha, entrou ilegalmente no Brasil. As informações foram passadas à PF por autoridades americanas, com base o número da série das notas).
[editar] 31 de julho
- Jorge Lorenzetti, Diretor Administrativo do Banco do Estado de Santa Catarina (BESC), pede licença do cargo, para trabalhar na campanha de Lula.
[editar] 1 de agosto
- Jorge Lorenzetti, Diretor Administrativo do (BESC), deixa oficialmente à direção do banco, depois de pedir licença para trabalhar na campanha de Lula.
[editar] 15 de agosto
- Provável dia do inicio dos contatos por telefonemas entre PT, o pai e filho Vedoin, segundo a quebra de sigilo telefônico da PF autorizado pela justiça.
[editar] 16 de agosto
[editar] 17 de agosto
[editar] 18 de agosto
[editar] 19 de agosto
[editar] 20 de agosto
[editar] 21 de agosto
[editar] 22 de agosto
[editar] 23 de agosto
- O empresário ligado ao PSDB, Abel Pereira está em Cuiabá e é espionado por um fotógrafo, contratado por Gedimar Passos e Expedito Veloso, no Hotel Taiamã. (Carta Capital dia 13 de outubro, datada no dia 18).
- Expedito Afonso Veloso se encontra pela 1ª vez com Luiz Antônio e Darci Vedoin em Cuiabá. (Entrevista de Expedito Veloso ao jornal O Tempo, 25/9/2006).
[editar] 24 de agosto
- Abel Pereira continua sendo espionado por um fotógrafo, contratado por Passos e Veloso, que flagra o empresário na saída do Hotel Taiamã, em Cuiabá. (Carta Capital dia 13 de outubro, datada no dia 18).
[editar] 25 de agosto
[editar] 26 de agosto
[editar] 27 de agosto
[editar] 28 de agosto
[editar] 29 de agosto
[editar] 30 de agosto
[editar] 31 de agosto
- Provavelmente nesse dia, ou antes, segundo a coluna do Diogo Mainardi (Revista Veja 23 de setembro, datada no dia 27), pág.129, afirma que o presidente Lula se encontrou com Domingo Alzugaray, dono da revista Isto É, na Base Aérea de Congonhas, em São Paulo, no encontro secreto realizado fora da agenda presidencial. Alzugaray se lamenta problemas financeiros da revista: salários atrasados, contas penduradas com o fornecedor de papel e com a gráfica. Lula pergunta como pode ajudá-lo e Alzugaray sugere o pagamento imediato de 13 milhões de reais (coincidência ou não, o número do PT), que Lula promete interessar pelo assunto. Mainardi diz que esse encontro confidencial entre Lula e Alzugaray foi relatado pelo editor da sucursal da IstoÉ em Brasília, Mino Pedrosa (mas na mesma revista corrige na pág. 43, que o jornalista Pedrosa é ex-editor da revista), relatado pelo PFL para Mainardi. Suspeita-se que Petrobras ajudou a revista nos gastos de publicidade na IstoÉ.
[editar] 1 de setembro
[editar] 2 de setembro
[editar] 3 de setembro
[editar] 4 de setembro
- Segundo a PF e o Ministério Público, Hamilton Lacerda afirmou que só ficou sabendo do dossiê nesse dia, quando se encontrou em Brasília, com Jorge Lorenzetti, Osvaldo Bagas e Expedito Veloso, assessores de campanha do presidente Lula (dia 29 de setembro, no depoimento de Lacerda).
[editar] 5 de setembro
- Telefonema de Dudu Godoy para Hamilton Lacerda às 15h33min. Dudu Godoy é um dos sócios da Quê, a agência de propaganda que atende a Petrobras e controla a verba publicitária da empresa. (Coluna de Diogo Mainardi, revista Veja 25 de novembro, datada no dia 29, ao analisar o dado no dia 22, em poder da CPI dos Sanguessugas, mas Mainardi não revelou o teor da conversa).
[editar] 6 de setembro
- Osvaldo Bargas, secretário do Ministério do Trabalho e responsável pelo Trabalho e Emprego do programa de governo de Lula, encontra com o jornalista Ricardo Mendonça, da revista Época na suíte do hotel Crowne Plaza, em São Paulo, no final da tarde. Nessa reunião estava Jorge Lorenzetti, Analista de Risco e Mídia da campanha de Lula. Bargas afirma ter sido procurado por alguém que tinha denúncias sérias contra políticos de renome. As acusações, segundo ele, poderiam ser comprovadas por meio de fotos, vídeos e de uma "farta documentação". Bargas perguntou se havia interesse da revista em publicá-las. O repórter queria saber do teor da denúncia, mas que Bargas não poderia mostrar agora, mas antecipou que era contra os ex-ministros da Saúde, José Serra e Barjas Negri. O presidente Nacional do PT, Ricardo Berzoini, sabia da reunião, mas não às denúncias e a conversa durou 30 minutos, Bargas telefonou para avisar ao repórter que o denunciante voltara atrás e não queria mais apresentar o material, nem dar entrevista. Foi primeira tentativa de oferecimento de denúncia contra Serra a revista Época. O encontro é relatado pelo Blog da Revista Época publicada no meio da tarde em 19 de setembro, horas depois do depoimento de Gedimar Passos à PF ter citado a revista.
- Valdebram Padilha se reúne no Hotel Metropolitan em Brasília com o diretor do Banco do Brasil, Expedito Veloso e com uns dos chefes da máfia dos sanguessugas, Darci Vedoin (dia 3 de outubro, quando o empresário ligado ao PT, Valdebram Padilha depõe por mais 5 horas, na Polícia Federal do Mato Grosso, em Cuiabá, quando o empresário contou como foi as primeiras negociações para a compra do dossiê. O depoimento de mais de 5 horas, terminou às 21hs).
[editar] 7 de setembro
- Hamilton Lacerda vai para a Isto É, oferecer a entrevista com Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia das sanguessugas (dia 29 de setembro, no depoimento de Lacerda).
- Expedito Veloso se encontra pela 2ª vez com Luiz Antônio e Darci Vedoin em Cuiabá. (Entrevista de Veloso ao jornal O Tempo, 25/9/2006).
[editar] 8 de setembro
[editar] 9 de setembro
- A Polícia Federal inicia o processo de monitoramento e gravações de conversas do celular de Luiz Vedoin, dono da Planam, empresário foco do escândalo da máfia das ambulâncias. Luiz Vedoin estava solto devido a um acordo de delação premiada feito junto ao Ministério Público Federal e que supostamente perdeu este direito por ter sido descoberto em investigações secretas da Polícia Federal em que estava tentando negociar, documentos que estavam em seu poder, com integrantes do PT. Os diálogos das gravações foram reproduzidos pela revista Veja do dia 23 de setembro, datada no dia 27. A Polícia Federal executou escutas entre os dias 9 e 15 de setembro.
[editar] 10 de setembro
[editar] 11 de setembro
[editar] 12 de setembro
- Hamilton Lacerda se encontra em São Paulo, com o Gedimar Passos, o homem que analisava as denúncias contra os adversários do PT (dia 29 de setembro, no depoimento de Lacerda).
- De São Paulo, partiram telefonemas de Luiz Vedoin e para celular de Brasília. O encontro marcado no saguão do Aeroporto de Congonhas, quando Valdebram Padilha desembarca em São Paulo, no fim de tarde, o ex-agente da Polícia Federal, Gedimar Passos, já esperava por ele no aeroporto. Os dois seguem para o hotel, onde Passos está hospedado, mas Padilha não consegue uma vaga, passa a noite em outro hotel, também nos arredores do aeroporto. (Jornal da Globo, 22/9/2006).
- Expedito Veloso se encontra pela 3ª vez com Luiz Antônio e Darci Vedoin em Cuiabá. (Entrevista de Veloso ao jornal O Tempo, 25/9/2006).
[editar] 13 de setembro
- O relatório da PF, aparece 30 telefonemas de Luiz Vedoin entre 13 e 14 setembro, quase todos tratam da negociação do material e foi por essa interceptação, autorizado pela Justiça, que a Polícia Federal conseguiu constatar a tentativa de venda do dossiê contra o candidato pelo PSDB ao governador do estado de São Paulo, José Serra. A maior parte das conversas foi com Valdebram Padilha, que estava em São Paulo intermediando a venda. O relatório mostra 15 telefonemas em 2 dias. (Jornal Nacional e Jornal da Globo, 22/9/2006).
- O empresário ligado ao PT, Valdebran Padilha se hospeda ao Hotel Íbis, onde está Gedimar Passos, após o fim da negociação da compra do dossiê. Os dois se tornam vizinhos de quatro, é quando a negociata em torno do dossiê se intensifica. (Jornal da Globo, 22/9/2006). (No dia 3/10, quando Padilha depõe por mais 5 horas na Polícia Federal do Mato Grosso, em Cuiabá, contou como foi às primeiras negociações para a compra do dossiê. Durante o depoimento, a PF mostrou ao Valdebran Padilha, imagens do circuito interno do hotel. Padilha confirma que "o homem da mala de dinheiro" era o ex-coordenador de campanha de Aloizio Mercadante ao governo do estado de São Paulo pelo PT, Hamilton Lacerda).
- Valdebran Padilha telefona 5 vezes para o empresário preso na Operação Sanguessuga, Luiz Antônio Vedoin, que estava oferecendo o dossiê contra os políticos em troca de dinheiro. No quatro, Gedimar Passos fez ligações para um celular de Brasília. Segundo a PF, os telefonemas de quatro de hotel foram dados para Expedito Afonso Veloso, o diretor do Banco do Brasil. (Jornal da Globo, 22/9/2006).
- Às 8h, Hamilton Lacerda deixa uma mala preta grande depois ir ao Hotel e que dentro da mala tem o material de campanha e boletos para quem quiser contribuir com a eleição (dia 29 de setembro, no depoimento de Lacerda). (No dia 3/10, quando Padilha depõe por mais 5 horas na Polícia Federal do Mato Grosso, em Cuiabá, contou como foi às primeiras negociações para a compra do dossiê. Durante o depoimento, a PF mostrou ao Valdebran Padilha, imagens do circuito interno do hotel. Padilha confirma que "o homem da mala de dinheiro" era o ex-coordenador de campanha de Aloizio Mercadante ao governo do estado de São Paulo pelo PT, Hamilton Lacerda. Padilha afirmou à PF, que reconheceu que a mala em que Hamilton Lacerda carregava, quando entrou no hotel e se encontrou com Gedimar Passos e contraria o depoimento feito pelo Lacerda, ao dizer que a mala havia apenas papéis e o computador portátil: a mala é a mesma que estava o dinheiro de R$ 1.700.000 reais).
- Às 9h28, Valdebran Padilha recebe uma mensagem do diretor de Gestão e Risco do Banco do Brasil, Expedito Veloso, que está licenciado do cargo para trabalhar na campanha de Lula: "Estamos em frente ao hotel esperando. Os caras não apareceram." (Jornal Nacional, da Rede Globo, dia 26/9/2006).
- Às 11h07, nova mensagem de Expedito Veloso: "Chegou a informação que estão negociando o silêncio de Abel. Estamos pensando ao Plano B.", segundo a Polícia Federal, "Abel" é o empresário Abel Pereira, ligado ao Barjas Negri, Ministro da Saúde do governo anterior de Fernando Henrique Cardoso, mais conhecido como FHC, durante o mandato de 1995-2002, como FHC (Jornal Nacional, da Rede Globo, dia 26/9/2006).
- Às 11h53, Luis Vedoin conversa com pai Darci Vedoin, sobre as negociações. Eles estranham o fato de que os petistas exigirem que a entrega dos documentos seja feita em Cuiabá (MT), mas o pagamento do R$ 1,75 milhão seja feito em São Paulo. Os dois cogitam até desistir da troca. "Eu 'tô' com um certo receio. Porque alguma coisa tá tramada em cima disso", diz Darci. (Revista Veja 23/9/2006, datada no dia 27).
- Às 13h37, Expedito Veloso envia nova mensagem: "Reunião às 14 horas. Ideal para Luiz Antônio. Se não, problema.", segundo a Polícia Federal, "Luiz Antônio" é Luiz Antônio Vedoin, dono da Planan e chefe da máfia das sanguessugas (Jornal Nacional, da Rede Globo, dia 26/9/2006).
- A revista IstoÉ entrevista Luiz Antônio Vedoin em Cuiabá (dia 29 de setembro, no depoimento de Lacerda).
[editar] 14 de setembro
- O relatório da PF mostra 15 telefonemas em 2 dias, no dia 14 à tarde, por exemplo, Padilha informa ao Luiz Vedoin que "o negócio está rodando", mas que ficou faltando a entrega de um material. Luiz Vedoin dá entender que só vai entregar se receber todo o dinheiro. Valdebram Padilha afirma que uma parte já guardou e outra parte está com outra pessoa, se referindo provavelmente ao Gerdimar Passos, o homem do PT que estava no mesmo Hotel Íbis de Valdebram Padilha, mas não deu tempo para concluir o negócio: Padilha e Passos foram presos. (Jornal Nacional e Jornal da Globo, 22/9/2006).
- De uma relação de passageiros de vôo, aparece na a lista Gedimar Passos. (Jornal Nacional e Jornal da Globo, ambos da Rede Globo, 22/9).
- Gedimar Passos afirmou que recebeu o primeiro 1 milhão de reais às 6hs no dia 14 no estacionamento do hotel e a segunda parte chegou por volta das 23hs e 30 min, é quando fica registrado no hotel, as ligações dele para Expedito Afonso Veloso. Agora, por outro lado da linha, Afonso Veloso tem um registro eletrônico: "Expedito. Deixe seu recado que eu retorno assim que puder.". (Passos ao depoimento à PF em 19/9) (Jornal da Globo, 22/9/2006).
- Uns dos ocupantes do avião que saiu de Brasília para São Paulo era Jorge Lorenzetti, apontado como uns dos principais nomes em torno da negociata. (Polícia Federal diz ter indícios, em 21 de setembro, que partes dos dólares encontrados no Hotel Íbis com Passos e Valdebran Padilha entrou ilegalmente no Brasil, um lote é de 25 milhões de dólares fabricado pela Casa de Moeda dos Estados Unidos em abril de 2006).
- Luis Antônio conversa com Valdebran Padilha, empreiteiro e arrecadador de campanha do PT em Mato Grosso, às 14h18. O petista cobra a entrega de uma fita que comporia o dossiê. Vedoin dá a entender que quer ver antes o dinheiro - a palavra não é citada. "Não vou mais fazer papel de palhaço", diz. Minutos depois, em outra ligação, Valdebran avisa que metade do dinheiro já havia sido paga. (Revista Veja 23/9, datada no dia 27).
- Valdebran informa ao Luiz Vedoin que o negócio "já está rodando, mas que ficou faltando a entrega de um material". Luiz Vedoin dá em entender que "só vai entregar se receber todo o dinheiro". Valdedram afirma que uma parte já guardou e a outra parte está com outra pessoa, se referindo provavelmente ao Gedimar Passos, o homem do PT flagrado no hotel com dinheiro vivo que pagaria pelo dossiê. (Jornal Nacional, da Rede Globo, 22/9).
- Luis Vedoin, dá uma entrevista à Revista IstoÉ na qual afirma que, no esquema dos sanguessugas, "Abel Pereira falava em nome do ministro Barjas e se tornou o principal operador no Ministério da Saúde a partir do segundo semestre de 2002". (Revista Isto É, no dia 15 de setembro, datada no dia 20).
- Além disso, Luis Vedoin recebe telefonema às 14h50, de Valdebran Padilha, informando que estava em Cuiabá-MT que metade do dinheiro já tinha sido paga "a outra metade já está viabilizada (...)". Vedoin pergunta "em qual sentido tá falando?", Valdebran se irrita e diz "quem tá sendo mediador dessa p... sou eu. Nem é a turma que está aí" (referindo aos petistas). Valdebran fala: "é o seguinte: era um...", "então 0,5 tá ok. Aí o outro 0,5 para cinco horas da tarde aqui (...)", ao referir em código que a metade foi paga e a outra será paga às 17h em São Paulo. Valdebran diz ao Vedoin; "Entendeu? Já deram a metade. A outra metade tá aqui com eles. Já vi. Então, tem de entregar esse trem logo aí, cara...". (Revista Veja 23/9, datada no dia 27).
- Expedito Veloso se encontra pela 3ª vez com Luiz Antônio e Darci Vedoin em Cuiabá. (Entrevista de Veloso ao jornal O Tempo, 25/9/2006).
- Num telefonema às 16h27, entra em cena o diretor de Gestão de Risco do Branco do Brasil, Expedito Veloso. Ele, que também está em Cuiabá, pede a Luis Vedoin pressa na entrega do DVD negociado. Queria checar o conteúdo antes de embarcar para São Paulo, o que acabou não acontecendo. "Você leva isso aqui. Não vai ter problema", afirma Luiz Antônio. (Revista Veja 23/9, datada no dia 27).
- Pouco antes da viagem de Paulo Roberto Trevisan, Vedoin ligou para o celular de Brasília. O homem que atendeu estava em Cuiabá, Luiz Verdoin pede que ele espere frente do aeroporto, a pessoa disse que gostaria de checar, provavelmente ao material que seria entregue em São Paulo. Diz ainda que queria colocar um computador portátil, mas lamenta que o embarque tivesse começado. Pelo número quem recebeu o número foi Expedito Afonso Veloso, o diretor do Banco do Brasil afastado que atende ao telefone como "Expedito Ferrador": "Esta é a caixa-postal de... Expedito Ferrador". (Jornal Nacional, 22/9).
- Entre os telefonemas recebidos por Luiz Vedoin está também de uma pessoa que passa o recado: "Abel está querendo falar com Vedoin e deixou o número de celular". No dia 22/9, repórteres do Jornal Nacional ligaram para o número que pertence ao Abel Pereira, braço direito de Barjas Negri, ex-ministro de Saúde que substituiu José Serra em 2002, a ligação caiu na secretária eletrônica "Esta é a caixa-postal de... Abel". (Jornal Nacional, Rede Globo, 22/9).
- Luiz Antônio Vedoin, não ouve essa gravação: "Expedito. Deixe seu recado que eu retorno assim que puder." e consegue falar com Expedito Afonso Veloso na noite, que estava em Cuiabá e que "gostaria checar", provavelmente se referindo as fitas, as fotos e os DVD's negociados em São Paulo. Ele afirmou que queria colocar tudo em um computador portátil, mas lamentou que o embarque já tivesse começado. (Jornal da Globo, da Rede Globo, 22/9).
- À noite, após Expedito Veloso chegar a São Paulo e constatar que o DVD estava vazio, Luiz Vedoin não entregou todo o material por que tinha receio de que não receber o dinheiro. Valdebran Padilha liga às 19h07 para Luis Vedoin para cobrá-lo: "Vou falar 'procê', minha cabeça 'tá' pra estourar já, cara." (Revista Veja 23/9, datada no dia 27).
- Pouco depois, nova ligação entre eles, às 19h37. Luiz Antônio diz que mandará o resto do material pelo tio, Paulo Roberto Trevisan. Valdebran informa que está no hotel Íbis, no apartamento 475: "Pelo amor de Deus, cara, eu não agüento mais, não 'tô' nem dormindo com esse trem lá. Hoje eu nem saí daqui." (Revista Veja 23/9, datada no dia 27).
- Quando é preso, Valdebran Padilha manda uma mensagem para Expedito Veloso: "Estou na Polícia Federal de São Paulo. Me ajude." (Jornal Nacional, da Rede Globo, dia 26/9/2006).
- Expedito Veloso se encontra pela 3ª vez com Luiz Antônio e Darci Vedoin em Cuiabá. (Entrevista de Veloso ao jornal O Tempo, 25/9/2006).
- Às 23h, Hamilton Lacerda deixa outra mala no Hotel Íbis com computador portátil. (dia 29 de setembro, no depoimento de Lacerda). No entanto, no dia 3/10, quando Padilha depõe por mais 5 horas na Polícia Federal do Mato Grosso, em Cuiabá, contou como foi às primeiras negociações para a compra do dossiê. Após ver as imagens do circuito interno do hotel, nas mãos da PF, Padilha confirma que "o homem da mala de dinheiro" era o ex-coordenador de campanha de Aloizio Mercadante ao governo do estado de São Paulo pelo PT, Hamilton Lacerda. Padilha reconheceu que a mala em que Hamilton Lacerda carregava, quando entrou no hotel e se encontrou com Gedimar Passos e diz que a mala é o mesmo que estava o dinheiro de R$ 1.700.000 reais. No depoimento que deu à PF, Lacerda teria dito que a mala havia apenas papéis e o computador portátil.
[editar] 15 de setembro
- Na madrugada, a equipe de plantão da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, recebe do Mato Grosso, um fax confidencial, pedindo a identificação e a localização no Hotel Íbis de "Valdebran Padilha, que poderá está registrado como Waldebran Carlos, o qual, em tese, estaria hospedado no apartamento 475". O documento dizia que "o alvo Valdebran estaria guardando dependências do hotel, possivelmente no quarto 475, a quantia aproximada de 1 milhão de reais". Apesar disso, não mencionava a existência do ex-agente da Polícia Federal e integrante do PT, Gedimar Passos, que estava do lado do quarto 479. Tudo indica que o ex-agente foi preso sem querer, que denunciou o ex-segurança e o então Assessor Especial do Gabinete da Presidência, Freud Godoy, que trabalhava com Lula desde 1989 e ter participado de todas as campanhas.
- Na iminência da conclusão da transação ilegal, a Polícia Federal decide agir. Prende em um quarto de motel de Cuiabá, Luis Vedoin.
- Seu tio, Paulo Trevisan, que serviria como courier e estava em processo de embarque a noite para um vôo rumo a São Paulo portando uma fita de vídeo VHS [1] [2], um disco de DVD, papéis e seis fotos que mostravam o tucano e então Ministro da Saúde Serra e Alckmin em solenidades de entregas de ambulâncias, foi preso e levado à interrogatório, Trevisan contou que seguiria a São Paulo para se encontrar com Gedimar Passos e Valdebran Padilha em um hotel de São Paulo. O DVD não chega ao Hamilton Lacerda, por causa da prisão do tio de Luiz Vedoin que conteria o dossiê, quando embarcaria de avião do Cuiabá até São Paulo. E o tal do dossiê que o transportava, se resumia em papéis, fotos e imagens que mostram uma solenidade pública de entrega de ambulâncias.
- Em São Paulo o Delegado da Polícia Federal de São Paulo Edmilson Pereira Bruno recebeu na madrugada a ordem para verificar a autenticidade dos fatos relatados por Trevisan de que existiria R$ 1 milhão em poder de Valdebran Padilha e Gedimar Passos.
- A PF chegou por volta das 3h30 ao Hotel Ibis, próximo ao aeroporto de Congonhas. Foi alocado um agente ao corredor do quarto e feita a verificação da existência dos ocupantes. Foi verificada que a reserva do quarto fora feita para o período entre o dia 12 até o meio-dia do dia 14 quando seria concluída a transação mas acabou sendo estendida a permanência.
- Após amanhecer o dia, o delegado se identificou, disse que estava cumprindo uma diligência e que uma pessoa já tinha sido presa em Cuiabá. Valdebran teria confessado que tinha R$ 780 mil e US$ 100 mil no cofre do quarto do hotel e em caixas de papelão e foi orientado a continuar as negociações para que a PF pudesse descobrir a origem do dinheiro e quem era(m) a(s) pessoa(s) com quem ele estava em contato.
- Utilizando esta tática, Edmilson Bruno descobriu que o montante era uma parcela e que estaria envolvido mais dinheiro na negociação.
- Pressionando Valdebran entre as 6h e 10h, o Delegado Edmilson Bruno disse que só saíria quando chegasse o restante do dinheiro e então Valdebran contou que estaria com uma pessoa do PT, no quarto ao lado, esta pessoa seria Gedimar Passos. Os dois envolvidos acabaram sendo detidos em um só quarto e o montante de dinheiro apreendido em sacolas de plástico eram R$ 415 mil e US$ 139 mil. O dinheiro dos dois quartos apreendidos seriam R$ 1.195.000,00 mais US$ 239.000,00 ou totalizando em reais R$ 1.715.800,00.
- Por volta do meio-dia, Valdebran e Gedimar, a dupla de negociantes do dossiê, foram levados em custódia para a sede da PF.
[editar] 16 de setembro
[editar] 17 de setembro
- Na sede da polícia, o delegado disse que, em depoimento, Gedimar entregou a rede de relacionamentos que envolveu os nomes de Expedito (Expedito Afonso Veloso, diretor de Gestão de Risco do Banco do Brasil), Jorge (Jorge Lorenzetti, analista de mídia e risco da campanha de Lula) e Freud (Freud Godoy, ex-assessor particular da Presidência).
- Também em depoimento na Polícia Federal de São Paulo, os dois relataram que o dinheiro era proveniente do diretório estadual do PT-SP, e serviria para pagar o dossiê que Trevisan entregaria. Gedimar Pereira Passos declarou ser um advogado contratado pela executiva nacional do PT onde teria a função de analisar a documentação acrescentando que o material teria informações graves de outros partidos incluindo o PT. Gedimar comentou que no início das negociações o valor cobrado era de R$ 20 milhões de reais pelos Vedoin que acabaram baixando para R$ 10 milhões e por fim para R$ 2 milhões. Este valor estava fora do alcance do PT e a negociação se estendeu na proposta de sociedade a uma grande revista de circulação nacional a compra das informações. E então ficou acertada a ida de uma equipe de jornalistas a Cuiabá para uma entrevista exclusiva com os Vedoin. Gedimar então teria dado o primeiro milhão a Valdebran quando a entrevista fora iniciada e o restante do dinheiro seria pago quando o material fosse entregue pelos Vedoin.
- No interrogatório descobriu-se que Valdebran Padilha era filiado do PT do MT, tendo inclusive participado de arrecadação de recursos de campanha na eleição municipal de 2004.
[editar] 18 de setembro
- O desencadear dos fatos levou Freud Godoy, após conversa com Lula por telefone, a pedir demissão do cargo que ocupava e se apresentar voluntariamente a PF de Brasília. Nessa altura o escândalo já havia tomado as páginas dos jornais e os noticiários da TV, principalmente por causa do questionamento da origem do dinheiro e por estar um assessor direto do presidente envolvido.[3][4]
- O pedido de investigação judicial eleitoral foi feita em conjunto pelo PSDB, PFL e PPS e protocolado no TSE trazendo para o TSE a coordenação da investigação.
- Segundo um relato escrito por três delegados da Polícia Federal e encaminhado a VEJA, Espinoza e Freud, acompanhados de dois homens não identificados, fizeram uma visita a Gedimar na noite de 18 de setembro, quando ele ainda estava preso na carceragem da PF em São Paulo. A visita ocorreu fora do horário regular e sem um memorando interno a autorizando. Um encontro com um preso nessas condições é ilegal. Ele pode ser encarado como obstrução das investigações ou coação de testemunha. De acordo com o relato dos policiais, o encontro foi facilitado por Severino Alexandre, diretor executivo da PF paulista. O encontro ocorreu logo depois da acareação regular entre Freud e Gedimar, um encontro de cinco minutos que, segundo o relato oficial, transcorreu em silêncio da parte de Gedimar. O mais interessante, no relato dos policiais, viria a seguir. Severino teria acomodado os petistas em seu gabinete e determinado a Jorge Luiz Herculano, chefe do núcleo de custódia da PF, que retirasse Gedimar de sua cela. Herculano resistiu, pretextando corretamente que o preso estava sob sua guarda e que não havia um "memorando de retirada". (Revista Veja, nº. 1978, nº. 41, datada do dia 18 de outubro, afirma que Freud Godói, se encontrou Gedimar Passos no dia 18 fora do horário de expediente da Polícia Federal em São Paulo. Segundo a revista, a revelação do encontro foi feita pelos 3 delegados da PF que pediram anonimamente das identidades. Na mesma reportagem, a revista afirma que está ocorrendo uma “Operação Abafa” nas investigações que envolvem os ex-membros, sob liderança do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos).
[editar] 19 de setembro
[editar] 20 de setembro
[editar] 21 de setembro
[editar] 22 de setembro
[editar] 23 de setembro
[editar] 24 de setembro
[editar] 25 de setembro
[editar] 26 de setembro
[editar] 27 de setembro
[editar] 28 de setembro
- O Delegado da PF, Edmilson Pereira Bruno, munido de uma máquina digital fotográfica, dirigi-se a uma unidade do Banco Central (guardião dos dólares) em São Paulo e à empresa Protege S/A (guardião dos reais) para fazer as fotos das pilhas de dinheiro. O delegado bateu 23 fotos, em diferentes ângulos e grava as imagens em um CD. As fotos foram tiradas na tarde e que estavam presentes 5 peritos criminais e o delegado Edmilson Bruno, é o mesmo que no dia 15 mandou apreender o dinheiro, reais e dólares, de Valdebran Padilha e Gedimar Passos.
[editar] 29 de setembro
- Depois ter gravado 23 imagens de fotos em um CD, o delegado Edmilson Pereira Bruno, entrega na manhã aos jornalistas em caráter sigiloso, dizendo ser de uma "fonte graduada dentro da Polícia Federal, que não quis se identificar".
- As fotos do dinheiro provenientes do delegado, foram inicialmente exibidas pelo portal do site Estadão e outros portais de notícias na parte da tarde, a noite ganharia destaque em diversos telejornais.
- A tentativa do presidente nacional do PT, Ricardo Bezoini de proibir, em processo jurídico ao STF, a exibição das fotos na imprensa na noite, repercute muito mal e é rejeitado de imediato pelo Supremo Tribunal Federal. Essa tentativa caracteriza a mais um ataque contra a imprensa e de também do PT "querer algo esconder, para não influenciar a eleição no 1º de outubro", segundo a oposição e ex-aliados do governo Lula.