Crosta
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A crusta ou crosta terrestre é a camada mais externa do planeta e é a parte superior da litosfera, com uma espessura variável de 5 a 70 km. A crusta é constituída principalmente por basalto e granito e fisicamente é menos rígida e mais fria do que o manto e o núcleo da Terra.
Índice |
[editar] Constituição da Crusta
A crusta terrestre é subdividida em crusta oceânica, de constituição máfica (com o nome de sima - minerais de sílica e magnésio) e crusta continental de constituição félsica (com o nome de sial - minerais de sílica e alumínio). A crusta oceânica é constituída essencialmente por basalto,tem uma espessura de 7 a 10 km e é mais densa do que a crusta continental, que é constituída maioritariamente por granito, tem uma espessura de de 20 a 70 km e é menos densa que a crusta oceânica.
As rochas da crusta oceânica contêm mais ferro, logo são mais densas do que as rochas da crusta continental.
Abaixo da crusta a velocidade das ondas P aumenta bruscamente para 8Km/s, indicando a existência de uma descontinuidade composicional a esta profundidade. Esta fronteira denomina-se descontinuidade de Mohorovičić, e separa a crusta do manto. Este aumento brusco da velocidade das ondas sísmicas sugere que o manto, é constituído por rochas mais densas que a crusta, sendo também mais rígido do que a crusta; o que é consistente com diversos dados petrológicos. O mecanismo que permite que a crusta menos densa flutue sobre o manto, mais denso , tal como um iceberg flutua no oceano, é descrito pelo princípio da isostasia.
De facto, uma rocha pode ser dura e sólida a curto prazo (alguns segundos a anos), mas possuir um comportamento de fluido a longo prazo (centenas a milhares de anos). No manto, logo abaixo da litosfera, existe uma zona de baixa velocidade das ondas sísmicas (entre os 100 km e 200 Km de profundidade), situada no topo da Astenosfera. Nesta zona de baixa velocidade as rochas encontram-se parcialmente fundidas (menos de 1%), uma vez que o aumento da Temperatura nessa zona ultrapassa a curva de fusão de alguns minerais das rochas mantélicas.
Esta, ainda que muito pequena, fusão parcial das rochas da astenosfera superior provocam uma diminuição da rigidez dessas rochas, que apresentam um comportamento fluído à escala geológica, o que resulta no estabelecimento de correntes de convecção , que permitem o deslizar das placas litosféricas num fenómeno designado por deriva continental e que está na origem da teoria da tectónica de placas.
O deslocamento das placas tectónicas provocado deriva continental é quase insignificante à escala humana: poucos centímetros por ano.
F. W. Clarke calculou que 47% da crusta é constituída por oxigénio. A sua composição é maioritariamente óxidos combinados, sendo os principais o silício, o alumínio, o ferro, o cálcio, magnésio, potássio e óxidos de sódio. A sílica é o principal componente da crusta, e está presente sob a forma de minerais de sílica nas rochas ígneas e metamórficas. Através do cálculo de 1672 analises feitas as diferentes rochas F. W. Clarke elaborou o gráfico seguinte em que as massas estão em expressas em média percentual.
Óxidos | Percentagem |
---|---|
SiO2 | 59.71 |
Al2O3 | 15.41 |
CaO | 4.90 |
MgO | 4.36 |
Na2O | 3.55 |
FeO | 3.52 |
K2O | 2.80 |
Fe2O3 | 2.63 |
H2O | 1.52 |
TiO2 | 0.60 |
P2O5 | 0.22 |
total | 99.22 |
[editar] Ver Também
[editar] Links Externos
[editar] Bibliografia
Press, Frank et al. Understanding Earth. Fourth Edition.ed. New York: W.H. Freeman and Company, 2003. pp. 486-489 p. ISBN 0-7167-9617-1