IG Farben
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A IG Farben (abreviatura de Interessen-Gemeinschaft Farbenindustrie AG) (associação de interesses indústria de tintas SA) foi um conglomerado de empresas formado em 1925 e de certa forma mesmo mais cedo, durante a Primeira Guerra Mundial. A IG Farben deteve um monopólio quase total da produção química na Alemanha Nazi. Farben significa alemão "tintas", "corantes" ou "cores" e inicialmente muitas destas empresas produziram tinturas, mas em breve começaram a dedicar-se a outros sectores mais avançados da indústria química. A fundação da IG Farben foi uma reacção à derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial. Antes da guerra, as empresas de tintas alemãs tinham uma posição dominante no mercado mundial, que perderam durante o conflito. Uma solução para reganhar essa posição foi através da fusão.
A IG Farben consistia das seguintes principais empresas:
e várias outras, mais pequenas.
Durante o planeamento da invasão da Polónia e Checoslováquia, a IG Farben cooperou fortemente com os oficiais nazis.
A IG Farben construiu uma fábrica para a produção de óleo sintético e borracha (a partir do carvão) em Auschwitz, que foi uma pedra basilar no início da actividade da SS neste local durante o Holocausto. No auge, em 1944, esta fábrica fazia uso de 83.000 trabalhadores escravos. O pesticida Zyklon B, para o qual a IG Farben detinha a patente e que era usado nas câmaras de gás para o assassínio massivo, era fabricado pela Degesch (Deutsche Gesellschaft für Schädlingsbekämpfung), uma empresa detida pela IG Farben.
Dos 24 directores da IG Farben acusados no chamado Julgamento IG Farben perante um tribunal militar americano nos Julgamentos de Nueremberg subsequentes, 13 foram condenados a prisão entre 1½ e 8 anos.
"O cartel da Farben surgiu em 1925, quando o gênio da administração Hermann Schmitz (com o apoio financeiro de Wall Street) criou a empresa química supergigante a partir de seis companhias alemãs, que já eram gigantes... Vinte anos depois, o mesmo Hermann Schmitz foi julgado em Nuremberg por seus crimes de guerra cometidos pelo cartel I. G. Farben. Outros diretores da I. G. Farben também foram julgados, mas os afiliados americanos da I. G. Farben e os diretores americanos da própria I. G. foram caladamente esquecidos; a verdade estava enterrada nos arquivos. São essas conexões americanas de Wall Street que nos preocupam. Para começo de conversa, sem o capital enviado por Wall Street, não teria existido a I. G. Farben, e quase certamente, não teria havido também Adolf Hitler e a Segunda Guerra Mundial." [Wall Street and the Rise of Hitler, Sutton, pg 33]