Igreja Greco-Católica Melquita
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A Igreja Greco-Católica Melquita (ou Greco-Melquita, ou Melkita, ou ainda Meoquita) é uma igreja oriental católica particular ou sui juris.
Criada em Antioquia da Síria, é a mais antiga Igreja enquanto instituição do mundo e é a única entre as orientais que não é uma Igreja nacional, apesar de estar intimamente ligada à Síria. Seu Patriarcado envolve três sés apostólicas: Antioquia, Jerusalém e Alexandria, chamando-se Patriarcado Greco-Melquita de Antioquia, Jerusalém, Alexandria, e de todo o Oriente.
O nome Melquita vem de melk que é a raiz siríaca para palavras como "rei", "real" e "reino". Todos aqueles que ficaram ao lado do Imperador Marciano de Bizâncio no Concílio de Calcedônia em 451, defendendo a realidade das duas naturezas de Cristo, foram pejorativamente apelidados de "reais" pelos monofisistas. Com o tempo, o nome foi usado para designar especificamente os cristãos levantinos, que passaram a humildemente aceitar a alcunha jocosa que lhes conferiram.
Já a adjetivação de sua catolicidade - "greco" - vem do fato de os então futuros melquitas, assim como os outros cristãos que habitavam o Império Bizantino, ex-Império Romano, serem chamados pelos muçulmanos de rumi, "romanos", uma identidade que veio a ficar estreitamente ligada à lingua que falavam: o grego, tanto que ambos nomes se tornaram sinônimos.
De rito bizantino, após este ter suplantado o rito antioqueno, a Igreja Melquita tem a sua Divina Liturgia escrita por São João Crisóstomo e São Basílio.
Em 1724, os missionários europeus conseguiram fazer com que grande parte do clero Melquita voltasse formalmente para o seio da Sé Romana, criando assim duas vertentes dos Melquitas: os Católicos (também chamados de uniatas) e os Ortodoxos, os quais vieram a ser conhecidos como antioquenos.
[editar] A Igreja Melquita no Brasil
A Igreja Melquita veio ao Brasil em missão para servir os imigrantes sírios e libaneses, cuja imigração se iniciou em torno de 1869-1890. Prósperas comunidades foram fundadas e, com muito esforço, também levantadas suas próprias igrejas. A primeira, Igreja de São Basílio, foi fundada em 1941, pelo primeiro arcebispo do Brasil, Dom Elias Coueter, tendo sido a primeira igreja católica oriental a ser fundada no país. Hoje, existem quatro Igrejas Melquitas no Brasil:
- Catedral de Nossa Senhora do Paraíso em São Paulo - SP
- Igreja de São Basílio no Rio de Janeiro - RJ
- Igreja de Nossa Senhora do Líbano em Fortaleza - CE
- Igreja de São Jorge em Juiz de Fora - MG
Há também uma comunidade:
A Igreja Melquita está presente ainda em uma igreja síriaca e em duas igrejas latinas, celebrando o rito bizantino:
- Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Belo Horizonte - MG
- Igreja Matriz de Votorantim em Votorantim - SP
- Santuário do Bom Jesus em Boa Esperança - MG
[editar] Arcebispo
O atual arcebispo da Igreja Melquita no Brasil é Dom Fares Maakaroun, que foi empossado em 18 de dezembro de 1999. Seus predecessores foram Dom Elias Coueter † (29 de novembro de 1971 - 22 de junho de 1978 retirado), Dom Spiridon Mattar (22 de junho de 1978 - 20 de abril de 1990 resignado) e Dom Pierre Mouallem (20 de abril de 1990 - 22 de julho de 1998 promovido arcebispo de Acre, em Israel).
[editar] Ligações externas
- Paróquia Melquita Nossa Senhora do Líbano
- Pequenos Monges do Pater Noster
- Sarkomata - ícones de acordo com o Calendário Litúrgico
- ((en)) Melkite Greek-Catholic Patriarchate of Lebanon