Itanhandu
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Município de Itanhandu | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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[editar] Geral
Itanhandu é um refúgio, seja em tempos de paz ou de guerra. O desafio de vencer as montanhas traz alento e segurança àqueles que conseguem transpor sua altivez. Foi assim com os primeiros bandeirantes que alcançaram Minas Gerais, o mesmo acontecendo aos tropeiros e intermináveis viajantes.
Com uma população de maioria urbana, Itanhandu começa a ser conhecida como "Cidade Saudável", reservando aos turistas, que por aqui passam, surpresas agradáveis. Livre da poluição, situada nas Terras Altas da Mantiqueira, com uma extraordinária beleza natural, a cidade passa a ser uma opção para quem busca descanso, lazer e beleza.
O Patrimônio Histórico de Itanhandu vem sendo reconhecido através do Inventário de Bens Imóveis, elaborado numa parceria entre IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) e a Prefeitura, tendo como objetivo a preservação dos imóveis que refletem um pouco da história e da cultura do povo de Itanhandu.
Várias opções de entretenimento são oferecidas aos adeptos da natureza, como um delicioso banho de cachoeira, poços naturais de água limpa, esportes como bóia-cross, montanhismo, ciclismo, vôo livre ou, simplesmente, uma caminhada entre animais silvestres e vegetação bela e diversificada.
Outras opções ficam por conta das cavalgadas na Serra do Condado, no Alto das Posses e em outras trilhas descobertas pelo Clube do Cavalo da cidade. Há também os Enduros à Pé ou de Jeep, por trilhas ecológicas.
Em todas as comunidades encontram-se trabalhos em ponto de marca, crochê, abrolhos, além do queijo "Tipo Minas". Também não faltam os doces caseiros na Serra dos Noronhas. Para as compras na cidade, além do delicioso doce de leite e dos maravilhosos queijos, outro ponto alto são as cerâmicas tipo exportação e o artesanato vendido na antiga Estação Ferroviária, hoje, denominada Estação das Artes.
[editar] História de Itanhandu
No princípio do século XVIII, um pequeno aglomerado de casas, circundado por várias fazendas, deu origem ao Arraial de Barra do Rio Verde. Com a inauguração da Estrada de Ferro de Minas- Rio, em 1884, a população começou a crescer. O arraial instalou-se à beira dos rios Verde e Itanhandu, este último dando o nome definitivo ao lugarejo. Ita (pedra), nhandu (ema, corredeira), era chamado assim pelos índios, porque o Rio Verde forma no local grandes quantidades de "pedras que correm ao longo das eras (seixos rolados)". Em 1923, Itanhandu torna-se município.
[editar] História do Brasil
Dois fatos históricos ficaram bastante marcados na história de Itanhandu: a Revolução de 1930 e a Revolução de 1932. Ambas foram de curta duração, entretanto mudaram os rumos do país. A primeira deu o poder a Getúlio Vargas, candidato derrotado à presidência, alegando fraudes no processo eleitoral, dominado por velhas oligarquias. De São Paulo eclodiu o movimento de 32, exigindo o fim do governo provisório de Vargas e a convocação de novas eleições. Nos dois acontecimentos a cidade ficava exposta a conflitos armados entre Minas e São Paulo, em vista de sua posição estratégica de fronteira. Toda a população era retirada e as luzes apagadas à noite. Dos combates de 32 participou um jovem tenente médico, futuro governador de Minas e presidente do Brasil. Juscelino Kubitschek declararia mais tarde a amigos: "minha carreira política começou em Itanhandu".
Corria o final do século XVI quando foram ouvidos os primeiros passos dos exploradores europeus. Tudo era novo e desconhecido para esses homens rudes, que rasgavam impiedosamente a magnífica Mata Atlântica. Surgia o primeiro caminho ligando o litoral a uma terra rica em ouro e pedras preciosas, hoje chamada Minas Gerais. O Caminho Velho passava por Itanhandu. Foi usado para escoar o ouro e outras riquezas de Minas para o porto de Parati, no Rio de Janeiro. Já na primeira metade do século XVIII havia no local um pequeno povoado, cercado por algumas fazendas. Surgiria mais tarde um arraial, denominado Barra do Rio Verde. Foi-se o ouro - cujas minas estavam praticamente exauridas no final do século XVIII, mas o movimento nunca cessou. Mesmo o surgimento do Caminho Novo (passando pelas cidades de Petrópolis, Juiz de Fora e Barbacena) não diminuiu o trânsito. A velha estrada continuava sua história no vai-e-vem dos tropeiros que abasteciam o intenso comércio mineiro.