Jayme Caetano Braun
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jayme Caetano Braun (São Luís Gonzaga, 30 de janeiro de 1924 — Porto Alegre, 8 de julho de 1999) foi um renomado payador e poeta do Rio Grande do Sul.
Índice |
[editar] Biografia
Payador, poeta e radialista, Jayme Caetano Braun nasceu em 30 de janeiro de 1924 em Timbaúva, na época distrito de São Luís Gonzaga (hoje Bossoroca), na Região das Missões no Rio Grande do Sul.
Durante sua carreira fez diversas payadas, poemas e canções, sempre ressaltando o Rio Grande do Sul, a vida campeira, os modos gaúchos e a natureza local. Utilisou os pseudônimos de Piraju, Martín Fierro e Andarengo.
Trabalhou em jornal. “Ele era meu companheiro de página no 'O Interior', era um gauchão véio independente, alegre e meio sarcástico quando tinha que ironizar os poderosos”, lembra o humorista Santiago, que teve o livro “Milongas do Macanudo Taurino” (L&PM, 1984) prefaciado pelo próprio Jayme.
Jayme foi membro e co-fundador da Academia Nativista Estância da Poesia Crioula, grupo de poetas tradicionalistas que se reuniu no final dos anos 50, na capital gaúcha.
Teve lançados diversos livros de poesias, como "Galpão de Estância" (1954), "De fogão em fogão" (1958), "Potreiro de Guaxos" (1965) e "Pendão Farrapo" (1978), alusivo à Revolução Farroupilha. Entre seus poemas mais declamados pelos poetas regionalistas do país inteiro, destacam-se "Tio Anastácio", "Bochincho", "Paraíso Perdido", "Payada a Mário Quintana" e "Galo de Rinha". Jayme também gravou CDs e discos, como "Payador, Pampa y Guitarra", antológica obra em parceria com Noel Guarany. Gravou, ainda, com Lúcio Yanel, Cenair Maicá e Luiz Marenco. Seu nome batiza ruas, praças mas principalmente CTGs, em todo o Brasil.
Veio a falecer de parada cardíaca aos 75 anos, no dia 8 de julho de 1999, por volta das 6h, em Porto Alegre. Seu corpo foi velado no Palácio Piratini, sede do governo sul-riograndense, e enterrado no cemitério João XXIII, na capital do estado.
[editar] Cronologia
- 1924 - Jayme Caetano Braun nasce em Timbaúva, antigo 3º Distrito de São Luiz Gonzaga, hoje município de Bossoroca. O pai era filho de imigrantes alemães e a mãe, uma chirua bugra.
- 1943 - Começa a publicar poemas no jornal A Notícia, de São Luiz Gonzaga.
- 1945 - Começa a atuar na política, participando em palanques de comício como payador. O poema O Petiço de São Borja, publicado em revistas e jornais do país, fala de Getúlio Vargas. Participa da campanha de Ruy Ramos, com o poema O Mouro do Alegrete, como era conhecido. Nos anos seguintes, participa das campanhas de Leonel Brizola, João Goulart e Egidio Michaelsen.
- 1948 - Dirige o programa radiofônico Galpão de Estância, em São Luiz Gonzaga.
- 1954 - Publica Galpão da Estância, o primeiro livro.
- 1958 - Sai a primeira edição da coletânea De Fogão em Fogão.
- 1965 - Lança o livro Potreiro de Guaxos.
- 1966 - Publica três livros: Bota de Garrão, Brasil Grande do Sul e Passagens Perdidas.
- 1973 - Participa do programa semanal Brasil Grande do Sul, na Rádio Guaíba, com produção de Flávio Alcaraz Gomes. O programa ficou no ar por 15 anos.
- 1990 - Lança o livro Payador e Troveiro.
- 1993 - Lança o disco Paisagens Perdidas, com sucessos como Mangueira de Pedra, Tio Anastácio, Cordeiro Guacho e Payada da Primavera.
- 1993 - Sai o disco Poemas Gaúchos, com sucessos como Payada da Saudade, Piazedo, Remorsos de Castrador, Cemitério de Campanha e Galo de Rinha.
- 1996 - Publica a antologia poética 50 Anos de Poesia.
- 1999 - Jayme Caetano Braun morre em Porto Alegre.
[editar] Tributos
- Sol das missões - Tributo a Jayme Caetano Braun, de Paulo de Freitas Mendonça
- Tributo a Jayme Caetano Braun, de Geraldo do Norte