Mário Lago
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Mário Lago (Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1911 — Rio de Janeiro, 30 de maio de 2002) foi um compositor, letrista e ator de telenovela.
Autor de sambas populares como "Ai, que saudades da Amélia" e "Atire a primeira pedra", ambos em parceria com Ataulfo Alves de Sousa, fez-se popular entre as décadas de 40 e 50, ajudando a tornar o samba a mais representativa música brasileira.
Ator do teatro brasileiro, no gênero comédia, poeta e radialista; Mário Lago é ícone do folclore nacional imortalizou-se com suas canções populares e marchinhas feitas para o carnaval.
Mário Lago trabalhou durante muitos anos na Rede Globo de televisão. Compositor, ator, poeta, radialista, advogado e por longo período militante do Partido Comunista, Mário Lago era filho de um maestro, Antônio Lago, e encontrou nas letras o seu refúgio intelectual. Começou pela poesia, e teve seu primeiro poema publicado aos 15 anos. Depois, advogado, envolveu-se com o teatro de revista, escrevendo, compondo e atuando. Sua estréia como letrista de música popular foi com "Menina, Eu Sei de uma Coisa", parceria com Custódio Mesquita, gravada em 1935 por Mário Reis. Três anos depois, Orlando Silva realizou a famosa gravação de "Nada Além", da mesma dupla de autores. Em 1978 lançou o vinil "Retrato".
Suas composições mais famosas são Ai que Saudades da Amélia, "Atire a Primeira Pedra", ambas em parceria com Ataulfo Alves; "É Tão Gostoso, Seu Moço", com Chocolate, "Número Um", com Benedito Lacerda, o samba "Fracasso" e a marcha carnavalesca "Aurora", em parceria com Roberto Roberti, que ficou consagrada na interpretação de Carmen Miranda.
Em Amélia, os versos "Amélia não tinha a menor vaidade/ Amélia é que era mulher de verdade", ficaram tão populares que tornaram "Amélia" sinônimo de mulher submissa, dedicada aos trabalhos domésticos e resignada. Mas o grande público só ficou conhecendo Mário Lago pela televisão, quando trabalhou em novelas como: "Casarão", "Pecado Capital" e "Brilhante", entre outras. Também atuou em peças de teatro e filmes, como "Terra em Transe", de Glauber Rocha.
Autor dos livros "Na Rolança do Tempo" (1976), "Bagaço de Beira-Estrada" (1977) e "Meia Porção de Sarapatel" (1986), foi biografado em 1998 por Mônica Velloso na obra: "Mário Lago: boêmia e política". A escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz homenageou Lago em 2000. Em janeiro de 2002, o presidente da Câmara, Aécio Neves, foi à sua residência no Rio para lhe entregar, solenemente, a Ordem do Mérito Parlamentar. Na sua última entrevista ao JB, Mário revelou que estava escrevendo sua própria biografia. Estava certo de que chegaria aos 100 anos, dizia Mário, "Fiz um acordo com o tempo. Nem ele me persegue, nem eu fujo dele".
Morreu no dia 2 de setembro de 2002, aos noventa anos de idade, em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, de enfisema pulmonar.
[editar] Teledramaturgia
- 2001 O Clone - Dr. Molina (participação especial)
- 1992/1999 Você Decide (12 episódios)
- 1999 Força de um Desejo - Teodoro
- 1998 Pecado Capital - Amatto
- 1998 Torre de Babel - Priest (participação especial)
- 1998 Hilda Furacão - Olavo
- 1995 Engraçadinha, seus amores e seus pecados - Osmar
- 1993 Agosto - Aniceto
- 1992 De Corpo e Alma - Desembargador
- 1992 Despedida de Solteiro - Padre (participação especial)
- 1990 Barriga de Aluguel - Dr. Molina
- 1989 O Salvador da Pátria - Quinzote
- 1988 O pagador de promessas - Dom Germano
- 1986 Roda de Fogo - Antônio Villar
- 1985 Grande Sertão: Veredas - Compadre Quelemem
- 1985 Tenda dos Milagres - Judge João Reis
- 1985 O tempo e o vento - Padre Lara
- 1984 Padre Cícero - Núncio Apostólico
- 1983 Louco Amor - Agenor
- 1982 Elas por Elas - Miguel
- 1981 Brilhante - Vítor Newman
- 1980 Plumas & Paetês - Cristiano
- 1979 Os Gigantes - Antônio
- 1979 Dancin' Days - Alberico Santos
- 1977 Nina - Galba
- 1976 O Casarão - Atílio Souza
- 1975 Pecado Capital - Perez
- 1975 Escalada - Chico Dias
- 1974 O Espigão - Gabriel Martins
- 1973 Cavalo de Aço - Inácio
- 1972 Selva de Pedra - Sebastião
- 1971 Minha doce namorada - César
- 1971 Assim na Terra Como no Céu - Oliveira Ramos
- 1970 Verão Vermelho - Bruno
- 1969 A Ponte dos Suspiros - Foscari
- 1969 Rosa Rebelde - Barão de La Torre
- 1968 Passo do Ventos - Dubois
- 1968 O homem proibido - Ali Abbor
- 1967 Presídio de Mulheres - Pierre (Rede Tupi)
- 1967 A sombra de Rebeca - Tamura
- 1966 O Sheik de Agadir - Otto Von Lucker