Mandato da Sociedade das Nações
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Um Mandato da Sociedade das Nações foi uma solução jurídica criada pela Sociedade das Nações através da qual um membro da Sociedade administrava um antigo território alemão ou turco.
O fim da Primeira Guerra Mundial saldou-se na derrota da Alemanha e do Império Otomano. Os membros da Sociedade das Nações entendiam que os territórios na Ásia e na África administrados por estas antigas potências não estavam ainda em condição de passar à fase de territórios independentes, tendo por isso dividido esses territórios entre os membros da Sociedade. Teoricamente pretendia-se preparar estes territórios para a independência (todos os anos os países mandatários deveriam apresentar as medidas que tomavam nos territórios nesse sentido), mas na prática continuaram a funcionar como colónias.
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[editar] Tipos de mandatos
[editar] Mandatos de Classe A
Este tipo de mandato era constituído pelas antigas províncias turcas da Palestina, Líbano, Síria e Iraque. O Iraque e a Palestina foram atribuídos ao Reino Unido, enquanto que a Síria e o Líbano à França.
Os territórios incluídos nesta classe eram completamente independentes no ano de 1949. O Iraque constitui-se em reino independente em 1932; o Líbano tornou-se independente em 1943; a Transjordânia em 1946 (mais tarde transformada em Jordânia) e a Síria em 1946. O mandato britânico da Palestina foi dividido pelas Nações Unidas em dois estados, o de Israel (que se declarou independente em 1948) e outro que seria reservados aos árabes palestinianos (e que até hoje não se concretizou).
[editar] Mandatos de Classe B
Consistiam nos antigos territórios alemães na África. O Tanganica (actualmente pertecente à Tanzânia) foi atribuído ao Reino Unido e o Ruanda-Urundi (hoje Rwanda e o Burundi) à Bélgica. A Togolândia (Togo) e os Camarões divididos entre a França e o Reino Unido.
[editar] Mandatos de Classe C
Nos mandatos de Classe C entendeu-se que seria mais conveniente integrar antigos territórios controlados pela Alemanha no território de membros da Sociedade das Nações, devido à baixa densidade populacional destes.
A colónia alemã do Sudoeste Africano (actual Namíbia) foi colocada sob a administração da África do Sul, a Samoa Ocidental sob administração da Nova Zelândia e a Nova Guiné e Nauru sob administração da Austrália (este último território em cooperação com o Reino Unido e a Nova Zelândia). Um pequeno grupo de ilhas no Pacífico foi atribuído ao Japão.
[editar] Localização geográfica dos mandatos
[editar] Médio Oriente e África
- Mandato francês da Síria
- Mandato francês do Líbano
- Mandato britânico da Palestina
- Mandato britânico da Transjordânia
- Mandato britânico do Iraque
- Togolândia britânica
- Togolândia francesa
- Camarões britânico
- Camarões francês
- Ruanda-Urundi
- Tanganica
- Sudoeste Africano
[editar] Pacífico
- Mandato japonês sobre as ilhas do Pacífico
- Mandato australiano da Nova Guiné
- Mandato australiano de Nauru
- Mandato da Nova Zelândia sobre a Samoa Ocidental