Pedro Arrupe
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Pedro Arrupe, Sacerdote Católico, membro da Companhia de Jesus, Prepósito Geral dos Jesuitas.
O padre Arrupe, foi "homem do mundo e homem da Igreja", um profeta para o século XXI que, por entre as dificuldades da segunda metade do século XX deixou um rasto de esperança realista, optmista, oferecendo instrumentos para a construcção de uma humanidade mais justa e verdadeira.
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[editar] Os primeiros anos
Nascendo em Bilbau, a 14 de Novembro de 1907, o pequeno 'Peru' foi sempre uma pessao muito marcada pela sua própria vida. Depois de estudar quatro anos medicina a contra-gosto de muitos professores e colegas entrou no noviciado da Companhia de Jesus em Loyola. Sempre teve em sí um grande desejo de ir para o Japão. Este desejo tornou-se realidade, mas antes disso teve de esperar mais de 10 anos na sua formação jesuitica em que se destacam os tempos em que estando nos EUA se dedicou a visita aos reclusos mais temidos, com os quais ganhou grande proximidade e afecto.
[editar] Vivendo no Japão
Partindo para o Japão sempre foi um homem que ganhou muita proximidade com o japoneses. Chegaram a pensar que ele seria um espião americano e por isso prenderam-no, mas pelo seu comportamento repararam que não o era. Mais tarde saindo de Yamagushi (terra onde estivera São Francisco Xavier) foi para o noviciado do Japão, em Hiroshima, como mestre de noviços. aí se destacou pelo seu serviço incondicional a quando a queda das bombas atómicas. Criou um hospital improvisado nas instalações semi destruidas do noviciado, foi com os noviços à cidade tirar os vivos, queimar os mortos para nao haver infecções, e muito mais. Após este acto heroico foi eleito provincial do Japão e depois Superior Geral da Companhia de Jesus.
[editar] Um Profeta como Prepósito Geral da Companhia de Jesus
Os tempos eram de enorme agitação e mudança, os famosos anos sessenta. A Igreja acabava de viver o Grande Concílio Ecuménico Vaticano II e agora havia que o adaptar e adoptar em todos os sentidos à vida e missão ecesial. Arrupe foi eleito. eleito para a vida, pois é assim na Companhia de Jesus. Na sua reduzida "bagagem" trazia um relógio parado! Sim, o padre Arrupe estava, vivia, em Hiroshima, naquela mesma hora, naquele local onde rebentou a bomba atómica!...e o seu relógio, como tantas vidas, parou! Esta é a parabola da sua vida. um choque, uma paragem, uma viragem que é recomeço, uma hora nova. assim foi para ele, por várias vezes. Ninguem poderá esquecer aquela imagem em que ele pedia a benção de joelhos a João Paulo II, nem a vez em que estando em Lisboa rezou de joelhos ante a estátua do Marquês de Pombal. "O mundo avança mesmo sem nós, disse ele, de nós depende que avance connosco!" Assim incentivava um dia os jesuitas ao compromisso na fé e na justiça. Avisando que estas nao se podem separar, como não se separaram quando em tempos suas mãos deram vida em Hiroshima.
[editar] Os últimos anos: a "Quarta Provação"
O caminho foi dificil e confrontado para a Companhia, dentro e fora, entre o poder politico e a Santa Sé. Apesar do cargo de superior Geral da Companhia ser vitalicio, ele sentiu a sua missão cumprida e pediu para resignar. Mas o papa Joao Paulo II não aceitou a sua renuncia, instalando um clima de crise, mas que, apesar de todas as expeculações negativas, a Companhia souber viver em obediencia verdadeira por amor a Cristo e a sua Igreja.
Em 1980 sofreu uma trombose, o que o levou a ter de resignar. E, no seu discurso de despedida aos jesuitas disse: "Yo me siento, más que nunca, en las manos de Dios. Eso es lo que he deseado toda mi vida, desde joven. Y eso es también lo único que sigo queriendo ahora. Pero con una diferencia: Hoy toda la iniciativa la tiene el Señor. Les aseguro que saberme y sentirme totalmente en sus manos es una profunda experiencia." E assim se sentiu quando em 1990 partiu para a casa do Pai.