Região Sisaleira
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![Localização da Região Sisaleira na Bahia.](../../../upload/shared/thumb/c/c5/Mapa_Terra_do_Sisal.jpg/250px-Mapa_Terra_do_Sisal.jpg)
O Território do Sisal, mais conhecido como região sisaleira da Bahia, está localizado no semi-árido nordeste do estado (a cerca de 260 km de Salvador) e historicamente concentra alguns dos piores índices de desenvolvimento social e econômico do país. A renda média per capta é de meio salário mínimo mensal.
São até 50 mil habitantes na região sisaleira, distribuídos em 22 municípios, 15 deles atendidos por 15 rádios comunitárias, que funcionam, cada uma, como porta-voz das pessoas da sua comunidade.
Índice |
[editar] História
Na região sisaleira, a planta do sisal chegou em 1910, no município de Santa Luz. Segundo Nelci Lima da Cruz, poeta e escritor do município, o sisal foi importado da Paraíba para a fazenda Bebedouro em Santa Luz.
A partir daí, a planta progrediu se expandindo para toda região. Os municípios de Santa Luz, São Domingos, Valente e Conceição do Coité são os que mais se destacaram na produção e cultivo do sisal e se tornaram referências nessa área.
[editar] Economia
![Planta do sisal.](../../../upload/shared/thumb/b/b7/Plantsisal.jpg/180px-Plantsisal.jpg)
Além das atividades de exploração do sisal, que enfrentou um período de decadência após os anos 70, e das pedreiras, a base econômica é a pecuária extensiva e a agricultura familiar de subsistência, sujeita a longos períodos de seca que ciclicamente atingem a região, agravando os problemas sociais. Estes problemas são ainda aprofundados pela falta de acesso da população aos serviços básicos como saúde, educação e a inexistência de políticas adequadas à realidade do semi-árido.
O sisal é destinado à indústria de tapetes e carpetes da APAEB, que atualmente emprega 815 pessoas indiretamente e gera mais de 2000 empregos. Na fábrica, o sisal é transformado em tapetes e exportado para outros paises como a Europa, os Estados Unidos, Chile e Argentina.
[editar] Fator Político
Em uma região castigada pela seca, a cadeia produtiva do sisal é um dos fatores econômicos mais fortes. A renda per capita no território sisaleiro é de R$ 80,57. A maior atividade produtiva, a comercialização do sisal, sofre com a falta de incentivos políticos. Com esforço e dedicação, as entidades da sociedade cível vêm buscando alternativas para melhorar a qualidade de vida do produtor e do processo de trabalho que envolve o sisal.
![Cerrado, uma das vegetações predominante na região.](../../../upload/shared/thumb/e/ea/Cerrado.jpg/250px-Cerrado.jpg)
Apartir dos anos 50, o sisal nesta região vem sendo pautado por diversas organizações do campo popular, com o intuito de buscar perspectivas para o fortalecimento dessa cadeia.
[editar] Fatores da natureza
O clima semi-árido da região sisaleira é caracterizado por longos períodos de estiagem e baixa média pluviométrica, entre 300 e 550 mm ao ano, tornando o solo da região ácido e extremamente fértil. O pediplano sertanejo, os planaltos e tabuleiros caracterizam o relevo regional. Os rios e riachos são em grande maioria intermitentes e quase todos bloqueados por barragens, que servem como reservatórios de água. Devido a baixa pluviosidade e a acidez do solo, os lençóis freáticos são geralmente salobros. A vegetação é caracterizada pela caatinga, cerrado e vegetação arbórea aberta. Todos estes fatores climáticos foram determinantes para a adaptação, implantação e sucesso do sisal na região.
[editar] Referências
[editar] Ver também
Mais de 50.000 habitantes | Serrinha | Araci | Conceição do Coité |
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Menos 50.000 habitantes | Biritinga | Candeal | Capela do Alto Alegre | Gavião | Ichu | Lamarão | Nova Fátima | Pé de Serra | Retirolândia | Riachão do Jacuípe | Santaluz | São Domingos | Teofilândia | Valente |