Robert Oppenheimer
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Julius Robert Oppenheimer (22 de Abril de 1904 - 18 de Fevereiro de 1967) foi um físico norte-americano, director do Projecto Manhattan para o desenvolvimento da Bomba atómica, levado a cabo durante a Segunda Guerra Mundial no laboratório nacional de Los Alamos no Novo México.
Oppenheimer nasceu em Nova Iorque no seio de uma família judia. Estudou na Ethical Culture Society, onde chegou a realizar uma completa formação tanto em matemáticas e ciências como em literatura grega e francesa.
Filho de um imigrante alemão que se enriqueceu com a importação de produtos têxteis, graduou-se na Universidade de Harvard em 1925. Depois mudou-se para o Reino Unido para pesquisar no Cavendish Laboratory, dirigido por Ernest Rutherford. Foi convidado por Max Born para a Universidade de Gotinga, onde se doutorou em 1927, ali conheceu outros físicos eminentes como Niels Bohr ou Paul Dirac. Depois de uma curta visita às universidades de Leiden e Zurich, regressou aos Estados Unidos para dar classes de física na Universidade de Berkeley e no California Institute of Technology. No princípio centrou seu atenção nos processos energéticos das partículas subatómicas, incluídos os elétrons, positrons e raios cósmicos. Cedo se envolveu em assuntos políticos, preocupado pelo auge do nazismo na Alemanha. Em 1936 se mostrou partidário dos republicanos depois do estouro da Guerra Civil Espanhola. Ao herdar a fortuna de seu pai, falecido em 1937, não perdeu nenhuma oportunidade de subvencionar diversas organizações antifascistas. Decepcionado pelo comportamento dispensado aos cientistas pela ditadura estalinista, terminou por separar-se das associações comunistas a que esteve vinculado. Em 1939, Albert Einstein e Leo Szilard advertiram-no a respeito da terrível ameaça que tinha suposto para a humanidade sobre a possibilidade de que o regime nazista fosse o primeiro a dispor de uma bomba atômica. Oppenheimer começou então a pesquisar tenazmente sobre o processo de obtenção de urânio-235 a partir de mineral de urânio natural, ao mesmo tempo que determinava a massa crítica de urânio requerida para a bomba. Em 1942 integrou-se no Projeto Manhattan, destinado a gerir a investigação e o desenvolvimento por parte de cientistas britânicos e estadunidenses da energia nuclear com fins militares. A sede central, o laboratório secreto de Los Alamos, em Novo México, foi elegida pelo próprio Oppenheimer. Depois do sucesso da prova efetuada em Alamogordo em 1945, se demitiu como diretor do projeto.
Dois anos depois foi eleito presidente da Comissão para a Energia Atômica estadunidense, cargo que exerceu até 1952. Um ano mais tarde, devido a sua antiga vinculação com os comunistas, foi vítima da caça de bruxas de McCarthy e foi destituído da presidência da Comissão. Os últimos anos de sua vida foram dedicados à reflexão sobre os problemas surgidos da relação entre a ciência e a sociedade.
[editar] Ligações externas
Artigo da Deutsche Welle sobre Oppenheimer]
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