Vila da Penha
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A Vila da Penha é um bairro suburbano do Rio de Janeiro, localizado na Zona Norte da cidade. Outrora um bairro residencial-industrial, atualmente detém um alto índice de crescimento no município. Seus habitantes são, em maioria, pertencentes à classe média com renda per-capta média de 6 a 7 salários mínimos.
Por estar localizada no subúrbio do Rio na região da 27º Distrito Policial, a Vila da Penha sofre com altos índices de criminalidade causado pela proximidade de favelas como a Vila Cruzeiro, Morro da Fé e Favela do Quitungo. O rápido crescimento destas comunidades tem causado enormes problemas de criminalidade que estiveram em destaque na mídia nos últimos anos como os ataques incendiários contra coletivos e o assassinato do jornalista Tim Lopes.
A palavra Penha significa pedra e foram exatamente as pedras do Rio Irajá as responsáveis pela formação da Vila da Penha. É que elas formavam verdadeiras barreiras e se transformaram em obstáculos aos colonizadores, que navegavam com destino a Irajá. Eles eram obrigados a interromper a viagem, onde é hoje Vila da Penha, e prosseguir por terra. Com o tempo o bairro transformou-se em porto para as embarcações e parada obrigatória para a penetração rumo ao interior. Foi aí que começaram a surgir as pequenas casas, pomares e hortas que caracterizam a Vila da Penha a partir de 1600.
A expansão do bairro começou por volta de 1920, quando já existiam algumas fazendas com engenhos de açúcar e aguardente na região. Vários proprietários iniciaram, por conta da falência do sistema de produção de açúcar, o desmembramento e loteamento de seus terrenos.
O bairro conta com opções de lazer, como o Carioca Shopping (localizado em Vicente de Carvalho) com 8 salas de cinema e programação musical em sua praça de alimentação. A Vila da Penha conta ainda com botequins, bares e restaurantes que, em sua maioria, apresentam música ao vivo e são decorados em estilos próprios, que variam do brega ao rock.
No bairro há uma longa avenida, a Oliveira Belo, que ladeia o rio Quitungo. De dia, inúmeras pessoas utilizam-na para a prática de corridas ou passeios com cachorros. À noite, a avenida é ocupada por áreas de entretenimento. No entroncamento das avenidas Meriti e Brás de Pina, encontra-se o Largo do Bicão. O largo tem esse nome devido ao problema da falta de água que assolava o Rio de Janeiro de 1900. Era nesse local que moradores iam buscar água, numa grande torneira pública. Atualmente, o largo é composto por uma praça cercada de comércio, bancos e supermercados.
Três grandes ícones do futebol nacional saíram do bairro: Brito, Romário e Carlos Alberto Torres. Não é raro encontrar o primeiro em uma das muitas festas ou shows que a casa de show Olimpo promove semanalmente. Podemos citar também outros jogadores que tiveram suas raízes na Vila da Penha, como Athirson (ex-Flamengo) e Lenny (Fluminense).
Outra personalidade criada na região foi Hélio de La Peña, humorista do programa Casseta e Planeta, da Rede Globo, Marcinho VP (traficante) e Lord (traficante que incendiou um ônibus com várias pessoas dentro).
A Vila da Penha forma ainda com seus bairros adjacentes (Vista Alegre, Brás de Pina, Vila Kosmos) a Grande Vila da Penha. Soma-se então, a Lona Cultural de Vista Alegre, dentre as opções do bairro. Localizada numa grande e bem arborizada praça, a Lona é uma tenda armada que a cada dia promove um evento diferente, em sua grande parte gratuito ou de valor acessível. Oficinas de teatro, artesanato, comediantes e afins: Cada um tem o seu dia. Às sextas, sábados e domingos, a lona costuma ter programação especial, com bandas locais, covers e outras de renome nacional. Cercada de áreas verdes, a Vila da Penha tem crescido vertiginosamente, em meio a edificios de condomínio que permeiam a região.
Na Vila da Penha também se encontra a Biblioteca Comunitária Tobias Barreto de Meneses, uma das bibliotecas comunitárias mais representativas do Brasil, cuja obra de construção da sede está em andamento, com projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer.