Aristides Spínola
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Aristides de Souza Spínola (Caetité, Bahia, 29 de agosto de 1850 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1925) foi um advogado, político, abolicionista e espírita brasileiro.
[editar] Formação
Aristides Spínola era filho do Cel. Francisco de Souza Spínola e de Constança Pereira de Souza Spínola, de rica e tradicional família baiana.
Cursou a Faculdade de Direito do Recife, colega de Castro Alves, Rui Barbosa, Plínio de Lima, sendo de todos o único a ser laureado.
Após seu brilhante curso, foi nomeado pelo Imperador D. Pedro II Governador da Província de Goiás. Desde cedo afeito a carreira política, por sucessivos mandatos ocupou uma cadeira no Congresso Nacional, como Deputado.
Desta sua passagem pela política alguns episódios marcaram tanto que acabou tornando-se personagem do romance Sinhazinha, do Imortal Afrânio Peixoto.
Converte-se, em fins do século XIX, ao Espiritismo, dedicando-se quase exclusivamente à causa, inclusive como advogado de médiuns, então perseguidos. Presidiu a Federação Espírita Brasileira - FEB, em diversas ocasiões.
[editar] Atuação espírita
Aristides Spínola era, no dizer do médium Divaldo Franco, um espírito completista, dos que vinham para "completar uma missão". De fato, quando converte-se ao Kardecismo, o Espiritismo passa por grandes dificuldades, decorrentes da intolerância religiosa.
Filia-se à Federação Espírita Brasileira em 1905, ano em que funda, na cidade natal, o Centro Psíquico de Caetité, hoje com seu nome. Na FEB acaba sendo eleito para a Vice-Presidência, até 1913. Em 1914 é eleito seu Presidente por dois períodos consecutivos até 1917, quando novamente ocupa a Vice-Presidência. Foi, então, novamente eleito para o cargo maior da entidade de 1922 a 1924. No ano em que falece, ocupava pela terceira vez a Vice-Presidência.
Sua bondade e desapego impressionavam os que não acreditam no Espiritismo, como foi o caso de Hermes Lima (que veio a tornar-se Primeiro-Ministro do Brasil, e imortal da Academia) - as pessoas não compreendiam tamanho estoicismo.
O fato foi que Aristides Spínola sempre destacou-se, por sua grande inteligência e bondade: um homem simples e dedicado a todas as causas que abraçou.