Béla Guttmann
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Jogou no MTK Budapest, uma das equipes míticas dos anos pós-guerra na Hungria, com Ferencvaros, Ujpest, Honved. Lá nasceu este maravilhoso time nacional húngaro, imbatível durante mais de 4 anos entre 1949 e 1954, com Puskas, Hidegkuti, Czibor, Kocsis, Bosics. Esta equipe que ganhou de 6 a 3 da Inglaterra em Wembley e 7 a 1 em Budapest, os mesmos que protagonizaram a derrota menos esperada na final do Mundial de 1954, ante a Alemanha. A cultura do bonito jogo húngaro era natural neste interior ofensivo. Treinador do Honved, enfrentou a Puskas pela substituição de um jogador. Nos vestiários anunciou sua renúncia. Assim simples, assim foi e assim começou a magnífica carreira de treinador mundial de Bela Guttmann ....
Seu estilo ofensivo e coletivo reinou em duas décadas, 50 e 60, em vários países, clubes e em dois continentes. Onde chegou a equipe se transformou e ganhou... Depois de sua saida de Hungria torna o Enschede holandés (atual FC Twente) campeão. Logo, leva o Milan AC ao campeonato em 1954-55. No ano seguinte, voa em socorro do futebol uruguaio e é campeão com o Peñarol e com gols. No ano seguinte, 1957, faz outra aposta, desta vez no Brasil, com o São Paulo Futebol Clube. Bela Guttmann põe uma condição: contratar Zizinho, "Mestre Ziza", 35 anos, o jogador que encarnou o "futebol arte" no Brasil, o modelo e ídolo de Pelé ... São Paulo campeão.
Bela Guttmann voa Varig para seus últimos grandes gols, destino Portugal, primeiro Oporto, uma escala, o tempo de tornar os dragões campeões. Lisboa... Na barbearia, dando uma de gostoso para negociar sua contratação pelo Benfica, pura sorte, se senta ao lado do técnico brasileiro do São Paulo, Bauer, ex-mundialista dos 50 e 54. Este lhe conta que viu uma grandíssima promessa em Maputo, Moçambique. Bela Guttmann manda um emissário e em uns dias, no final de 1960, o jovenzíssimo Eusebio Ferreira chega a Lisboa.
Final do Torneio de Paris, 1961. Bela Guttmann, se desespera na final contra o Santos de Pelé. Este ganha de 3-0 no meio tempo... Aos 20 minutos do final, saca ao Pantera Negra. Eusebio marca três gols seguidos ante a mirada atônita do Rei Pelé. Este, raivoso, marca então seus primeiros dois gols da partida. O Santos leva o prestigioso torneio por 6 a 3. O Jornal France Football titula Eusebio 3, Pelé 2.
Bela Guttmann e Eusébio, à parte de ganhar os campeonatos portugueses, faria do Benfica o melhor time da Europa nos anos 60. Foi o apogeu e o final feliz da grande história de Bela Guttmann, o melhor treinador corre-mundo que o mundo já viu. Talvez, simplesmente, o melhor treinador. Morreu aos 81 anos em 1981, tinha nascido em 1900, com o século do belo futebol, o futebol do ataque, dos 5 a 4, 4 a 3 ou 6 a 3... não o dos 5-4-1 ou 5-5-0.
Bela Guttmann dizia a Eusébio e a seus jogadores: "Metamos três gols e jà veremos"... Hoje em dia os treinadores dizem: "não tomemos nenhum gol e depois ... igual" ...