Bel Canto
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[editar] Bel Canto
Bel Canto ("belo canto" em italiano) denomina toda uma tradição vocal, técnica e interpretativa da Ópera italiana cujo auge se deu na primeira metade do século XIX. Os maiores representantes dessa escola de canto foram Gioacchino Rossini, Gaetano Donizetti e Vicenzo Bellini, mas também aparecem em obras de Giuseppe Verdi, Gaetano Spontini, Giacomo Meyerbeer e outros.
[editar] O Bel Canto ao longo do tempo
O Bel Canto, durante muito tempo, foi visto apenas como uma escola que enfatizava, acima de tudo, o virtuosismo vocal, em detrimento do drama e do canto expressivo. Das centenas de óperas escritas nessa tradição para verdadeiras lendas, como Giuditta Pasta, Maria Malibran e Giulia Grisi, restaram apenas algumas poucas, muitas vezes cortadas e privadas de todo o pathos que possuíam. No fim dos anos 40, no entanto, começou a haver um resgate das chamadas óperas belcantistas.
Esta retomada do repertório do Bel Canto, porém, só deu uma guinada nos anos 50, com o trabalho ímpar de Maria Callas no resgate de óperas como Anna Bolena, de Gaetano Donizetti, e Armida, de Gioacchino Rossini. Além de trazer para os teatros novamente essas óperas, Callas ainda redescobriu o real valor dramático do Bel Canto, cuja base está no uso expressivo das cores vocais, do legato e da coloratura.
Durante os anos 60, o trabalho de redescoberta continuou nas mãos, especialmente, de Joan Sutherland, Montserrat Caballé, Leyla Gencer, Beverly Sills, Renata Scotto. Desde então, as óperas do Bel Canto foram voltando ao repertório, e hoje este é um dos estilos operísticos mais aclamados nas grandes casas de Ópera.
[editar] Princípios do Bel Canto
A base técnica do Bel Canto fica na ênfase do controle da respiração, no aperfeiçoamento do legato, do uso expressivo e claro das coloraturas, no domínio completo sobre uma longa extensão vocal e na capacidade de construir a situação dramática pela própria linha melódica e vocal. É uma técnica bastante difícil, e até hoje difícil de ser encontrada em sua perfeição. Os papéis belcantistas foram escritos para vozes como as de Maria Malibran e Giuditta Pasta, que possuíam, segundo os relatos, vozes que abarcavam desde as notas de mezzo até às de soprano coloratura.
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