Capitania do Rio Grande
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A Capitania do Rio Grande foi concedida a João de Barros e Aires da Cunha no extremo nordeste do Brasil atual, estendendo-se da ponta do Mucuripe (hoje no município de Fortaleza) até a Baía da Traição (na Paraíba). Tinha como limite sul a capitania de Itamaracá e norte a capitania do Ceará. A capitania contava cem léguas de extensão.
Em 1535, o donatário João de Barros, com Aires da Cunha e Fernão Álvares, prepararam a maior esquadra particular jamais saída do Tejo: tinha cinco naus e cinco caravelas, novecentos homens e mais de cem cavalos. O comando coube a Aires da Cunha.
O governo investiu na expedição: "Dom João III emprestara artilharia, munições e armas retiradas do próprio Arsenal Régio", segundo Câmara Cascudo. Por essa razão, muitos eram de opinião que Aires da Cunha pretendia, além de fundar colônias no litoral norte, atingir o Peru pelo interior das terras.
Mas Câmara Cascudo afirma: «Aires da Cunha nunca esteve no Rio Grande do Norte" - pois, passando pelo litoral, seguiu viagem para o Norte. A expedição foi um total fracasso, com a morte de Aires da Cunha. Os portugueses conseguiram fundar o povoado de Nazaré, onde permaneceram três anos. Teriam morrido setecentos homens. Partiram em busca de melhor sorte mas tiveram maus resultados: alguns foram jogados nas Antilhas; outros atingiram Porto Rico.
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