Capitania da Baía de Todos os Santos
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A Capitania da Baía de Todos os Santos foi uma das subdivisões do território brasileiro no período colonial. A capitania da Baía de Todos os Santos era uma das ofereciam melhores condições para sua colonização. Tinha cinqüenta léguas de comprimento, o lote que começava ao sul da Capitania de Pernambuco na foz do Rio São Francisco e prolongava-se até a foz do Rio Jaguaribe ou a ponta do Padrão, em Salvador. Seu donatário revelar-se-ia mau administrador.
A costa baiana foi dividida, originalmente, em três capitanias e, mais tarde, subdividida em cinco.
O litoral norte foi concedido a Francisco Pereira Coutinho, em 5 de março de 1534, tendo sido ocupado dois anos mais tarde. A capitania estendia-se da margem direita do São Francisco até a Ponta do Padrão, em Salvador.
Quando Pereira Coutinho chegou, já havia na terra uma colônia de portugueses e de espanhóis entre os quais vivia Diogo Álvares, o Caramuru, com a esposa, Catarina Paraguaçu, e muitos filhos - num evidente exagero, dizia-se desses mamelucos que não faziam inveja às mulheres da Rua Nova de Lisboa ( a rua mais elegante de Portugal). A paz reinou durante alguns anos, levantando-se engenhos e espalhando-se por todo o Recôncavo as culturas de cana, algodão e tabaco. Os colonos de Pereira Coutinho, porém, cobiçosos, entraram em conflito com os índios e o capitão perdeu a autoridade e o respeito. Os índios se afastaram dos engenhos, pediram a intercessão do Caramuru para os defender mas acabaram, rebelados, destruindo o que encontraram pela frente. Pereira Coutinho terminou afugentado, obrigado a se refugiar na capitania de Porto Seguro, onde era donatário Pero do Campo Tourinho. Quando decidiu retornar a Salvador, forte tormenta na Baía de Todos os Santos obrigou seu barco a buscar ancorar na Ilha de Itaparica. Ali foi aprisionado pelos índios, que o devoraram em ritual antropofágico. Diogo Álvares, talvez pela sua fama e respeito que lhe tinham, foi liberado.
A Capitania terminaria sendo vendida à Coroa em 1549, quando Dom João III de Portugal decidiu reunir a administração em um governo-geral e para a Bahia enviou Tomé de Sousa.
As ilhas e terras do Recôncavo transforma-se-iam, mais tarde, em "capitanias autônomas". A Ilha de Itaparica, doada em sesmaria pelo primeiro governador-geral Tomé de Sousa a D. Violante da Câmara, foi transformada em capitania e doada, em 1558, a seu filho, D. Antônio de Ataíde, primeiro conde de Castanheira, que a deixou para seu filho homônimo, o segundo conde de Castanheira.
A sesmaria do Paraguaçu, doada a Álvaro da Costa, filho do governador-geral Duarte da Costa, foi transformada em capitania em 1566, em recompensa pelos trabalhos do seu donatário na expulsão dos indígenas do Recôncavo. Por documento de 1571, sabe-se que ia “da parte da barra do dito Rio de Peroassu da parte do sul até a barra do Rio de Jaguaripe por costa”.
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