Corpo de Fuzileiros
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- Nota: Se procura as unidades equivalentes de outros países, consulte Corpo de Fuzileiros Navais.
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O Corpo de Fuzileiros é a força especial da Marinha Portuguesa, estando vocacionado para a realização de operações anfíbias, reconhecimento costeiro, abordagem em alto mar, segurança de navios de guerra e defesa de instalações navais.
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[editar] Organização
O Corpo de Fuzileiros é composto por um comando administrativo (Comando do Corpo de Fuzileiros), uma unidade de instrução (Escola de Fuzileiros) e uma unidade base (Base de Fuzileiros). Como unidades operacionais, aquarteladas na Base de Fuzileiros, existem:
- Batalhão de Fuzileiros Nº1;
- Batalhão de Fuzileiros Nº2;
- Unidade de Polícia Naval;
- Destacamento de Acções Especiais;
- Companhia de Apoio de Fogos;
- Companhia de Apoio de Transportes Tácticos.
Aquartelada na Escola de Fuzileiros temos ainda a Unidade de Meios de Desembarque.
Com o agrupamento de vários dos elementos das unidades operacionais, sempre que necessário, é organizada uma força-tarefa de assalto anfíbio denominada Batalhão Ligeiro de Desembarque.
[editar] História
Os Fuzileiros Navais Portugueses têm origem directa na mais antiga unidade militar permanente de Portugal, o Terço da Armada da Coroa de Portugal, criado em 1621. De notar, no entanto, que já desde 1585 existiam tropas especializadas para guarnecer a artilharia e a fuzilaria nos navios de guerra portugueses. O Terço da Armada foi logo considerado uma unidade de elite, ficando inclusive responsável pela guarda pessoal do Rei de Portugal.
No princípio do séc. XVIII a força foi reorganizada, ficando estruturada em dois regimentos: o 1º e o 2º Regimentos da Armada. Mais tarde foi acrescentado um Regimento de Artilharia de Marinha.
No final do séc. XVIII, no reinado da Rainha D. Maria I, todos os regimentos da marinha, são fundidos na nova Brigada Real da Marinha, a qual passou a incluir três divisões: Fuzileiros, Artilheiros e Lastradores. Em 1808, quando da ocupação napoleónica de Portugal, a Brigada Real embarca, na sua maioria, com a Família Real para o Brasil, dando aí origem ao Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil.
Em meados do séc. XIX, dá-se a militarização de todo o pessoal da Armada Portuguesa. Até então os marinheiros não eram militares, só o sendo os Oficiais e os membros da Brigada Real. Com essa militarização é decidido deixar de manter uma unidade permanente de infantaria de marinha, sendo extinta a Brigada Real. A partir dessa data, as forças de infantaria de marinha são organizadas com os marinheiros militares (que passam a receber treino de infantaria) retirados das guarnições dos navios, sempre que existe a necessidade de realizar operações anfíbias. São assim organizados os vários Batalhões de Marinha que participam nas diversas campanhas coloniais nos sécs. XIX e XX, bem como na 1ª Guerra Mundial.
Em 1924 volta a ser criada uma unidade permanente de infantaria de marinha, a Brigada da Guarda Naval que no entanto é extinta em 1934.
A infantaria naval só volta existir com carácter de permanência a partir de 1961 com o início da Guerra do Ultramar. Nessa altura são criados os Destacamentos de Fuzileiros Especiais (DFE) vocacionados para missões de assalto anfíbio e as Companhias de Fuzileiros Navais (CFN) para patrulhamento e defesa de embarcações e instalações navais. Durante essa guerra e até 1975 mais de 14.000 fuzileiros combatem nos teatros de operações da Guiné, Angola e Moçambique.
Até 1975 não existia um comando unificado dos fuzileiros, sendo que os diversos DFE e CFN estavam dependentes dos vários Comandos Navais e de Defesa Marítima das áreas onde actuavam. Nesse ano é criado o Comando do Corpo de Fuzileiros, do qual passaram a estar dependentes todas as unidades de fuzileiros, dando uma autonomia substancial àquela força.
[editar] Equipamento
Armas Ligeiras:
- Pistola Glock 17 de 9 mm;
- Pistola-Metralhadora MP5 de 9 mm;
- Pistola-Metralhadora Walther MPK de 9 mm;
- Espingarda Automática G3 de 7,62 mm;
- Espingarda Automática G36 de 5,56 mm (Destacamento de Acções Especiais);
- Carabina M16A2 de 5,56 mm, com Lança-Granadas de 40mm (Destacamento de Acções Especiais);
- Arma de Precisão Accuracy AW-50 de 12,7mm (Destacamento de Acções Especiais);
- Metralhadora Ligeira MG3 de 7,62 mm;
- Metralhadora Ligeira MG43 de 5,56 mm (Destacamento de Acções Especiais);
Morteiros:
- Morteiro Pesado de 120 mm;
- Morteiro Médio de 81 mm;
- Morteiro Ligeiro de 60 mm;
Armas Anti-Carro:
- Canhão sem recuo Carl Gustaf de 84 mm;
- Dispositivo de Lançamento de Míssil Anti-Carro Milan.
Meios Anfíbios:
- Lanchas de Desembarque Médias da Classe LDM100;
- Lanchas de Desembarque Médias da Classe LDM400;
- Viaturas Anfíbias LARC-5;
- Botes de borracha da Classe Zebro;
- Viaturas Blindadas Anfíbias 8x8 Pandur II (em aquisição).