Demografia do Paraguai
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Em sua quase totalidade, a população paraguaia descende da mestiçagem entre índios guaranis e os conquistadores espanhóis. É por isso uma das mais homogêneas da América Latina, do ponto de vista étnico. A imigração sempre foi escassa e, excetuadas a alemã e as pequenas colônias de agricultores japoneses e de membros de seitas protestantes procedentes da Europa central e do Canadá, foi plenamente assimilada. A população indígena pura é representada por pequenos grupos humanos dispersos pela região do Chaco.
Do meio milhão de habitantes que se calcula tivesse o país em meados do século XIX, a população se reduziu a menos de 200.000 na década de 1870, em conseqüência das guerras. O crescimento nos cem anos seguintes, contudo, foi muito alto, decuplicando-se o número de habitantes apesar das perdas ocasionadas por nova guerra na década de 1930 e pelo êxodo representado pela fixação de centenas de milhares de paraguaios no Brasil e na Argentina. Um alto índice de natalidade, combinado com uma taxa de mortalidade decrescente, manteve elevado o crescimento demográfico no final do século XX. Mais de 95% dos paraguaios residem no leste do país, enquanto o imenso Chaco permanece praticamente despovoado. A capital, Assunção, é a única cidade que cresceu bastante, demográfica e comercialmente, no final do século XX. Outros núcleos são Lambaré, Fernando de la Mora, Villarrica e os portos fluviais de Concepción, no rio Paraguai, e Encarnación, no rio Paraná.
De crescimento recente, Pedro Juan Caballero, junto à fronteira com o Brasil, é o centro de uma zona de colonização agrícola, enquanto Ciudad del Este (antes Puerto Presidente Stroessner) deve seu desenvolvimento ao impulso econômico decorrente da construção da usina hidrelétrica de Itaipu e a sua posição como centro de comunicações fluviais e terrestres.