Economia da Turquia
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A economia da Turquia constitui-se num misto complexo de indústria e comércio modernos e um setor agrícola tradicional que, em 2005, ainda era responsável por 30% dos empregos. A Turquia dispõe de um setor privado forte e em rápido crescimento, mas o Estado ainda desempenha uma papel preponderante nas áreas de indústria de base, bancos, transporte e comunicações.
A Turquia iniciou uma série de reformas nos anos 1980 com o objetivo de reorientar a economia de um sistema estatista e isolado para um modelo mais voltado para o setor privado. As reformas provocaram um crescimento econômico acelerado, embora com episódios de forte recessão e crises financeiras em 1994, 1999 e 2001. A incapacidade de implementar reformas adicionais, combinada com déficits públicos grandes e crescentes e corrupção generalizada, resultou em inflação alta, volatilidade econômica e um setor bancário fraco. O governo viu-se então forçado a deixar a lira turca flutuar e a adotar um programa de reformas econômicas mais ambicioso, inclusive com uma política fiscal mais rígida e com níveis sem precedentes de empréstimos do FMI.
Em 2002 e 2003, as reformas começaram a dar resultados e o governo logrou estabilizar as taxas de juros e pagar a dívida pública. Desde então, a inflação e a taxa de juros têm decrescido consideravelmente. A economia cresceu à ordem de 7,5% ao ano entre 2002 e 2005.
Em 1º de janeiro de 2005, a lira turca foi substituída pela nova lira turca, com o corte de seis zeros.
Em 2005, a Turquia atraiu US$9.6 bilhões em investimento direto estrangeiro, resultado do programa econômico que incluiu grandes privatizações, a estabilidade provocada pelo início das negociações para a adesão à União Européia, o crescimento econômico e mudanças estruturais nos setores bancário, de varejo e de telecomunicações.
Em 2005, o PIB turco foi de US$612.3 bilhões (PPC), com um PIB per capita de US$8,200 e inflação de 8,2%. Com exportações de US$72,5 bilhões e importações de US$101,2 bilhões (2005, FOB), seus principais parceiros comerciais são a Alemanha, o Reino Unido, a Itália, os Estados Unidos, a França e a Espanha.