Franklin Dória
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Franklin Américo de Meneses Dória, primeiro e único barão de Loreto, (Itaparica, 12 de julho de 1836 — Rio de Janeiro, 28 de outubro de 1906) foi um advogado, político, orador, magistrado e poeta brasileiro, membro fundador da Academia Brasileira de Letras.
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[editar] Política
Em 1863, foi eleito deputado provincial na Bahia. Foi nomeado presidente de três diferentes províncias. Em 1864, nomeado presidente do Piauí, em 1866, presidente do Maranhão, e em 1880, presidente de Pernambuco. Em 1872, foi eleito para a Câmara Federal, sendo reeleito, em mandatos alternados, até 1885. Foi presidente da Câmara.
Foi Ministro da Guerra no gabinete de José Antônio Saraiva (1881), quando fundou a Biblioteca do Exército, que perdura até hoje, e Ministro do Império no último gabinete da Monarquia, do visconde de Ouro Preto (1889). Conselheiro do Império, recebeu o título de barão de Loreto em 1888.
[editar] Literatura
No mesmo ano de sua formatura, em 1859, publicou Enlevos, seu único volume de poesia, impregnado de lirismo, ao reproduzir estados de alma, e de caráter objetivo, nas descrições do cenário das belezas naturais da "ilha encantada" do poeta. Quase todas as poesias subordinam-se a esse caráter e ao estilo descritivo. Cedo abandonou o verso. E desde o aparecimento do seu primeiro livro só publicou, em poesia, um trabalho a tradução de Evangelina, de Longfellow, lido na presença do Imperador D. Pedro II.
[editar] Vida
Era muito ligado à Família Imperial Brasileira, acompanhando-a no exílio. De volta ao Brasil, dedicou-se à advocacia e à literatura. Foi professor de literatura por concurso no Colégio Pedro II e trabalhou no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
[editar] Excertos
- FADÁRIO (domínio público)
- O poeta, primeiro, preludia
- Sons fugitivos de um viver sem dor:
- Colhe sonhos gentis na fantasia;
- É o doce cantor.
- Ama o céu, e o mar, e a natureza,
- Essa eterna epopéia do Senhor;
- Ama, sem escolher, qualquer beleza;
- É o doce cantor.
- Ao depois, o poeta se desprende
- Do formoso jardim, no qual viveu:
- Sua alma agora vivo lume acende;
- É o cantor do céu.
- Para o amor da mulher achou estreita
- A terra, em que inocente adormeceu;
- Para mundos etéreos se indireita;
- É o cantor do céu.
- Voltou depressa, que encontrou espinhos,
- Julgando achar esplêndidos troféus:
- Sentou-se sobre o marco dos caminhos;
- É o cantor de Deus.
- E, solitário, co’olhar aflito
- Fitado lá na abóbada dos céus;
- E nas faces o pranto do proscrito...
- É o cantor de Deus.
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- (Enlevos, 1859.)
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Academia Brasileira de Letras
Eleito em 28 de janeiro de 1897 pelos trinta membros que compareceram à sessão de instalação da ABL para completar o quadro da Academia, Franklin Dória é o fundador da Cadeira n. 25, que tem como patrono o poeta Junqueira Freire.
Precedido por - |
ABL - cadeira 25 1897 - 1906 |
Sucedido por Artur Orlando da Silva |
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
((pt)) Biografia de Franklin Dória
Precedido por Adelino Antônio de Luna Freire |
Presidente de Pernambuco 1880 — 1881 |
Sucedido por José Antônio de Sousa Lima |