Igrejas de Macau

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Em Macau, a maioria da população é budista e pagã. Mas, mesmo assim, existe em Macau uma comunidade cristã de número considerável (cerca de 40 mil), por isso em Macau existe muitas igrejas, mais católicas do que protestantes. O número considerável de igrejas nesta terra chinesa revela-se logo no antigo nome oficial da Cidade de Macau (ex-colónia portuguesa): Cidade do Santo Nome de Deus de Macau, Não Há Outra Mais Leal. As igrejas mais antigas de Macau são: a Igreja de S. Lourenço, a Igreja de S. Lázaro e a Igreja de St. António. Estas três igrejas são todas católicas e construídas no séc. XVI.

Algumas igrejas e capelas foram incluídos na Lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO, como por exemplo a Igreja de S. Lourenço, a Igreja de S. José, a Igreja de Santo Agostinho, a Igreja da Sé, a Igreja de São Domingos, as Ruínas de S. Paulo (a antiga Igreja e Colégio de S. Paulo), a Igreja de Santo António, a Capela Protestante e a Capela de Nossa Senhora da Guia.

[editar] Igrejas católicas

A maioria das igrejas de Macau são católicas. As primeiras igrejas católicas foram construídas e administradas pelos missionários e por ordens religiosas, como os jesuítas (eles construíram a célebre Igreja da Madre de Deus e o famoso Colégio de S. Paulo), os dominicanos (eles construíram a Igreja de São Domingos) e os agostinianos (eles construíram a Igreja de Santo Agostinho). Estes missionários chegaram em massa a Macau a partir do séc. XVI, tornando este pequeno mas, naquela altura, o único estabelecimento comercial europeu na China um ponto de partida e formação de missionários no Extremo Oriente. Estes missionários iam estudar para o Colégio de S. Paulo, a primeira universidade de tipo ocidental existente na Ásia e destruída por um incêndio em 1835, juntamente com a Igreja adjacente. Após de efectuado os estudos sobre teologia, filosofia, cultura e língua chinesa, estes missionários iam para a China e outras partes da Ásia evangelizar. Eles construíram várias igrejas em Macau, tornando-as bases de apoio à missionação e às celebrações religiosas. Estas também tinham a função de servir a população convertida da Cidade. Com a fundação da Diocese de Macau (1576), os sucessivos Bispos começaram também a construírem igrejas e locais de culto. As igrejas foram-se multiplicando devido ao crescimento da população católica e ao aumento da actividade missionária. Estas igrejas foram construídas com base no estilo arquitectónico da Europa (algumas igrejas foram construídas até em estilo barroco), mas apresentam também traços arquitectónicos orientais, principalmente chineses. A importância de Macau como ponto de partida e formação de missionários foi reforçada com a fundação do Seminário de São José, em 1728 pelos jesuítas, para ajudar a formar missionários e também padres. Nos finais do séc. XX, devido à falta de vocações sacerdotais, este seminário encerrou-se e, actualmente, está incluído na Lista dos Patrimónios Mundiais da UNESCO.

Esta situação estável e próspera perdurou-se até ao séc. XIX. Quase todo o séc. XIX, em Portugal vivia-se um clima anti-clerical e, por consequência, todas as ordens religiosas foram expulsas de Portugal e dos seus territórios, incluindo Macau. Os jesuítas, uma ordem religiosa missionária muito poderosa no Império Português, foi expulsa já nos meados do séc. XVIII. Todas as propriedades destas ordens, incluindo as igrejas, foram utilizadas pelo Governo anti-clerical como quartel militar ou hospitais. No final do séc. XIX, a situação política portuguesa suavizou e, por consequência, o Governo de Macau começou a devolver as igrejas, umas para as ordens religiosas (menos poderosas), mas a maioria para a Diocese de Macau. Com o decorrer do séc. XIX, a ex-colónia portuguesa expandiu-se para o Norte da Península de Macau e, posteriormente, para as ilhas de Taipa e Coloane. Com a expansão da Cidade, novas igrejas foram construídas pela Diocese nestas novas urbanizações. O número de católicos da Cidade continuou a aumentar até agora.

Actualmente, a grande maioria das igrejas e capelas católicas de Macau são administradas pela Diocese. As ordens religiosas, tal como os franciscanos, agostinianos, dominicanos e as irmãs clarissas, continuam a estar activos em Macau, embora a sua actividade e presença tem-se vindo a diminuir.

Actualmente, existe as igrejas católicas de: Sé, S. Lourenço, St. Agostinho, S. Lázaro, S. José, S. José Operário, S. Domingos, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora do Carmo, St. António e S. Francisco Xavier (perto de Mong-Há, Península de Macau).

Além de igrejas, também construíram-se muitas capelas, como por exemplo a de: Nossa Senhora da Guia, Nossa Senhora da Penha, S. Francisco Xavier (Vila de Coloane, Coloane), S. Tiago, S. Miguel.

Além de Deus, estas igrejas são dedicados ou à Virgem Maria ou aos outros Santos populares. Elas continuam a funcionar e quase todos celebram pelo menos a Missa dominical. As igrejas maiores e mais populares, como a Sé Catedral, celebram-se diariamente missas.

[editar] Igrejas protestantes

Os protestantes formam uma minoria cristã em Macau. Esta comunidade começou a formar-se no séc. XIX, com a chegada de missionários protestantes britânicos e americanos. A capela mais linda que os protestantes construíram é a Capela Protestante, situada dentro do Cemitério Protestante. Durante o séc. XX, o número de protestantes aumentou bastante e as igrejas deles começaram a multiplicar-se. Estes locais de culto são simples e pequenas.

Actualmente, em Macau estão presentes e activos 36 confissões (grupos religiosos) protestantes.