Mário Pedrosa
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Mário Pedrosa (Timbaúba, 25 de abril de 1901 — 11 de novembro de 1981) foi um militante político e crítico de arte.
Nascido no Engenho Juçaral, interior de Pernambuco, foi crítico titular do Correio da Manhã (1945-1951) e depois do Jornal do Brasil (1957), filiado ao Partido Comunista Brasileiro, trotskista , foi membro fundador do Partido dos Trabalhadores, diretor do Museu de Arte Moderna de São Paulo, colaborou na criação do Museu de Arte do Rio de Janeiro e teve um papel destacado no surgimento do movimento concretista do Rio de Janeiro. Curador da segunda Bienal de São Paulo, secretário-geral da IV Bienal de São Paulo, “homem múltiplo”, como bem disse Aracy Amaral.
Foi vice-presidente da Associação Internacional dos Críticos de Arte (AICA, 1957-1970) e presidente da Associação Brasileira de Críticos de Arte, seção nacional da A.I.C.A. (1962). Foi curador da segunda Bienal de São Paulo; secretário-geral da quarta Bienal de São Paulo; organizou o Congresso Internacional dos Críticos de Arte sobre Brasília. Foi, também, membro do júri de várias bienais de artes plásticas em todo mundo.
Mário Pedrosa além de incentivador do movimento concretista foi “porta-voz da vanguarda carioca” (Amaral, 2001: 51-56). Homem de origem e trajetória política, marxista, Mário Pedrosa se afastou da concepção engajada de arte, predominante em parte da esquerda nos anos quarenta a sessenta do século XX e “surpreendeu ao valorizar a arte abstrata e os problemas de percepção da forma” (Cândido, 2001: 13-18). “Rigorosamente ‘moderno’”, foi admirado pelos jovens artistas de 1950 e advogou “a causa de uma possível tradição construtiva no Brasil” (Arantes, 2001:43-50). Mário Pedrosa foi, com efeito, o crítico do concretismo.
Mário Pedrosa, defensor de que a arte e a política são as duas formas mais elevadas da expressão humana, propunha que, conseqüentemente, a única postura que se possa ter diante delas é a do engajamento militante e crítico, Mário envolveu-se nestes dois universos desde a juventude.
Exilado no Chile, fundou em Santiago o Museu da Solidariedade, um dos mais importantes do país. Seu acervo, de mais de cinco mil obras de arte, entre as quais peças de Alexandre Calder, Miró, Soulages e Picasso, foram doadas graças ao prestigio pessoal de Mário Pedrosa no mundo artístico internacional.
[editar] Livros publicados
- A opção brasileira. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1966.
- A opção imperialista. Rio de Janeiro: Editora Civilzação Brasileira, 1966.
- Dos murais de Portinari aos Espaços de Brasília. 1a Edição. São Paulo: Editora Perspectiva, 1981.
- Mundo, Homem, Arte em Crise. 2a Edição. São Paulo: Editora Perspectiva, 1986.
- Forma e Percepção Estética. Volume II. 1a Edição. São Paulo: Edusp, 1996.
- Acadêmicos e Modernos. Volume III. 1a Edição. São Paulo: Edusp, 1998.
- Sobre Mário Pedrosa
- ARANTES, Otília (org.) - Mário Pedrosa: Itinerário Crítico. Cosac & Naif. 2005.
- MARQUES NETO, José Castilho - Mário Pedrosa e o Brasil. Fundação Perseu Abramo. 2001