Meteorologia
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[editar] Definição
A meteorologia é a ciência que estuda os fenômenos da atmosfera terrestre e a atmosfera de outros planetas. A palavra meteorologia vem de meteoro que significa aquilo que flutua no ar. A meteorologia é propriamente a ciência atmosférica ou ciência da atmosfera.
A pesquisa científica da atmosfera a as aplicações práticas do conhecimento adquirido pelo desenvolvimento e tecnologia definem o universo ou abrangência da meteorologia.
Um dos principais objetivos operacionais da meteorologia é a previsão do tempo até 15 dias e também a determinação da tendência das flutuações climáticas, em geral para o próximo ano ou estação do ano. A previsão do tempo é definida para diferentes escalas temporais e espaciais. Muitos dos sistemas atmosfericos apresentam-se como uma combinação complexa de fenômenos de escalas diferentes.
O prognóstico (ou previsão) de fenômenos do tempo, principalmente do tempo severo, como tempestades e pancada de chuva intensas, é muito importante para toda uma gama de atividades humanas. Por exemplo, nas grandes cidades do mundo fenômenos meteorológicos críticos acabam por definir as condições de salubridade e qualidade ambiental de cada local. Entre esse fenômenos listam-se: as inundações, as estiagens , as condições críticas de temperaturas extremas, em geral associadas a baixos valores de umidade relativa do ar, os eventos críticos de poluição do ar quando a concentração do polutentes supera valores aceitáveis para a saúde humana, animal e vegetal, etc.
A Meteorologia estuda a atmosfera em sua inter-relação com as outras esferas do planeta: a biosfera, litosfera, criosfera e hidrosfera. A camada atmosférica em que a maioria dos seres vivos da terra e do ar vivem é chamada também homeosfera, porque nela a convecção térmica e a turbulência, encontrada na troposfera homogeneizam as frações em volume dos gases atmosféricos, principalmente nitrogênio e oxigênio.
A atmosfera terrestre é distinta de outras no sistema solar pela presença de quantidades significativas de vapor d’água e de oxigênio. O oxigênio da atmosfera terrestre não está em equilíbrio químico com os outros materias de superfície terrestre. Isso se deve a presença de vida vegetal na Terra. De forma diferente em Marte praticamente todo o oxigênio disponível na atmosfera oxidou os materias da superfície marciana, daí a cor avermelhada da superfície e também o que é espantoso, a ausência de formas de vida macroscópicas ou facilmente identificáveis pelo sensoriamento remoto.
[editar] Como se forma um meteorologista?
No Brasil, meteorologistas são bacharéis e bacharelas em meteorologia que se formam em cursos de período integral com duração de 4 anos. Uma vez formado estão plenamente capacitados ao trabalho operacional e também para a realização de atividades de pesquisa científica.
As empresas privadas e as atividades de pesquisa em meteorologia encontram-se em expansão no mundo. À medida que o acesso à educação aumenta e atinge a um número maior de pessoas no mundo, aumenta também a necessidade de pessoal técnico e científico capacitado para gerar subsídios e informações corretas aos gestores responsáveis pelo ambiente e sua proteção em suas múltiplas facetas. Por essa razão, a ciência atmosférica torna-se cada vez mais presentes na consciência dos gestores ambientais, tanto nas cidades como no campo das paisagem natural e agropastoris. Infelizmente, hoje, as paisagens estão sob intensa pressão ocupacional, hídrica e das diferentes formas da poluição.
No Brasil, a profissão é reconhecida por lei federal e fiscalizada pelo sistema CREA/CONFEA. A esfera de atuação dos meteorologistas é constituída por: empresas privadas, empresas de capital misto e por instituições governamentais.
A meteorologia utiliza as ferramentas analíticas, dedutivas e operacionais da física,matemática e computação. Por isso, essas disciplinas são obrigatórias nos primeiros anos do curso de graduação em meteorologia, além das disciplinas introdutórias a própria ciência atmosférica.
Na Universidade, após um período inicial em que o estudante da graduação se debruça sobre a matemática, física e ciência da computação em nível superior, ele passa a cursar as disciplinas específicas da meteorologia: (dinâmica da atmosfera, sistemas de medição e instrumentação, meteorologia sinóptica, micrometeorologia, hidrometeorologia, agrometeorologia, climatologia dinâmica e estatística, métodos numéricos aplicados a geociências, poluição do ar e química da atmosfera etc.
Esse conjunto de disciplinas e a formação básica em cálculo diferencial e integral, física clássica e ciência da computação (programação) dá ao graduado uma boa perspectiva da complexidade do ambiente atmosférico, colocando-o em contato tanto com as facilidades laboratorias e computacionais como com o estado-da-arte da pesquisa em meteorologia.
A maioria dos programas computacionais (softwares) que são utilizados na previsão do tempo pertencem ao universo do software livre, como a plataforma linux e seus principais aplicativo (computadores, processadores e interfaces gráficas e de texto).
[editar] História da ciência atmosférica
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[editar] Antiguidade
O chinês Nei Tsing Sou Wen escreveu a primeira obra sobre a meteorologia que compreendeu igualmente as previsões.
Na ìndia, os períodos de monsão conduziram às primeiras medições das taxas de precipitação como também de suas previsões.
O termo meteorologia vem de [Aristóteles] que o utilizou para descrever o que ele chamou de Ciências da Terra de forma geral e não apenas o domínio exclusivo dos estudos da atmosfera. Em particular, ele descreveu o ciclo hídrico (hidrológico) como:
Agora o Sol, nascendo, como ele sempre faz, coloca em ação um processo de mudança, surgimento e declínio, cuja ação levanta a mais pura e doce água, a cada dia, dissolvendo-a em vapor e transportando-a para as alturas onde ela se condensa novamente pelo frio e retorna a seguir para a superfície da terra. (Trad. da versão francesa: Maintenant le soleil, se déplaçant comme il le fait, met en branle un processus de changement, de devenir et de déclin qui par son action élève la plus fine et douce eau chaque jour, la dissout en vapeur et la transporte vers les hauteurs où elle se condense à nouveau par le froid et retourne ensuite à la terre).
O filósofo Théophraste publica "Os sinais do tempo" (Fr.:Les signes du temps), primeira obra de previsões meteorológicas na Europa.
[editar] Renascença
Galileu Galilei construiu um termoscópio, o ancestral do termômetro, bem que a paternidade desse invento seja contestada. Esse instrumento mudou o pensamento do tempo porque conseguia a medida de um elemento que era pensado como um elemento imutável de Aristóteles (fogo, água, ar e calor). Nós começamos a notar as variações do tempo, ainda de modo limitado porque faltava esperar a criação do padrão de temperatura por Daniel Gabriel Fahrenheit e Anders Celsius ao século XVIII para quantificar verdadeiramente as coisas.
Evangelista Torricelli, um contemporâneo de Galileu, cria o primeiro vávuo artificial em 1644 e desenvolve no processo o primeiro barômetro. O tubo de Torricelli é um tubo de vidro com uma extremidade aberta e outra fechada. O tubo é preechido com mercúrio e virado de ponta-cabeça com a abertura mergulhada em um recipiente que também contem mercúrio. Para realizar as medidas, o tubo é mantido na posição vertical, de modo que parte do mercúrio no tubo escoa para o reservatório até que a pressão exercida pela coluna de mercurio se equilibre com a pressão atmosférica sobre a superfície livre do reservatório. O movimento do mercúrio na coluna é apenas parcial pois ao deixar o volume superior do tubo cria um vácuo local. A altura da coluna de mercúrio será proporcional à pressão atmosférica. A pressão atmosférica impede o mercúrio de sair completamente do tubo resultando em equilíbrio hidrostático. O vácuo no interior do tubo não é total mas quase. A altura da coluna de Mercúrio permite a leitura da pressão atmosférica em uma escala aproxipriada, i.e. milímetros de mercúrio. Torricelli descobriu com sua invenção que a pressão da atmosfera varia no tempo, i.e. que ela podia variar dia a dia. Hoje é muito conhecida a regra de previsão que diz que em condições de pressão do ar relativamente baixa ocorre mal tempo e vice-versa.
Blaise Pascal descobriu que a pressão atmosférica diminuia com a altitude e por isso que havia um vácuo fora da atmosfera.
Robert Hooke construiu o anemômetro para medir a velocidade do vento.
Edmund Halley cartografa os alíseos (intertropicais) e deduz que as mudanças do tempo atmosférico são causadas pelo aquecimento solar. Ele confirma assim as descobertas de Pascal sobre a pressão atmosférica.
George Hadley é o primeiro a tomar em consideração a rotação da Terra para explicar os alíseos. Bem que sua explicação fosse incorreta e previse ventos com velocidade menor que a real, seu nome foi dado à circulação tropical conhecida hoje como células de Hadley, uma das grandes circulações que compõe a circulação geral da atmosfera.
Benjamin Franklin observou cotidianamente e notou que os sistemas meteorológicos vem de oeste na América do Norte. Ele publicou a primeira carta científica da Corrente do Golfo, provando que o raio é um fenômeno elétrico, tambémn estudou os efeitos das erupções vucânicas e o comportamento dos meteoros e especulou sobre os efeitos da desflorestamento ou desmatamento sobre o clima.
Horace-Bénédict de Saussure construiu um higrômetro de fio de cabelo para medir a umidade relativa do ar. Mostrou que variação do comprimento do fio de cabelo é linearmente proporcional à variação da umidade relativa do ar.
[editar] Início dos tempos modernos
Luke Howard escreveu o trabalho intitulado “Sobre a modificação das nuvens” (Trad. ingl.: 'On the modification of clouds) no qual ele deu os nomes às nuvens tal qual as conhecemos hoje, i.e. a partir do Latim.
Francis Beaufort introduziu sua escala descritiva dos ventos destinada aos marinheiros. A escala de Beaufort destaca os efeitos do vento sobre vagas (i.e. quando o estado do mar é das ondas que encrispam e se quebram para formar espuma) à intensidade do vento, medida em nós (1 nó equivale aproximadamente a ½ metro por segundo C, i.e. 1 nó = 0,514444588 m/s = 1.852 km/h ou 1 m/s = 1,943843951 nó = 2,23694 mph “milhas por hora” = 3,6 km/h).
Foi em um artigo intitulado Sobre as equações do movimento relativo dos sistemas de corpos (em fr.:Sur les équations du mouvement relatif des systèmes de corps) que Gaspard-Gustave Coriolis descreveu matematicamente a força que leva seu nome. No seu artigo, a força de Coriolis apareceu como uma componente suplementar à força centrífuga, sentida por um corpo em movimento relativo a um referencial em rotação. Essa força é essencial para a descrição do movimento dos sistemas meteorológicos como Hadley havia pressentido um século antes.
Samuel Morse inventou o telégrafo que permitiu a disseminação de informações e entre elas das medidas meteorológicas.
William Reid [1] publicou o artigo controverso Lei das Tempestades (Ingl.:Law of Storms) que descreveu o comportamento das depressões. Sua obra dividiu a comunidade científica durante dez anos.
Elias Loomis[2] foi o primeiro a sugerir a presença de frentes para explicar o tempo mas não somente após a Primeira Gerra Mundial que a escola norueguesa de meteorologia desenvolveu o conceito.
O Smithsonian Institution, sob a direção de Joseph Henry [3] começou a operação de uma rede de estações meteorlógicas de observaçãi nos Estados Unidos da América.
[editar] Ère contemporaine (trecho em tradução do francês):
- Après la Première Guerre mondiale
Les météorologistes norvégiens [4], sous la direction de Vilhelm Bjerknes, développent l'idée des masses d'air se rencontrant le long de zones de discontinuïté qu'on nomma les fronts (front chaud, front froid et occlusion). Selon cette théorie, il y a trois zones frontales entre les quatre masses d'air:
-
- Arctique
- Maritime
- Polaire
- Tropicale
En alliant la force de Coriolis, ces notions et la force de pression, ils expliquèrent la génération, l'intensification et le déclin des systèmes météorologiques des latitudes moyennes. Le groupe comprenait Carl-Gustaf Rossby qui fut le premier à expliquer la ciculation atmosphérique à grande échelle en terme de mécanique des fluides, Tor Bergeron qui détermina le mécanisme de formation de la pluie et Jacob Bjerknes.
Cette école de pensée se répandit mondialement. Encore aujourd'hui, les explications météorologiques simples que l'on voit dans les médias utilisent le vocabulaire de l'école norvégienne.
La météorologie est en fait reliée à la mécanique des fluides (voir section science météorologique ci-dessous). En 1922, Lewis Fry Richardson publie Weather prediction by numerical process qui décrit comment les termes mineurs des équations de mouvement de l'air peuvent être négligés. Cette simplification permet de les résoudre plus facilement. Cependant ce ne sera qu'avec la venue des ordinateurs que son idée sera vraiment mise en pratique.
- Années 1950
Le développement des ordinateurs à la fin de la Seconde Guerre mondiale et durant les années 1950 mènera à la formulation de programmes informatiques pour résoudre les équations météorologiques. C'est le début de la prévision numérique du temps.
Le radar météorologique est développé à partir des études faites durant la guerre sur les échos de bruit causés par les précipitations:
-
- Aux États-Unis : développement des premiers radars météorologiques opérationnels[5].
- Au Canada : J.S. Marshall et R.H. Douglas forment le « Stormy Weather Group »[6] à l’Université McGill de Montréal qui travailla sur la relation entre la réflectivité (Z), le retour d’intensité de la précipitation, et le taux de précipitation (R).
- En Grande-Bretagne, les recherches portent sur les caractéristiques des patrons des précipitations et sur les possibilités qu’offrent les différentes longueurs d'onde entre 1 et 10 centimètres.
L'Organisation météorologique mondiale (OMM) est fondée par l'ONU en remplacement de l'Organisation météorologique internationale.
- Années 1960
En 1960, TIROS-1 est le premier succès de lancement d'un satellite météorologique. Celui-ci marque le début de la prise de données météorologiques depuis l'espace à une résolution de beaucoup supérieure aux stations terrestres en plus de sonder des endroits peu ou pas couverts antérieurement comme les océans, les déserts et les Pôles.
La théorie du chaos va être appliqué à l'atmosphère par Edward Lorenz au cours des années 1960. Ce concept va être développé plus tard (à partir des années 1990) dans les systèmes d'ensembles qui utilise des variations des données initiales dans plusieurs passes de modèles numériques pour voir la variabilité des résultats.
[editar] Alguns personagens da história da meteorologia mundial
- Descartes
- Newton
- Euler
- Gauss
- Boussinesq
- Bjerknes
- Richardson
- Rossby
- Charney
- Von Newman
- Kolmogorov
- Monin
- Obukhov
- Lorenz
- Deardorff
- Dutton
[editar] Início do serviço meteorológico
Nos EUA, em 1837, o estabelecimento da rede telegráfica permitiu o início de um serviço sistemático de coleta rapida da informação das condições do tempo meteorológico sobre uma vasta área. Esse serviço é o protótipo do serviço internacional realizado pelos acordos internacionais da Organização Meteorológica Mundial (WMO).
Mapas do tempo junto à superfície podiam então ser produzidos com esses dados meteorológicos representados por símbolos e números sobre cartas de distribuição da pressão atmosférica (reduzida ao nível médio da superfície do mar, NMSM). A análise da sequencia temporal dessas cartas de tempo permitia conhecer o deslocamento e alterações dos sistemas de tempo, como o movimento de frentes frias, com uma resolução temporal de algumas horas e espacial de mais de 100 km.
A previsão de tempo baseada em medidas meteorológicas requer um conjunto apreciável de observações, o que só foi possível a partir de 1849 quando o Instituto Smithsonian estabeleceu uma rede de observação sobre todo os EUA coordenada por Joseph Henry. Observações similares foram implementadas na Europa e outros países ao mesmo tempo.
Na Inglaterra, em 1854, o governo inglês designou Robert FitzRoy para seu novo escritório de Estatística Meteorológica da pasta de comércio com o propósito de coordenadar a coleta de medidas meteorológicas sobre os oceanos. Esse escritório instituiu o Serviço Meteorológico Inglês (United Kingdom Meteorological Office) em 1854, que foi o promeiro serviço meteorológico nacional no mundo. As primeiras previsões do tempo diárias feitas pelo escritório de FitzRoy foram publicadas no jornal The Times em 1860.
Nos anos que se seguiram um sistema de alerta de mal tempo foi montado na forma de um cone hastiado nos principais portos quando ventania era prevista.
Nos 50 anos seguintes muitos países estabeleceram serviçoes meteorológicos nacionais:
- Escritório Central Meteorológico da Finlândia (1881) foi formado como parte do Observatório Magnético da Universidade de Helsinki;
- Considera-se que o início da previsão climática tenha sido realizado pelo Departamento Meteorológico da Índia (1889) ao estabelecer que períodos de fome seguiam aos eventos de ciclones tropicais e de monsão das décadas precedentes;
- Departamento de Agricultura dos EUA estabeleceram o Escritório do Tempo (United States Weather Bureau) em 1890;
- O Escritório Australiano de Meteorologia (Australian Bureau of Meteorology) foi estabelecido em (1905) pelo Acto Meteorológico como forma de unificar os diferentes serviços meteorológicos estaduais.
[editar] História da meteorologia em Portugal
- 1946 - Estabeleceu-se o Serviço Meteorológico Nacional de Portugal.
[editar] História da meteorologia no Brasil
- 1886 - O governo da então Provìncia de São Paulo cria a Comissão Geográfica e Geológica. Nessa comissão chefiada por Orville A. Derby trabalharam L. F. Gonzaga de Campos, Teodoro Sampaio e Alberto Loefgren
- 1892 - Alberto Loefgren iniciou o Serviço Meteorológico, chefiado por F.C. J. Schneider, constituído de numerosas estações espalhadas no Estado de São Paulo. Em janeiro de 1898, Julius Hann faz referência ao Serviço Meteorlógico de São Paulo na revista Meteorologische Zeitschrift.
- 1902 - F.C.J. Schneider foi substituído por José Belfort de Matos, que instalou em sua residência na Avenida Paulisa, alguns instrumentos meteorológicos e astronônicos, nascendo assim o chamado "Observatório da Avenida" cuja série de observações relevantes seguiu entre 1903 e 1912.
- 1910 - O "Observatório Oficial do Estado" de São Paulo é construído junto ao "Observatório da Avenida". Belfort de Matos continua suas observações meteorlógicas até sua morte em 1926, publicando estudos sobre o clima da cidade de São Paulo.
- 1927 - Alípio Leme de Oliveira passa a dirigir o Observatório, ampliando-o. Lei de dezembro de 1927 de sua iniciativa cria a "Diretoria do Serviço Meteorológico e Astronômico do Estado de São Paulo"
- 1939 - Início das obras do novo Observatório no Parque da Água Funda , inaugurado em 1941. Hoje o Observatório de São Paulo pertence a um dos institutos anexos da Universidade de São Paulo (USP), nomeado "Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG)". O IAG mantém o serviço regular da Estação Meteorológica desde aquela época, disponibilizando uma série temporal longa e única de observações de superfície horárias e contínua, registrando o efeito do crescimento da Metrópole de São Paulo sobre o clima urbano.
[editar] INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)
O INPE tem papel relevante nas atividades de previsão do tempo e clima brasileiras. O INPE através do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) executa operacionalmente um modelo numérico de previsão do tempo e clima global, assim como modelos numéricos regionais na área da América do Sul.
- 1961 Governo brasileiro cria o Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais.
- 1968 Início dos cursos de pós-graduação.
- 1969 Início das atividades em sensoriamento remoto.
- 1971 Cria-se o INPE - Instituto de Pesquisas Espaciais, vinculado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
- 1972 / 73 Implantação da estação de recepção de dados de satélite de sensoriamento remoto, em Cuiabá (MT).
- 1987 Inauguração do Laboratório de Integração e Testes de satélites.
- 1988 Assina-se acordo de cooperação técnica e científica entre Brasil e China visando o desenvolvimento de satélites de sensoriamento remoto (CBERS-1 e CBERS-2).
- 1994 Governo Federal cria o CPTEC (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos) vinculado ao INPE, responsável pela previsão numérica do tempo e clima.
- 1999 Lançamento do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS-1) da base de Taiyuan, China.
- 2003 Satélite brasileiro de apóio a coleta de dados meteorológicos SCD-1 completa dez anos em órbita. Satélite SCD-2 completa cinco anos em órbita. Lançamento do satélite de sensoriamento remoto de órbita polar baixa, CBERS-2, com resolução nominal de 20 m no visível e 160 m no infravermelho.
[editar] Escolas de meteorologia no Brasil
[editar] Graduação (bacharelado) e pós-graduação (mestrado e doutorado)
- USP - Universidade de São Paulo
- UFPEL - Universidade Federal de Pelotas
- UFPA - Universidade Federal do Pará - Belém
- UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro
- UFAL - Universidade Federal de Alagoas
- UFPB - Universidade Federal da Paraíba
[editar] Cursos técnicos em meteorologia (segundo grau)
- Escola de Especialistas de Aeronáutica - EEAr
- Escola Técnica de Brasília - ETB
- Universidade do vale do Paraíba - UNIVAP
- Centro Federal de Educação Técnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET/RJ
- Centro Federal de Educação Técnológica de Santa Catarina - CEFET/SC
[editar] Áreas da ciência atmosférica
As áreas principais da ciência atmosférica são:
- Climatologia (climatologia de grande-escala, climatologia física, climatologia urbana)
- Dinâmica atmosférica (equações básicas, conservação da vorticidade potencial)
- Termodinânica atmosférica (estabilidade de parcelas de ar quente e frio)
- Hidrometeorologia (estuda a água existente n atmosfera, em seu estado sólido (granizo), líquido (chuva, gota de água) ou de vapor(ciclo de evaporação))
- Instrumentação e sistemas de medição atmosféricos, radares, redes de observação em diferentes escalas
- Agrometeorologia (interferência do clima e do tempo na agronomia),
- Biometeorologia (interação entre os seres vivos e a atmosfera, tais como os efeitos da poluição do homem e efeitos do clima sobre a vegetação a e biodiversidade)
- Paleoclimatologia (estudo dos climas no passado próximo e remoto)
- Micrometeorologia
- Camada Limite Planetária (CLP)
- Turbulência atmosférica
- Química atmosférica (estudo dos poluentes da atmosfera)
- Interação superfície-atmosfera (trocas de fluxos de calor e vapor de água, evapotranspiração, controle biofísiológico da transpiração vegetal, ciclo do carbono, etc)
- Interação Ar-Mar
- Meteorologia aeronáutica e meteorologia náutica
- Meteorologia sinótica (previsão numérica do tempo)
- Meteorologia de latitudes médias
- Meteorologia tropical
- Sensoriamento remoto (por satélites, radares, radiossondagem(ens), perfiladores, lasers etc) da atmosfera e da superfície
- Radiação atmosférica (interação da radiação solar com a matéria do ar)
- Meteorologia urbana
[editar] Fenômenos atmosféricos
Os fenômenos meteorológicos são os objetos de estudo da ciência atmosférica. Esses fenômenos são mensurados pelos seus componentes principais (luz, água, eletricidade) ou por variáveis meteorológicas (temperatura, pressão, umidade do ar). Há também a classificação em escalas, que leva em consideração o tamanho e a duração do fenômeno. A primeira camada da troposfera é chamada Camada Limite Atmosférica (CLP), e é onde ocorrem a maioria desses eventos.
Entre os fenômenos conhecidos destacam-se:
- ciclone tropical (furacão,tufão)
- ciclone extratropical
- tornado
- hidrometeoros (chuva, formação de nuvens, granizo, neve, gota de água, orvalho, geada)
- frente-frias e frente-quentes
- linhas de instabilidade
- complexos convectivos de mesoescala
- veranicos e invernicos
- seca
- El Niño
- Ilha de calor urbana
- Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)
- fotometeoros (halo, arco-íris, miragem, coroa lunar)
- eletrometeoros (raio, trovão)
[editar] Camadas atmosféricas
As camadas atmosféricas mais extensas são em número de cinco:
Cada camada apresenta, suas próprias características termodinâmicas e de escoamento atmosférico.
[editar] Bibliografia acadêmica
- Wallace, J. M. and P. V. Hobbs, 2006: Atmospheric science: an introduction survey - 2dn ed. Book.Amsterdam: Elsevier Academic Press. 483 pp.
- Holton,J.R., 2004: An Introduction to Dynamic Meteorology. Book: 4th ed. Amsterdam: Elsevier Academic Press. 529 pp.
- Petterssen, Sverre, 1956: Weather Analysis and Forecasting. New York: McGraw-Hill Book Company, Inc., Vol.1: 428 pp, and Vol.2.
- Oke, T., 1987: Boundary Layer Climates. Second Edition. Routledge Publ., 435 pp.
- Stull, R. B., 1988: Boundary Layer Meteorology. Kluwer Acad. Publ., 647 pp.