Linux
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Linux | |
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Desenvolvedor: | Inúmeros (desenvolvimento livre) |
Família do SO: | UNIX |
Modelo do desenvolvimento: | Software livre |
Última versão: | 2.6.20 |
Data da última versão: | 4 de Fevereiro de 2007 |
Kernel: | Monolítico |
Interface: | {{{ui}}} |
Interface: | Inúmeras (na foto, KDE) |
Licença: | GPL v.2 |
Estado do desenvolvimento: | Estável |
Website: | Inúmeros: núcleo em kernel.org, sistema GNU em gnu.org e lista de distribuições em distrowatch.com |
- Este artigo fala sobre sistemas operacionais que utilizam o núcleo linux. Para o núcleo propriamente dito, veja Linux (kernel).
Linux refere-se a qualquer sistema operacional do tipo Unix que utiliza o núcleo Linux. É um dos mais proeminentes exemplos de desenvolvimento com código aberto e de software livre. O seu código fonte está disponível sob GPL para qualquer pessoa utilizar, estudar, modificar e distribuir livremente.
GNU/Linux refere-se a qualquer sistema operacional do tipo Unix que utiliza o núcleo Linux e também os programas de sistema GNU. Como os casos de sistemas de núcleo Linux sem os programas de sistema GNU são raros, freqüentemente GNU/Linux e Linux são sinônimos.
Inicialmente desenvolvido e utilizado por nichos de entusiastas em computadores pessoais, o sistema Linux passou a ter a colaboração de grandes empresas, como a IBM, a Sun Microsystems, a Hewlett-Packard, e a Novell, ascendendo como principal sistema operacional para servidores -- oito dos dez serviços de hospedagem mais confiáveis da Internet utilizam o sistema Linux em seus servidores web.[1]
Linux tornou-se o sistema capaz de funcionar no maior número de arquiteturas computacionais possíveis. É utilizado em aparelhos variando desde supercomputadores, até celulares, e vem ganhando popularidade no mercado de computadores pessoais.[2]
Índice |
[editar] Núcleo vs. Sistema operacional
O Linux é, geralmente, considerado o Núcleo (ou "cerne", "coração", do inglês kernel) do sistema operacional (SO). Entretanto, segundo Tanenbaum e Silberschatz, pode ser considerado o próprio SO, quando este é definido como gerenciador de recursos de hardware. Nos meios de comunicação, Linux refere-se ao sistema completo, incluindo o núcleo Linux e outros programas de sistema.
Sistemas completos construídos em torno do kernel Linux majoritariamente utilizam como base, os programas do sistema operacional GNU, que oferece interpretador de comandos, utilitários, bibliotecas, compiladores, etc. Richard M. Stallman, criador e líder do projeto GNU, solicita aos utilizadores que se refiram a sistemas baseados no Linux como o sistema completo GNU/Linux.
A maioria dos sistemas também inclui ferramentas e utilitários baseados no BSD e tipicamente usam XFree86 ou X.Org para oferecer a funcionalidade do sistemas de janelas X — interface gráfica.
O Linux hoje funciona em dezenas de plataformas, desde mainframes até um relógio de pulso, passando por várias arquitecturas: x86 (Intel, AMD), x86-64 (Intel EM64T, AMD64), ARM, PowerPC, Alpha etc., com grande penetração também em sistemas embarcados, como handhelds, PVR, vídeo-jogos e centros multimedia, entre outros.
[editar] História do Linux
O Kernel do Linux foi, originalmente, escrito por Linus Torvalds do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Helsinki, Finlândia, com a ajuda de vários programadores voluntários através da Usenet.
Linus Torvalds começou o desenvolvimento do kernel como um projeto particular, inspirado pelo seu interesse no Minix, um pequeno sistema UNIX desenvolvido por Andrew S. Tanenbaum. Ele limitou-se a criar, nas suas próprias palavras, "um Minix melhor que o Minix" ("a better Minix than Minix"). E depois de algum tempo de trabalho no projecto, sozinho, ele enviou a seguinte mensagem para comp.os.minix:
Você suspira pelos bons tempos do Minix-1.1, quando os homens eram homens e escreviam seus próprios "device drivers"?[3] Você está sem um bom projeto em mãos e está desejando trabalhar num S.O. que você possa modificar de acordo com as suas necessidades? Está achando frustrante quando tudo funciona no Minix? Chega de noite ao computador para conseguir que os programas funcionem? Então esta mensagem pode ser exatamente para você.
Como eu mencionei há um mês atrás, estou trabalhando numa versão independente de um S.O. similar ao Minix para computadores AT-386. Ele está, finalmente, próximo do estado em que poderá ser utilizado (embora possa não ser o que você está esperando), e eu estou disposto a disponibilizar o código-fonte para ampla distribuição. Ele está na versão 0.02... contudo eu tive sucesso ao executar bash, gcc, gnu-make, gnu-sed, compressão, etc. nele.
No dia 5 de outubro de 1991 Linus Torvalds anunciou a primeira versão "oficial" do Linux, versão 0.02. Desde então muitos programadores têm respondido ao seu chamado, e têm ajudado a fazer do Linux o ( sistema operativo/operacional ) que é hoje...
[editar] Kernel Linux
O Kernel do Linux foi inicialmente desenvolvido pelo estudante finlandês Linus Torvalds numa tentativa de conseguir o seu próprio sistema operativo semelhante ao Unix (Unix-like) que corresse em processadores Intel 80386.
Linus obteve uma cópia do Minix e estudou-o, mas não ficou satisfeito com sua arquitectura. O projecto foi lançado em 1991 numa famosa mensagem para a Usenet. Curiosamente, o nome Linux foi criado por Ari Lemmke, administrador do site ftp.funet.fi que deu esse nome ao diretório FTP onde o kernel do linux estava inicialmente disponível [4] (Linus tinha-o baptizado como "Freax", inicialmente). Logo desde o princípio, ele recebeu a ajuda de hackers do Minix, e hoje recebe contribuições de milhares de programadores de todo mundo.
[editar] Arquitetura
O Linux é um kernel monolítico. Isto significa que as funções do kernel (agendamento de processos, gerenciamento de memória, operações de entrada e saída, acesso ao sistema de arquivos) são executadas no espaço do kernel. Uma característica do Linux é que algumas das funções (drivers de dispositivos, suporte à rede, sistemas de arquivo, por exemplo) podem ser compiladas e executadas como módulos (LKM - loadable kernel modules), que são bibliotecas compiladas separadamente da parte principal do kernel e podem ser carregadas e descarregadas após o kernel estar em execução.
[editar] Portabilidade
Embora Linus Torvalds não tenha tido como objetivo inicial tornar o Linux um sistema portável, ele evoluiu nessa direção. Linux é hoje, na verdade, um dos núcleos (kernels) de sistema operacional com mais portabilidade, correndo em sistemas desde o iPaq (um computador portátil) até o IBM S/390 (um denso e altamente custoso mainframe)
De qualquer modo, é importante notar que os esforços de Linus foram também dirigidos a um diferente tipo de portabilidade. Portabilidade, de acordo com Linus, era a habilidade de facilmente compilar aplicações de uma variedade de fontes no seu sistema; portanto o Linux originalmente tornou-se popular em parte devido ao esforço para que as fontes GPL ou outras favoritas de todos corressem em Linux.
[editar] Termos de Licenciamento
Inicialmente, Torvalds lançou o Linux sob uma licença que proibia qualquer uso comercial. Isso foi mudado de imediato para a Licença Pública Geral GNU. Essa licença permite a distribuição e mesmo a venda de versões possivelmente modificadas do Linux mas requer que todas as cópias sejam lançadas dentro da mesma licença e acompanhadas do código fonte.
Apesar de alguns dos programadores que contribuem para o kernel permitirem que o seu código seja licenciado com GPL versão 2 ou posterior, grande parte do código (incluído as contribuições de Torvalds) menciona apenas a GPL versão 2. Isto faz com que o kernel como um todo esteja sob a versão 2 exclusivamente, não sendo de prever a adopção da nova GPLv3.
[editar] Sistema operacional GNU/Linux
Logo que Linus Torvalds passou a disponibilizar o Linux, ele apenas disponibilizava o núcleo com alguns comandos básicos. O próprio usuário devia encontrar os outros programas, compilá-los e configurá-los e, talvez por isso, o Linux tenha carregado consigo a etiqueta de sistema operativo apenas para técnicos. Foi neste ambiente que surgiu a MCC (Manchester Computer Centre), a primeira distribuição Linux, feita pela Universidade de Manchester, na tentativa de poupar algum esforço na instalação do Linux.
Desde o começo, o núcleo Linux era inútil sem os utilitários GNU. De facto, o núcleo é apenas uma parte de um sistema operacional utilizável: são necessários também vários outros componentes como bibliotecas de funções, interpretadores de comandos, utilitários e mesmo, em última instância, aplicativos como compiladores e editores de texto.
Todos esses já vinham sendo reunidos pelo Projeto GNU da Free Software Foundation (‘Fundação Software Livre’), que embarcara num subprojeto que ainda continua para obter um núcleo, o Hurd. Dada a demora no subprojeto do núcleo GNU, o Linux veio a constituir um sistema operacional completo híbrido, o GNU/Linux.
[editar] Distribuições
Actualmente, um Sistema Operacional (em Portugal Sistema Operativo) GNU/Linux completo (uma "distribuição de GNU/Linux") é uma coleção de software livre (e por vezes não-livres) criados por indivíduos, grupos e organizações de todo o mundo, tendo o Linux como seu núcleo. Companhias como a Red Hat, a SuSE, a Mandriva (união da Mandrake com a Conectiva), bem como projetos de comunidades como o Debian ou o Gentoo, compilam o software e fornecem um sistema completo, pronto para instalação e uso. Patrick Volkerding também fornece uma distribuição Linux, o Slackware.
As distribuições de GNU/Linux começaram a receber uma popularidade limitada desde a segunda metade dos anos 90, como uma alternativa livre para os sistemas operacionais Microsoft Windows e Mac OS, principalmente por parte de pessoas acostumadas com o Unix na escola e no trabalho. O sistema tornou-se popular no mercado de Desktops e servidores, principalmente para a Web e servidores de bancos de dados.
No decorrer do tempo, várias distribuições surgiram e desapareceram, cada qual com sua característica. Algumas distribuições são maiores outras menores, dependendo do número de aplicações e sua finalidade. Algumas distribuições de tamanhos menores cabem num disquete com 1,44 MB, outras precisam de vários CDs, existindo até algumas versões em DVD. Todas elas tem o seu público e sua finalidade, as pequenas (que ocupam poucos disquetes) são usadas para recuperação de sistemas danificados ou em monitorizações de redes de computadores.
Existem as versões de 64 bits do Linux, otimizadas para correr em microcomputadores com microprocessadores de 64 bits.
De entre as maiores, distribuídas em CDs, podem-se citar: Slackware, Debian, Suse e Conectiva. O que faz a diferença é como estão organizadas e pré-configuradas as aplicações. A distribuição Conectiva Linux, por exemplo, tinha as suas aplicações traduzidas em português, o que facilitou que usuários que falam a Língua Portuguesa tenham aderido melhor a esta distribuição. Hoje esta distribuição foi incorporada à Mandrake, o que resultou na Mandriva. Para o português, existe também a distribuição brasileira Kurumin, construída sobre Knoppix e Debian.
Existem distribuições com ferramentas para configuração que facilitam a administração do sistema. As principais diferenças entre as distribuições estão nos seus sistemas de pacotes, nas estruturas dos diretórios e na sua biblioteca básica. Por mais que a estrutura dos diretórios siga o mesmo padrão, o FSSTND é um padrão muito relaxado, principalmente em arquivos onde as configurações são diferentes entre as distribuições. Então normalmente todos seguem o padrão FHS (File Hierarchy System), que é o padrão mais novo .
Quanto à biblioteca, é usada a Biblioteca libc, contendo funções básicas para o sistema Operacional Linux. O problema está quando do lançamento de uma nova versão da Biblioteca libc, algumas das distribuições colocam logo a nova versão, enquanto outras aguardam um pouco. Por isso, alguns programas funcionam numa distribuição e noutras não. Existe um movimento LSB (Linux Standard Base) que proporciona uma maior padronização. Auxilia principalmente vendedores de software que não liberam para distribuição do código fonte, sem tirar características das distribuições. O sistemas de pacotes não é padronizado.
Caixa Mágica, Debian, Dual OS, Fedora, Freedows, Kurumin, Mandriva, Slackware, SuSE, Ubuntu Linux e e são algumas das distribuições mais utilizadas actualmente, listadas aqui por ordem alfabética.
A distribuição de Linux portuguesa é a Caixa Mágica, estando preparada para as especificidades do país como Teclado, localização de aplicações e suporte de modems (Speedtouch, Santis,...).
Um exemplo de distribuição que corre num CD é o Kurumin Linux, criado por Carlos E. Morimoto, baseada no Knoppix.
De entre as distribuições consideradas mais difíceis de gerir (por preferirem assegurar a estabilidade tecnológica em detrimento da interface de utilizador), destacam-se a Debian, Gentoo e Slackware.
[editar] Distribuições de propósito geral
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Alguns grupos compilam distribuições Linux para propósitos especiais como firewalls, etc.
[editar] Distribuições LiveCD
Estas distribuições correm (rodam) directamente do CDROM, sem necessidade de instalação.
[editar] Distribuições de propósitos especiais
- Cytrun Linux - Security Server
- Embedded Debian
- UcLinux
- Arm-Linux
- Bootable Business Card
- Dyne:Bolic
- GeexBox
- Sentry Firewall
- The Linux Router Project
- Ubuntu Linux
[editar] Desktops
Com ambientes gráficos como KDE e GNOME , Linux oferece um interface gráfica de usuário mais como Mac OS/Windows que a tradicional interface de linha de comando do Unix, e muitos pacotes open source (embora nem sempre software livre) oferecem a funcionalidade de programas disponíveis em desktops de outros sistemas operacionais.
A organização Linux Simples para o Usuário Final (SEUL), é um grupo que defende a adoção do Linux e programas de usuário final para esse sistema operacional.
- Ao contrário do que alguns pensam, GNOME não é um gerenciador de janelas, e sim uma plataforma para aplicações que utiliza serviços de outros gerenciadores de janelas, como o Metacity.
[editar] Referências
- ↑ Rackspace Most Reliable Hoster in September. Netcraft (7 de Outubro 2006). Acessado em 2006-11-01.
- ↑ Burke, Steven. "Red Hat looks to boost channel sales", CRN, 2006-03-20. Acesso em 2006-04-01.
- ↑ Primeiro período do original, em inglês — Do you pine for the nice days of minix-1.1, when men were men and wrote their own device drivers?
- ↑ Linux Anecdotes. Lars Wirzenius (27 de Abril de 1998). Acessado em 2006-12-31.
- ↑ 5,0 5,1 As empresas Conectiva e Mandrake se uniram e deram origem à distribuição Mandriva.
[editar] Ver também
- Lista de distribuições de Linux
- Comparação entre distribuições Linux
- LINUX Guia de Comandos
- Guia Bozolinux
[editar] Ligações externas
[editar] Recursos
- Porque "GNU/Linux"? (www.gnu.org)
- Projeto de documentação do Linux
- Linux Online
- Projeto de contagem dos usuários Linux
[editar] Tutorial
- Guia Foca Linux
- Guia para Administrador de Linux Novato
- Guia do Linux Doméstico
- Projeto Suporte Livre - Distribuindo Conhecimento
- Portal Linux na rede - Artigos - notícias - dicas - fórum - downloads e mais !