Modernidade
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A modernidade costuma ser entendida como um ideário ou visão de mundo que está relacionada ao projeto de mundo moderno, empreendido em diversos momentos ao longo da Idade Moderna e consolidado com a Revolução Industrial. Está normalmente relacionada com o desenvolvimento do Capitalismo.
O termo era desconhecido para Nietzsche. Uma vez que a pós-modernidade se forma em oposição à modernidade, não podemos pular o fato de que foi Nietzsche, em termos abrangentes, quem iniciou o movimento de fustigação dos ideais modernos. Com ele começa a era da paixão moderna. Os seus defensores ou os seus detratores, via de regra, se posicionavam frente a aceitação ou a recusa da modernidade. Porem, Nietzsche já não estava presente quando efetivamente começam as mais profundas transformações de época, da cultura aos artefatos tecnológicos, da política a guerra e ao terrorismo, da arte clássica a anti-arte ou a arte pela arte, do local ao global, da objetividade ao ficcional e ao virtual, do bio-químico ao tecido genético. Um outro aspecto diz respeito ao seu esgotamento. Para Z. Bauman (1999 e 2004), o que mudou foi a modernidade sólida que cessa de existir e em seu lugar surge a modernidade liquida. A primeira seria justamente a que tem inicio com as transformações clássicas e o advento de um conjunto estável de valores e modos de vida cultural e político. Na modernidade líquida, tudo é volátil, as relações humanas não são mais tangíveis e a vida em conjunto, familiar, de casais, de grupos de amigos, de afinidades políticas e assim por diante, perde consistência e estabilidade. Cremos que essa reflexão de Bauman já está de algum modo presente em Marx quando, segundo M. Berman (1982), ele aponta para a ação do éter das revoluções modernas que desmancha tudo que é sólido.
A diferença entre os dois autores é que Bauman já trabalha no campo minado da pós-modernidade que dificilmente permite que se faça planos para modos estáveis de sociedades futuros.
Marx ainda acreditava que o seu comunismo fosse o congelamento de um modo social de vida integrado e harmônico. Mas, como pergunta Berman, por que cargas d`água o comunismo não seria corroído pelo éter do suspiro modernista? Também Nietzsche faz recordar quando verificamos que a sua critica da modernidade é direcionada exatamente para a superficialidade de sua cultura e ao apego de artistas e intelectuais modernistas nos aspectos de efeito da obra de arte e da obra de pensamento de modo geral.
Mas foi Gilberto Freyre (sociologo e antropologo famoso autor do livro Casa-Grande & Senzala) quem denunciou as dívidas da modernidade para com a tradição. Talvez pudéssemos dizer com GF que não há, a rigor, modernidade que não seja alimentada e oxigenada pela tradição. Sem tradição, sem a raiz e o regional, a modernidade não é nada. Como agora, no auge da globalização, se diz: quem não tem raiz, dança.
[editar] Modernidade como movimento estético
A primeira metade do século XX, devido aos vários movimentos de vanguarda que ocorreram na arte e na cultura ocidental relacionados com o movimento moderno, costuma ser denominado de período da modernidade.
Da mesma forma, com a ascensão nos anos 60/70 de movimentos que ostensivamente passaram a negar os preceitos do moderno, é dada à segunda metade do século XX a alcunha de pós-modernidade (que de alguma forma se confunde com a "outra" pós-modernidade). editado por Adam, =)
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