Narval
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Narval |
||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | ||||||||||||||
|
||||||||||||||
Nomenclatura binominal | ||||||||||||||
Monodon monoceros Lineu, 1758 |
||||||||||||||
Distribuição geográfica | ||||||||||||||
O narval (do inglês narwhal, narwal; norueguês e dinamarquês narhval e sueco narval) é um mamífero cetáceo (Monodon monoceros), pertencente à família Monodontidae, que também inclui a beluga. O narval é um cetáceo característico das águas frias em torno do círculo polar ártico.
[editar] Características e comportamento
O narval é um cetáceo de grande porte, com 4 a 5 metros de comprimento e cerca de 1,5 toneladas de peso. Tem uma coloração branca e cinza marmórea e é desprovido de nadadeira dorsal. O dimorfismo sexual na espécie é bastante pronunciado e manifesta-se no dente incisivo superior esquerdo dos machos, que se encontra enrolado em espiral e que se projeta como um chifre. Este dente é feito de marfim e pode atingir até 3 metros de comprimento, quase de metade do comprimento do animal. O chifre do macho do narval é fonte de marfim de valor comercial e um atractivo à caça da espécie. Cerca de 1 macho em 500 tem dois chifres em vez de um.
Uma equipe da Universidade Harvard e do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA descobriu que a presa forma um órgão sensorial de tamanho e sensibilidade excepcionais, tornando o apêndice um dos mais notáveis do planeta.
A descoberta aconteceu quando a equipe passou o material da presa num microscópio eletrônico e descobriu novas sutilezas da anatomia dentária do narval.
Os close-ups mostraram que 10 milhões de terminações nervosas saem do centro da presa em direção à sua superfície, em contato com o mundo exterior. Os cientistas dizem que os nervos são capazes de detectar mudanças sutis de temperatura, pressão, gradientes de partículas e provavelmente muito mais, dando ao animal uma percepção única.
Como eles têm o costume de erguer as presas no ar, os cientistas imaginam que elas poderiam servir como estações meteorológicas sofisticadas, permitindo que os bichos farejem mudanças de temperatura e pressão ligadas à chegada de frentes frias e ao congelamento de canais em meio ao gelo.
Os narvais vivem em pequenos grupos familiares de cerca de 5 a 10 indivíduos, que se reunem em bandos maiores em zonas costeiras na época do Verão. Nestas alturas estabelece-se uma hierarquização social entre machos, através de lutas que envolvem o chifre. Estes animais alimentam-se de bacalhau e outros peixes de águas frias, bem como de cefalópodes. O narval nada com frequência até grandes profundidades em mergulhos que duram até cerca de 15 minutos. A maior profundidade registada foi de 1164 metros e mergulhos até 1 km são comuns.
A população actual da espécie está estimada em cerca de 50,000 indivíduos.
[editar] Caça
Os narvais foram e continuam a ser caçados por causa das suas presas de marfim. Na Idade Média, a espécie foi explorada pelos vikings que colonizaram a Gronelândia e que faziam do marfim de narval uma das principais exportações da colónia para a Europa. Com o desaparecimento da colónia da Gronelândia, o narval passou a ser caçado apenas pelas tribos de Inuit, que continuam com esta prática por métodos artesanais nos dias de hoje. Com a colonização do Canadá e o advento dos navios baleeiros, os narvais passaram a ser caçados em massa. Actualmente, a caça é permitida com restrições.