Príncipe-eleitor
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No Sacro Império Romano-Germânico, os eleitores ou príncipes-eleitores (o termo em alemão é "Kurfürst", o plural: "Kurfürsten") tinham a função de eleger o Rei da Alemanha, em preparação para a sua ascensão como novo imperador, apesar de na prática até ao século 12 eles terem apenas formalizado aquilo que era na verdade uma sucessão dinástica.
Variando em número entre 6 e 10 desde o século 13 até ao fim do império em 1806, os eleitores foram escolhidos de entre os mais importantes donos das terras do império. Num documento conhecido como a Bula Dourada (1356) o seu estatuto foi regulamentado pelo imperador Carlos IV, que os reconheceu como governadores quase-independentes dentro dos seus territórios. Cada um dos príncipes recebeu também um ministério especial, que lhes conferia determinadas obrigações.
A Bula Dourada estipulava que o cargo de príncipe-eleitor deveria ser detido pelas seguintes personalidades:
- O Arcebispo de Mainz, arce-chanceler do império para a Alemanha
- O Arcebispo de Trier, arce-chanceler do império para a Gália
- O Arcebispo de Colónia, arce-chanceler do império para Itália
- O Rei da Boémia, arce-copeiro do Império
- O Conde Palatino do Rêno (cujas terras eram conhecidas como o Palatinado), arce-comissário do Império
- O Conde Palatino e Duque da Saxónia, arce-marechal do Império
- O Marquês de Brandenburg, arce-camareiro do Império
O Duque da Saxónia e o Marquês de Brandenburgo tornaram-se mais tarde conhecidos normalmente como "o príncipe-eleitor da Saxónia" e o "príncipe-eleitor de Brandenburgo". O Conde Palatino do Rêno foi chamado de "Eleitor Palatino".
Os Condes Palatino da Saxónia e do Rêno também serviram de vigários imperiais, significando que ficaram encarregados oficialmente das partes oriental e ocidental do Império, respectivamente, durante um interregnum.
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