Vladimir Putin
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Vladímir Vladímirovitch Putin, em russo (Владимир Владимирович Путин, (São Petersburgo, 7 de Outubro de 1952) é um político e o actual presidente da Rússia.
[editar] Biografia
Putin foi diretor para assuntos externos da KGB na URSS. Em 1991 renuncia ao cargo da KGB e prossegue a carreira política. Em 1996 é nomeado diretor de políticas externas no governo do então presidente Boris Yeltsin.
Em 1999 já era o principal ministro da Russia, apontado para uma provável sucessão. Na renúncia de Yeltsin em 31 de dezembro do mesmo ano, assume como presidente interino e em março de 2000 é eleito presidente da Federação Russa. Na administração actual, Putin procura a modernização do país e sua integração à Europa, misturando liberdade econômica (para grandes grupos econômicos de capital nacional que o apóiam) com um processo de "política fechada" (reestabelecimento na prática de um partido único que o apoia integralmente, controlando os meios de comunicação de massas, as Organizações Não-Governamentais e outras práticas pouco condizentes com uma democracia moderna)[ ].
[editar] Presidência
Eleito com quase 40 milhões de votos em primeiro turno em março de 2000, Putin mudou, no ano seguinte, o hino nacional russo. Nas eleições de 2004, conseguiu mais de 70% dos votos. Sua popularidade permitiu que seus poderes fossem ampliados com a ajuda do legislativo.[1] Seus mandatos foram marcados por grande repressão aos rebeldes na Tchechênia. Em 1 de setembro de 2004, terroristas invadiram uma escola em Beslan, o que, dias depois, terminaria na morte de 186 crianças. A imprensa internacional responsabilizou Putin pelo massacre, visto a política imposta aos rebeldes chechenos. Alguns acusaram Putin de incentivar a ação terrorista, para justificar uma maior repressão contra os rebeldes.[2][3]
Putin também é acusado de cercear a liberdade de imprensa no país; grupos ligados à atividade o acusam da morte de dois jornalistas russos: Anna Politkovskaia e Alexander Litvinenko, que faziam oposição a seu governo, sobretudo sob a maneira de conduzir o conflito na Tchechênia. O presidente russo negou todas as acusações. Treze jornalistas já morreram na Rússia desde a ascenção de Putin ao cargo. [4][5][6]
Em 10 de fevereiro de 2007, Putin acusou os Estados Unidos de estarem se utilizando da força para impor sua vontade sobre o mundo, além de promover uma nova corrida armamentista. Suas declarações foram rechaçadas indiretamente pelo secretário de segurança estadunidense, Robert Gates, dizendo que "uma guerra fria já havia sido suficiente". [7]
Apesar das críticas à sua posição autoritária, feitas principalmente pela imprensa internacional, Putin tem alto índice de aprovação entre os russos - 77% em julho de 2006. Sua posição quanto à nacionalização do petróleo e controle dos meios de comunicação encontram respaldo na população, que vêem um futuro mais democrático para o país.[8]
Desde 1999, quando tomou posse, a economia do país cresce aceleradamente, chegando a um aumento de 10% do PIB em 2000 - recuperação que ocorre após à crise econômica de 1998, quando a inflação chegou a 86% ao ano.
[editar] Referências
- ↑ Parlamentares russos aprovam lei que amplia poder de Moscou
- ↑ Putin não pede perdão às mães de Beslan
- ↑ Putin tenta legitimar guerra contra a Tchetchênia, diz especialista
- ↑ Jornalistas Assassinados desde 1992
- ↑ Milionário irá colaborar com investigação sobre morte de ex-espião
- ↑ Pai de Litvinenko acusa Vladimir Putin de matar seu filho
- ↑ EUA respondem a Putin que uma Guerra Fria já foi suficiente
- ↑ Putin enjoys 77% approval rating - Levada Center