Cruzeiro Esporte Clube
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
- Nota: Se procura outros significados, consulte Cruzeiro (desambiguação).
Cruzeiro Esporte Clube | |
---|---|
Dados do Time | |
Local | Belo Horizonte, MG |
Apelido | Raposa e Zeiro |
Mascote | Raposa |
Cores | Azul e Branco |
Fundação | 2 de Janeiro de 1921 |
Estádio | Mineirão |
Capacidade | 75.783 |
Presidente | Alvimar Perrela |
Técnico | Paulo Autuori |
Material Esportivo | Puma |
Patrocinador | Xerox e Aethra |
Divisão 2007 | Série A |
2006 | Série A, 10° |
O Cruzeiro Esporte Clube é uma associação esportiva brasileira com sede na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Fundado em 1921 com o nome de Sociedade Esportiva Palestra Itália, em 1942 no contexto da Segunda Guerra Mundial, o clube foi pressionado a mudar o nome que fazia referência a um dos inimigos do país. Ali surgia o Cruzeiro Esporte Clube, com o nome de um dos principais símbolos nacionais.
No âmbito esportivo, o Cruzeiro tem destaque em esportes como atletismo e bocha. Mas o clube tem reconhecimento nacional e internacional no futebol. O Cruzeiro é um dos oito clubes brasileiros a ser campeão da Taça Libertadores da América, além de ser o maior campeão da Copa do Brasil, com quatro títulos. É também a única equipe a conquistar a Tríplice Coroa do futebol brasileiro, vencendo no mesmo ano, o Campeonato Estadual, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.
De acordo com pesquisa realizada em conjunto pelo jornal Lance! e o Ibope, em 2004, o clube tem a sexta maior torcida do país, e a maior de Minas Gerais.
Índice |
História
1921-1942: Os anos Palestra
O Cruzeiro Esporte Clube foi fundado em 2 de janeiro de 1921 por desportistas da colônia italiana de Belo Horizonte com o nome de Societá Sportiva Palestra Itália. As cores adotadas, como não poderia deixar de ser, foram as mesmas da bandeira italiana: verde, vermelho e branco. Em 1922, o clube compra um terreno pertencente à prefeitura, onde hoje fica o Parque Esportivo do Cruzeiro. Em 23 de setembro de 1923 inaugura seu estádio, no Barro Preto, construído por jogadores e associados a maioria da colônia italiana de Belo Horizonte, composta em grande parte por operários de construção civil.
Além de se caracterizar como uma equipe de descendentes de italianos, o Palestra também se destacava por possuir elementos da classe trabalhadora de Belo Horizonte. No corpo social do Palestra prevaleciam homens da profissão de pedreiros, policiais, pintores, comerciários e marceneiros, que eram os filhos dos imigrantes que vieram construir a capital do estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, em 1894, e que herdaram de seus pais a mesma profissão.
O primeiro uniforme do clube foi camisa verde, calção branco e meias vermelhas. O clube foi restrito apenas a participação de elementos da colônia até o ano de 1925, quando é retirada do estatuto do clube uma cláusula que impedia a inscrição de atletas e associados que fossem de origem italiana. Isso abre as portas para colaboradores de qualquer origem.
Há uma confusão no que diz respeito a um clube existente na capital chamado Yale. Muitos imaginam que este deu origem ao Palestra e posteriormente ao Cruzeiro. O Yale também era um clube fundado por descendentes de italianos, que surgiu anos antes do Palestra. Mas, após uma crise, e com o crescimento do outro clube de imigrantes em Belo Horizonte, grande parte dos associados e jogadores do Yale migraram para o Palestra. O Yale foi dissolvido em 1925.
A primeira consquista significativa do Palestra é o tricampeonato mineiro entre 1928 e 1930, sendo os dois últimos de forma invicta. O crescimento do time na cidade força as outras grandes equipes da época a se organizarem e em 1933 criam a primeira liga profissional do estado, a Associação Mineira de Esportes.
Em 1942, quando o Brasil declarou guerra à Alemanha e à Itália, os italianos de Belo Horizonte ficaram em situação difícil. E, para evitar maiores problemas, o Presidente Ennes Cyro Poni resolveu, arbitrariamente e sem consultar o Conselho Deliberativo, mudar o nome Sociedade Esportiva Palestra Mineiro para Ypiranga.
Esse nome não teve, porém, as simpatias do Conselho, o qual, pela palavra do Presidente do Conselho, Dr. Oswaldo Pinto Coelho, desaprovou-o, sendo escolhido por unanimidade o de Cruzeiro Esporte Clube. Ao mesmo tempo, eram mudadas as cores do clube, que passaram de verde e vermelho para alvi-celeste, camisa azul com escudo em formato circular, também azul, tendo ao centro um dos principais símbolos do país: a constelação do Cruzeiro do Sul.
1943-1964: Construindo o futuro
Em seus primeiros anos de vida, o Cruzeiro conquistou o tricampeonato mineiro de 1943 a 1945 e reformou o seu estádio que passou a se chamar Juscelino Kubitschek, em homenagem ao então governador do estado. Constrói também uma arquibancada coberta e altera a posição do campo. A obra e as despesas com o plantel dão origem a uma crise financeira. Sem dinheiro, o clube perde seus principais jogadores. Em 1952, é obrigado a dispensar todo o quadro de profissionais e promove os juvenis. Passa a viver em um regime semi-amador.
Para saldar as finanças, a solução encontrada foi disputar amistosos pelo estado em troca de cachês. Mais do que dinheiro, o clube também consquista torcedores nas cidades do interior, tornando-se aos poucos o clube mais popular de Minas. A redenção vem com a construção de sua sede social no Barro Preto, que aumentou a arrecadação do clube. Com as contas saneadas, voltou a ser grande e formou o esquadrão tricampeão mineiro de 1959 - 1961.
1965-1977: De Minas para o Mundo
Com a inauguração do Mineirão em 1965, o futebol mineiro rompe sua característica provinciana com a inclusão de Minas Gerais nas competições nacionais. Nos primeiros anos do estádio, o time azul conquistou o pentacampeonato mineiro de 1965/69 e o título nacional de 1966, numa final histórica contra o Santos de Pelé.
Na primeira partida, no Mineirão, o Cruzeiro termina o primeiro tempo vencendo por inimagináveis 5 a 0. Os jogadores pareciam não acreditar que aquilo era verdade. No segundo tempo, o Santos esboça uma reação fazendo dois gols, mas Dirceu Lopes marca mais um e a partida termina 6 a 2. No segundo jogo, no Pacaembu, em São Paulo, o Santos termina o primeiro tempo vencendo por 2 a 0. Todos acreditavam que a derrota humilhante do último jogo seria devolvida. A confiança era tanta que no intervalo da partida, dirigentes paulistas procuraram o presidente do Cruzeiro para marcar a terceira partida para o Maracanã. Isso foi como uma afronta aos cruzeirenses. O técnico Aírton Moreira usa isso como estímulo para os jogadores. Na volta para o segundo tempo, Tostão ainda perde um pênalti. Mas se redime ao marcar de falta aos 18 minutos. Dez minutos depois, Dirceu Lopes empata. Aos 44, Natal dá o golpe de misericórdia. A equipe de jovens garotos vence o melhor time do mundo, e torna-se campeão brasileiro.
A conquista foi de tamanha repercussão que, no ano seguinte, o Torneio Rio-São Paulo tem de ser aumentado para abrigar clubes de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, criando o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão, embrião do atual Campeonato Brasileiro. Ainda em 1967, devido à Taça Libertadores da América, o Cruzeiro disputa sua primeira partida oficial no exterior, contra o Deportivo Galicia, da Venezuela, em Caracas, vencendo por 1 a 0.
Nesse período, surgem os primeiros grandes ídolos do clube: Tostão, Dirceu Lopes, Piazza e Raul. Em 1966, Tostão foi o primeiro jogador de um clube mineiro a disputar uma Copa do Mundo. Em 1970, três jogadores conquistam o Tri pela Seleção: Tostão, Piazza e Fontana.
Nos Brasileiros, em 1974 foi vice pela primeira vez, perdendo em uma decisão muito confusa contra o Vasco da Gama, e em 1975 foi novamente vice após perder para o Internacional.
Em 1976, o Cruzeiro conquistou sua primeira Libertadores, sobre o River Plate da Argentina. Durante a campanha, acontece uma partida que é considerada como o melhor jogo da história do Mineirão, a vitória do Cruzeiro por 5 a 4 em cima dos atuais campeões brasileiros do Internacional. Na primeira da final, Mineirão, vitória por 4 a 1. Na partida seguinte, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, derrota. O regulamento previa uma terceira partida em campo neutro. Esta foi realizada no Estádio Nacional de Santiago, no Chile, onde a Seleção Brasileira havia sido bicampeã do mundo em 1962. O Cruzeiro faz 2 a 0 ainda no primeiro tempo. Mas com a ajuda da arbitragem e da catimba argentina, o River empata. Aos 44 do segundo tempo, falta na entrada da área e Nelinho, prepara-se para cobrar. Enquanto ele se vira para trás para correr e ganhar força no chute, Joãozinho é mais rápido e bate colocado no ângulo, sem chances para o goleiro argentino. O Cruzeiro faz 3 a 2 e é campeão da América.
Ainda em 1976, o clube é derrotado no Campeonato Mundial, pelo Bayern de Munique, da Alemanha, que contava com jogadores como Gerd Müller, Franz Beckenbauer, Karl-Heinz Rummeniege e Sepp Mayer, que eram a base da então seleção campeã do mundo em 1974. Em 1977, o Cruzeiro chega novamente à final da Libertadores, mas dessa vez é derrotado nos pênaltis pelo Boca Juniors, da Argentina.
Nos anos 1970, para evitar o déficit financeiro causado pela disputa do Campeonato Mineiro, o clube partiu para amistosos no exterior em troca de cachês em dólar. O dinheiro foi suficiente para manter os craques e consquistar o tetracampeonato estadual de 1972 a 1975. Em 1977 chega ao décimo título mineiro na Era Mineirão, em 13 disputados.
1978-1989: Vacas magras
Os esforços da década anterior não foram suficientes para evitar a crise financeira que acompanharia o clube nos anos 1980. O Cruzeiro amargou um período de maus resultados no Campeonato Brasileiro e a conquista de apenas dois estaduais, em 1984 e 1987. A nova redenção veio a partir das vendas de jogadores para o futebol estrangeiro e das cotas de transmissão de jogos, que passaram a ser pagas pelas emissoras de televisão, a partir da Copa União, em 1987.
1990- até hoje: Na realidade é um grande Campeão
A década de 80 não foi muito positiva para o clube. No entanto, em 1990 iniciou uma seqüência de 15 anos ganhando pelo menos um título por ano. Foram duas Supercopas da Libertadores (1991, 1992), uma Recopa Sul-Americana (1998), quatro Copas do Brasil (1993, 1996, 2000, 2003), uma Copa Ouro (1995), uma Copa Master (1995), duas Copas Sul-Minas (2001, 2002), nove Campeonatos Mineiros (1990, 1992, 1994, 1996, 1997, 1998, 2003, 2004, 2006), uma Copa Centro-Oeste (1999), uma Copa dos Campeões Mineiros (1999), um Supercampeonato Mineiro (2002), além da segunda Taça Libertadores da América (1997) e do Campeonato Brasileiro de 2003, o primeiro disputado por pontos corridos, em turno e returno.
Nesse período a torcida cruzeirense ganhou mais alguns ídolos, entre eles Charles, Boiadeiro, Douglas, Ademir, Renato Gaúcho, Roberto Gaúcho, Ronaldo, Nonato, Dida, Ricardinho, Marcelo Ramos, Alex Alves, Sorín, Fred e Alex.
A maior façanha da última década, aconteceu em 2003, quando o Cruzeiro sob o comando do respeitado técnico Wanderley Luxemburgo e comandado pelo craque Alex e seus companheiros conquistou o inédito título no Brasil da "Tríplice Coroa", que significa a conquista do Campeonato estadual (Mineiro), Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro. Nesse ano o time fez uma campanha nunca antes vista no Campeonato Brasileiro. Marcou mais de cem gols e conquistou, com 2 rodadas de antecedência, a primeira edição de "pontos corridos" do Campeonato Brasileiro, que dá o título ao time que fizer mais pontos durante a competição.
Grandes partidas
- 03/04/1921 - Estádio do Prado Mineiro (Belo Horizonte, MG)
Palestra 2 x 0 Combinado Villa Nova/Palmeiras de Nova Lima - Primeiro jogo do Palestra
- 17/04/1921 - Estádio do Prado Mineiro (Belo Horizonte, MG)
Palestra 3 x 0 Atlético Mineiro - Primeiro clássico
- 23/09/1923 - Estádio do Barro Preto (Belo Horizonte, MG)
Palestra 3 x 3 Flamengo - Inauguração do estádio do Barro Preto
- 17/06/1928 - Estádio do Barro Preto (Belo Horizonte, MG)
Cruzeiro 14 x 0 Alves Nogueira - Maior goleada da história do clube
- 30/11/1966 - Mineirão (Belo Horizonte, MG)
Cruzeiro 6 x 2 Santos - Primeiro jogo da final da Taça Brasil de 1966
- 07/12/1966 - Pacaembu (São Paulo, SP)
Santos 2 x 3 Cruzeiro - Segundo jogo da final, título da Taça Brasil de 1966
- 07/03/1976 - Mineirão (Belo Horizonte, MG)
Cruzeiro 5 x 4 Internacional - Taça Libertadores da América de 1976
- 30/07/1976 - Estádio Nacional (Santiago, CHI)
Cruzeiro 3 x 2 River Plate - Final da Taça Libertadores da América de 1976
- 09/10/1977 - Mineirão (Belo Horizonte, MG)
Cruzeiro 3 x 1 Atlético Mineiro - Final do Campeonato Estadual de 1977
- 20/11/1991 - Mineirão (Belo Horizonte, MG)
Cruzeiro 3 x 0 River Plate - Final da Supercopa da Libertadores de 1991
- 03/06/1993 - Mineirão (Belo Horizonte, MG)
Cruzeiro 2 x 1 Grêmio - Final da Copa do Brasil de 1993
- 16/03/1994 - La Bombonera (Buenos Aires, ARG)
Boca Juniors 1 x 2 Cruzeiro - Taça Libertadores da América - Primeira vitória de um clube brasileiro no estádio do Boca, depois do Santos, de Pelé, em 1963
- 19/06/1996 - Palestra Itália (São Paulo, SP)
Palmeiras 1 x 2 Cruzeiro - Final da Copa do Brasil de 1996
- 22/06/1997 - Mineirão (Belo Horizonte, MG)
Cruzeiro 1 x 0 Villa Nova - Final do Campeonato Mineiro de 1997 - Jogo de maior público presente no Mineirão - 132 mil pessoas
- 13/08/1997 - Mineirão (Belo Horizonte, MG)
Cruzeiro 1 x 0 Sporting Cristal - Final da Taça Libertadores da América de 1997
- 04/04/1999 - Mineirão (Belo Horizonte, MG)
Cruzeiro 5 x 1 Atlético Mineiro - Copa dos Campeões Mineiros - Maior goleada sobre o Atlético
- 09/07/2000 - Mineirão (Belo Horizonte, MG)
Cruzeiro 2 x 1 São Paulo - Final da Copa do Brasil de 2000
- 16/02/2002 - Mineirão (Belo Horizonte, MG)
Cruzeiro 7 x 0 América Mineiro - Copa Sul-Minas - Maior goleada sobre o América
- 12/05/2002 - Mineirão (Belo Horizonte, MG)
Cruzeiro 1 x 0 Atlético Paranaense - Final da Copa Sul-Minas de 2002
- 11/06/2003 - Mineirão (Belo Horizonte, MG)
Cruzeiro 3 x 1 Flamengo - Final da Copa do Brasil de 2003
- 30/11/2003 - Mineirão (Belo Horizonte, MG)
Cruzeiro 2 x 1 Paysandu - Jogo do título do Campeonato Brasileiro de 2003
Elenco 2007
Elenco em abril/2007
Goleiros | |
---|---|
1 | ![]() |
12 | ![]() |
24 | ![]() |
31 | ![]() |
Defensores | |
---|---|
2 | ![]() |
13 | ![]() |
3 | ![]() |
4 | ![]() |
14 | ![]() |
15 | ![]() |
25 | ![]() |
6 | ![]() |
16 | ![]() |
26 | ![]() |
Meio-campistas | |
---|---|
5 | ![]() |
8 | ![]() |
17 | ![]() |
18 | ![]() |
28 | ![]() |
10 | ![]() |
19 | ![]() |
20 | ![]() |
21 | ![]() |
22 | ![]() |
30 | ![]() |
Atacantes | |
---|---|
7 | ![]() |
9 | ![]() |
11 | ![]() |
23 | ![]() |
27 | ![]() |
29 | ![]() |
Técnico | |
---|---|
![]() |
Transferências 2007
Entradas
- Paulo Autuori, técnico, Kashima Antlers-JAP
- João Victor, lateral-esquerdo, retorna de empréstimo
- Augusto Recife, meio-campista, retorna de empréstimo
- Ricardinho, meio-campista, Kashiwa Reysol-JAP
- Leandro Domingues, meio-campista, Vitória
- Marcinho, meio-campista, Palmeiras
- Renan, volante, São Paulo
- Fábio Santos, lateral-esquerdo, São Paulo
- Fellype Gabriel, meio-campista, Flamengo
- Nenê, atacante, Santa Cruz
- Rômulo, atacante, Grêmio
- Maicosuel, meio-campista, Paraná Clube
- Rafinha, meio-campista, São Bernardo
- Marcelo Moreno, atacante, Vitória
Saídas
- Oswaldo de Oliveira, técnico, dispensado
- Michel, lateral-direito, América-MG
- Teco, zagueiro, Grêmio
- Jonilson, meio-campista, Vegalta Sendai-JAP
- Leandro Bonfim, meio-campista, retorna de empréstimo
- Francismar, meio-campista, retorna de empréstimo
- Martinez, meia, Palmeiras
- Leandro Silva, lateral-esquerdo, Palmeiras
- Eliézio, zagueiro, emprestado ao Porto
- Wagner, meio-campo, Al-Ittihad
- Diego, atacante, Nacional da Ilha da Madeira
- Carlinhos Bala, atacante, Sport Recife
- Fábio Santos, volante, Lyon
- Diego Silva, atacante, emprestado ao Ipatinga
- Élson, meio-campista, dispensado
- Pedro Júnior, atacante, emprestado ao São Caetano
- Peter, lateral-direito, emprestado ao São Caetano
Uniformes
- Uniforme titular
Camisa azul, com o calção e as meias são igualmente brancas. Até 1999 as cinco estrelas da constelação do Cruzeiro ficavam na altura do peito. A partir de 2000 foram substituídas pelo escudo oficial do clube.
- Uniforme Reserva
Camisa branca, com o calção e as meias azuis.
Mascote
O mascote do Cruzeiro é a raposa. Foi desenhada pelo chargista Fernando Pieruccetti (mais conhecido como Mangabeira) que se inspirou em Mário Grosso, ex-presidente, conhecido por sua esperteza e astúcia no comando dos negócios do Clube.
Hinos
Hino Oficial do Cruzeiro
Letra de Jadir Ambrósio
Existe um grande clube na cidade
Que mora dentro do meu coração
Eu vivo cheio de vaidade
Pois na realidade é um grande campeão
Nos gramados de Minas Gerais
Temos páginas heróicas imortais
Cruzeiro, Cruzeiro querido
Tão combatido, jamais vencido.
Hino do Palestra
Arrigo Buzzacchi e Tolentino Miraglia
No campo da luta/
entramos contentes/
sentindo frementes/
as palmas vibrar/
e deste entusiasmo/
nos nasce a pujança/
na firme esperança/
de sempre ganhar/
Que seja o Palestra/
escola elevada por
nós consagrada/
a força e ao valor (bis)
Hino não-oficial da torcida
Criado pela torcida organizada Fanáti-Cruz, foi criado em 2005 e logo caiu no gosto de toda a torcida, sendo cantado também pela maior torcida organizada do clube, a Máfia Azul. Na partida contra o Fluminense, pela Copa do Brasil de 2006, no Mineirão, a música foi cantada pelo estádio inteiro, durante o intervalo entre o primeiro e o segundo tempos, sem interrupções.
Vamos, vamos Cruzeiro
Vamos, vamos a ganhar
Vou aonde você for
Só pra ver você jogar
Com o coração
E muito amor
É o meu Cruzeiro, o mais querido do Brasil
Estrutura
Com menos de cem anos de vida, o Cruzeiro pode orgulhar-se de ser um dos clubes do Brasil com maior e melhor estrutura, tanto para seus sócios, quanto para os atletas. Para isso, dispõe de dois centros de treinamentos (um para os jogadores profissionais e um para as categorias de base), uma sede administrativa e os complexos esportivos (sede urbana e sede campestre).
- Toca da Raposa I: Inaugurada na gestão de Felicio Brandi, até 2002 servia como centro de treinamento da equipe profissional. Hoje em dia é dedicada exclusivamente às divisões de base.
- Toca da Raposa II: Inaugurada em 2002, e direcionada exclusivamente para os jogadores profissionais, pode ser considerado um dos três melhores centros de treinamento da América Latina.
- Sede Administrativa: Inaugurado em 5 de agosto de 2003, o prédio localizado no Barro Preto ocupa uma área de 4300 m². O edifício possui oito andares, que abrigam todos os setores administrativos do clube. Projetado pelo arquiteto Fernando Oliveira Graça, o prédio é todo revestido de vidro azul laminado, espelhado, ajustado a uma torre de circulação vertical revestida em porcelanato branco. A sede destaca as cores oficiais do clube. Sua estrutura física abriga uma garagem coberta para 54 veículos e um hall para os serviços de atendimento aos sócios. Do quarto ao sexto andares, funcionam os setores de Relações Públicas, Marketing, Tecnologia, Superintendências, Gerência Administrativa, Departamento de Pessoal, Contabilidade, Financeiro, Compras e Cobranças. No sétimo andar, estão instalados os gabinetes do presidente, dos vice-presidentes, sala de reuniões e sala da Presidência do Conselho. No oitavo andar, fica a sala de reuniões do Conselho Deliberativo e área de treinamento pessoal.
- Sede Campestre: Ocupa um terreno de 60 mil metros quadrados na região da Pampulha. As obras foram concluídas no final da década de 70. Hoje, a Sede Campestre do Cruzeiro é um complexo esportivo com 7 piscinas, 6 quadras de futebol de salão e basquete, um campo de futebol society com grama sintética, 3 quadras de vôlei, 14 quadras de peteca, dois campos de futebol com dimensões menores, também com gramado sintético, ginásio, canchas de bocha, pistas de boliche, salão de jogos, sauna, bares, restaurantes, salão de festas e estacionamento. O associado conta, ainda, com um centro de recuperação física.
- Sede Urbana: O espaço de lazer - Parque Esportivo Barro Preto - foi inaugurado em 1985 durante a administração Benito Masci. Nasceu em um local histórico, o estádio Juscelino Kubitschek, onde no passado o Cruzeiro alcançou suas primeiras conquistas. Pela localização privilegiada, o número de associados foi aumentando durante os anos. Hoje, a estrutura conta com três piscinas semi-olímpicas, sendo duas com aquecimento, três piscinas infantis, quatro quadras poliesportivas, sete quadras de peteca, restaurante e um ginásio coberto. Na administração Alvimar de Oliveira Costa, que se iniciou em 2003, o complexo passa por uma reforma para oferecer maior conforto aos freqüentadores.
Torcida
Desde a sua fundação, em 2 de janeiro de 1921, o Cruzeiro sempre foi um dos dois clubes mais populares de Belo Horizonte. Já em 26 de março de 1931, o jornal Estado de Minas publicou resultado parcial de uma enquete (os votos eram depositados em urnas) que ajuda a compreender o porte das torcidas de Belo Horizonte naquela época. Computados mais de 800 votos, os resultados apontavam: Atlético, 46,2%; Cruzeiro (na época ainda denominado Palestra), 35,9%; e América, 10,8%.
Na edição de 31 de dezembro de 1971, a revista Placar publicou pesquisa feita, em Belo Horizonte, pelo Instituto Gallup. O resultado já indicava uma tendência de inversão na ordem das maiores torcidas da cidade: Atlético, 43%; Cruzeiro, 42%; e América, 5%. Na faixa entre 10 e 17 anos, o Cruzeiro já liderava com 46% contra 44% do rival Atlético.
A torcida do Cruzeiro, de acordo com pesquisa realizada pelo instituto Ibope à pedido do jornal esportivo Lance! em 2004, é hoje a maior do estado de Minas Gerais e a 6ª do Brasil, com 6,7 milhões de fanáticos espalhados pelo Brasil.
A 6ª posição no ranking das torcidas brasileiras garante também ao Cruzeiro a posição de 1ª torcida do Brasil entre os times fora do eixo Rio-São paulo, o que é bastante significativo uma vez que os times desse eixo recebem historicamente uma maior atenção e cobertura da mídia.
Em uma outra pesquisa de opinião, dessa vez realizada pelo Instituto EM Data, publicada no jornal Estado de Minas, em 10 de dezembro de 2004, a torcida do Cruzeiro também apareceu como a maior de Belo Horizonte, com 48% de preferência entre os belorizontinos.
Torcidas Organizadas
- Máfia Azul
- Fanáti-Cruz
- Mancha Azul
Principais Títulos
- 2
Copa Libertadores da América: 1976 e 1997
- 2 Supercopa dos Campeões da Libertadores: 1991 e 1992
- 1 Recopa Sul-Americana: 1998
- 2 Campeonato Brasileiro: 2003
- 1 Taça Brasil: 1966
- 4 Copas do Brasil: 1993, 1996, 2000 e 2003
- 2 Copas Sul Minas: 2001 e 2002
- 1 Copa Centro Oeste: 1999
- 33 Campeonatos Mineiros: 1926, 1928, 1929, 1930, 1940, 1943, 1944, 1945, 1956 (até 1957 o Campeonato Mineiro era chamado de Campeonato da Cidade) 1959, 1960, 1961, 1965, 1966, 1967, 1968, 1969, 1972, 1973, 1974, 1975, 1977, 1984, 1987, 1990, 1992, 1994, 1996, 1997, 1998, 2003, 2004, 2006
- 1 Supercampeonato Mineiro: 2002
Grandes ídolos
Alguns jogadores que se destacaram na história do clube:
|
|
Presidentes
- Aurélio Noce (1921-1922)
- Alberto Noce (1923-1924)
- Américo Gasparini (1925-1926, 1928)
- Antonio Falci (1927, 1929-1930)
- Braz Pelegrino (1927-1928)
- Lidio Lunardi (1931-1932)
- José Viana de Souza (1933)
- Miguel Perrela (1933-1936)
- Romeo de Paoli (1936)
- Osvaldo Pinto Coelho (1936-1940)
- Ennes Cyro Poni (1941-1942)
- Junta Governativa: João Fantoni, Wilson Saliba, Mario Torneli (1942)
- Mário Grosso (1942-1947)
- Fernando Tamietti (1947, 1950)
- Antônio Cunha Lobo (1947-1949)
- Antônio Alves Simões (1949)
- Manoel F. Campos (1950)
- Divino Ramos (1951)
- José Greco (1952-1953, 1955)
- Wellington Armanelli (1954)
- José Francisco Lemos Filho (1954)
- Eduardo S. Bambirra (1955-1956)
- Manoel A. de Carvalho (1957-1958)
- Antonio Braz Lopes Pontes (1959-1960)
- Felicio Brandi (1961-1982)
- Carmine Furletti (1983-1984)
- Benito Masci (1985-1990)
- Salvador Masci (1990)
- César Masci (1991-1994)
- José Perrella de Oliveira Costa - Zezé Perrella (1995-2002)
- Alvimar de Oliveira Costa - Alvimar Perrella (2003-
Curiosidades
- Na inauguração do Mineirão foi realizado um clássico de comemoração entre Atlético e Cruzeiro. Aos 40 minutos do segundo tempo, quando o Cruzeiro vencia por 1 x 0, a diretoria do adversário entrou em campo e retirou seus jogadores de jogo. Motivo: o árbitro acabara de marcar uma penalidade a favor do Cruzeiro. Então, incontrolável, o diretor do Galo Mineiro entrou campo reivindicando que o lance de falta teria ocorrido em cima da linha da grande área. Esqueceram-se que a linha também faz parte da área. Como o árbitro não revogou sua decisão, o Atlético retirou seus jogadores de campo e o Cruzeiro venceu o jogo por 1 x 0.
- O Clássico Cruzeiro x Atlético foi jogado 420 vezes: o Cruzeiro venceu 138 jogos, o Atlético venceu 169 vezes e houve 113 empates. O primeiro jogo foi em 17/04/1921, com vitória do Cruzeiro por 3x0. O último jogo foi em 26/03/2006, com vitória do Cruzeiro por 2x0.
Recordes
- O Cruzeiro é o único time Brasileiro a conquistar a Tríplice Coroa. Título concedido ao Clube que conquistar, no mesmo ano, o Campeonato Estadual e as duas principais competições do país (no caso: Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro).
- O Cruzeiro é o único time Brasileiro a conquistar pelo menos um título por ano durante 15 anos consecutivos (1990-2004). Esta façanha até então só havia sido conseguida por grandes clubes europeus, como Real Madrid e Manchester United.
- O Cruzeiro é o primeiro time a vencer o Campeonato Brasileiro no modelo de pontos corridos e o único a atingir a marca de 100 pontos.
- Juntamente com Flamengo, Internacional e Vasco da Gama o Cruzeiro é um dos 4 clubes que disputou todas as edições do Campeonato Brasileiro na Série A.
- Maior vencedor da Copa do Brasil juntamente com o Grêmio com 4 conquistas.
- Maior média de público na história de um torneio: 73.000 pagantes por jogo na Supercopa de 1992.
- Recorde de público pagante numa final de Libertadores: 95.472 pessoas na partida contra o Sporting Cristal, em 1997.
- Recorde de público pagante numa final de Copa do Brasil: 85.841 pessoas na partida contra o São Paulo, em 2000.
- Recorde absoluto de público presente em uma partida no Mineirão, 132.834 pessoas na partida contra o Villa Nova/MG realizada em 22/06/1997.
Estatísticas
Campanhas nos Campeonatos Brasileiros
Ano | Posição | Ano | Posição | Ano | Posição | Ano | Posição |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1971 | 8º | 1981 | 19º | 1991 | 16º | 2001 | 21º |
1972 | 6º | 1982 | 21º | 1992 | 8º | 2002 | 9º |
1973 | 3º | 1983 | 17º | 1993 | 15º | 2003 | 1º |
1974 | 2º | 1984 | 33º | 1994 | 22º | 2004 | 13º |
1975 | 2º | 1985 | 29º | 1995 | 3º | 2005 | 8º |
1976 | 19º | 1986 | 8º | 1996 | 5º | 2006 | 10º |
1977 | 16º | 1987 | 4º | 1997 | 20º | 2007 | |
1978 | 10º | 1988 | 8º | 1998 | 2º | 2008 | |
1979 | 6º | 1989 | 3º | 1999 | 5º | 2009 | |
1980 | 10º | 1990 | 10º | 2000 | 3º | 2010 |
Campanhas em Taça Brasil e Copa do Brasil
Ano | Posição | Ano | Posição | Ano | Posição |
---|---|---|---|---|---|
1959 | n/p | 1989 | oitavas | 1999 | 1/16 |
1960 | oitavas | 1990 | 1/16 | 2000 | campeão |
1961 | oitavas | 1991 | oitavas | 2001 | n/p |
1962 | quartas | 1992 | n/p | 2002 | oitavas |
1963 | n/p | 1993 | campeão | 2003 | campeão |
1964 | n/p | 1994 | n/p | 2004 | n/p |
1965 | n/p | 1995 | quartas | 2005 | semifinal |
1966 | campeão | 1996 | campeão | 2006 | quartas |
1967 | semifinal | 1997 | 1/16 | 2007 | |
1968 | semifinal | 1998 | finalista | 2008 |
Campanhas em Taça Libertadores
Ano | Posição |
---|---|
1967 | semifinal |
1975 | semifinal |
1976 | campeão |
1977 | finalista |
1994 | oitavas |
1997 | campeão |
1998 | oitavas |
2001 | quartas |
2004 | oitavas |
Maiores goleadores
# | Nome | Tempo no clube | Gols |
---|---|---|---|
1 | Tostão | 1963–1972 | 248 |
2 | Dirceu Lopes | 1963–1977 | 224 |
3 | Niginho | 1926–1930, 1936–1937, 1939–1947 | 207 |
4 | Bengala | 1925–1939 | 166 |
5 | Ninão | 1923–1924, 1925–1930, 1936 | 163 |
6 | Palhinha | 1969–1977, 1982–1985 | 155 |
7 | Alcides | 1934–1946 | 152 |
8 | Marcelo Ramos | 1994–1996, 1998–2000 | 151 |
9 | Roberto Batata | 1969—1976 | 118 |
10 | Joãozinho | 1974–1981 | 116 |
Jogadores que mais vezes atuaram
# | Nome | Tempo no clube | Jogos |
---|---|---|---|
1 | Zé Carlos | 1965–1977 | 619 |
2 | Dirceu Lopes | 1966–1977 | 601 |
3 | Piazza | 1964–1977 | 559 |
4 | Raul | 1966–1978 | 558 |
5 | Joãozinho | 1972–1986 | 482 |
6 | Palhinha | 1968–1977 / 1983–1984 | 448 |
7 | Ademir | 1986–1991 / 1993–1995 | 439 |
8 | Ricardinho | 1994–2002 / 2007– | 422 |
9 | Nelinho | 1973–1982 | 410 |
10 | Nonato | 1990–1997 | 392 |
11 | Tostão | 1963–1972 | 378 |
12 | Dida | 1994–1998 | 304 |
Ver também
- Federação Mineira de Futebol
- Campeonato Mineiro de Futebol
- Confederação Brasileira de Futebol
- Campeonato Brasileiro
- Copa do Brasil
- Taça Libertadores da América
- Clubes brasileiros de futebol
- Lista de campeões nacionais do futebol brasileiro
Referências
- SÉRIE L! GRANDES CLUBES 2005 - Cruzeiro, o orgulho de Minas Gerais. Areté Editorial S.A. ISSN 1676-1537. (2005) 90 p.
- BARRETO, Plínio e BARRETO, Luiz Otávio Trópia (2001) De Palestra a Cruzeiro - Uma Trajetória de Glórias.
- SANTANA, Jorge - Páginas Heróicas: onde a imagem do Cruzeiro resplandece. São Paulo: DBA, 2003. 200 p.
Ligações externas
- Cruzeiro Esporte Clube - Site Oficial
- Cartão Cinco Estrelas - Plano de Fidelização para a Torcida Cruzeirense
- Loja Cruzeiromania - Loja de Produtos Oficiais
- Cruzeiro.Org - Site Oficial da Torcida do Cruzeiro
- Cruzeiro Virtual - Site Pessoal dedicado ao Cruzeiro
- Máfia Azul Cru-Fiel Floresta - Site Oficial Maior Torcida Organizada
- Revista do Cruzeiro