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Escotismo

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«"O Escotismo é uma escola de cidadania através da destreza e habilidade em assuntos mateiros."»
Organização Escoteira
Scouting
Dados da Organização
Nome Movimento Escoteiro
País Mundial
Sede Genebra - Suíça
Data de Fundação 1907
Local de Fundação Inglaterra
Fundador Robert Baden-Powell
Membros 28 milhões de associados
Scouting


Escotismo ou escutismo[1] é um movimento educacional que tem a missão de contribuir para a educação dos jovens, através de um sistema de valores baseados na Promessa e na Lei, para ajudar na construção de um mundo melhor, apolítico. É um movimento sem fins lucrativos, que conta com a participação de adultos voluntários, e que foi fundado por Lorde Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, em 1907, criado como a proposta de desenvolvimento juvenil através da prática, da vida em equipe, do trabalho ao ar livre, fazendo com que o jovem assuma seu próprio crescimento, torne-se um exemplo de fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina, considerando que sua honra vale mais que sua própria vida.

Índice

[editar] Promessa escoteira

Ver artigo principal: Promessa escoteira.
A saudação da Promessa Escoteira.
A saudação da Promessa Escoteira.

A promessa escoteira sintetiza o embasamento moral do Movimento Escoteiro. No momento da Promessa, os membros do Movimento se comprometem voluntariamente, a conduzirem-se de acordo com a orientação moral do Movimento, reconhecendo a existência de deveres que têm de ser cumpridos. Os elementos da Promessa Escoteira estão contidos nos Princípios do Movimento Escoteiro.

Promessa Original

(Versão traduzida escrita por Baden-Powell, em inglês).

"Pela minha honra, eu prometo que farei o meu melhor, para cumprir meu dever para com Deus e o Rei ajudar os outros em todas as ocasiões obedecer à Lei Escoteira."

[editar] Lei Escoteira

Ver artigo principal: Lei escoteira.
Conceitos inerentes à Lei Escoteira

Confiança, lealdade, presteza, amizade, cortesia, respeito e proteção da natureza, responsabilidade e disciplina, ânimo, bom-senso e respeito pela propriedade, integridade.

Quando Banden-Powell concebeu a Lei Escoteira decidiu não criar leis proibitivas, mas conceitos que idealizam uma pessoa correta e boa, assim como se idealiza um escoteiro, para que desta forma o jovem tivesse onde se espelhar e pudesse se orientar neste rumo.

Os dez artigos da Lei Escoteira

(versão traduzida da original escrita por Banden-Powell, seguidos de breves observações feitas pelo próprio) :

1. A Honra, para Escoteiros, é ser digno de confiança.
"A Honra para um Escoteiro é ser digno de toda confiança. Como um Escoteiro, nenhuma tentação, por maior que seja, e embora seja secreta, irá persuadi-lo a praticar uma ação desonesta ou escusa, mesmo muito pequena. Você não voltará atrás a uma promessa, uma vez feita. A palavra de um Escoteiro equivale a um contrato. Para um Escoteiro, a verdade, e nada mais que a verdade." Baden-Powell
2. O Escoteiro é leal ao Rei, a sua pátria, aos seus escotistas, aos seus pais, aos seus empregadores, e aos seus subordinados.
"O Escoteiro é leal à Pátria, à Igreja, às autoridades do governo, aos seus pais, seus chefes, seus patrões e aos que trabalham como seus subordinados. Como um bom cidadão, você é de uma equipe, 'jogando o jogo' honestamente, para o bem do conjunto. Você merece a confiança do governo de sua pátria, do Movimento Escoteiro, dos seus amigos e companheiros de Patrulha, de seus patrões ou de seus empregados, que esperam que você seja correto, fazendo o melhor possível, em benefício deles, ainda quando eles não correspondem sempre bem ao que você espera deles. Alem disso, você é leal também a si mesmo; você não quer diminuir seu respeito a si mesmo jogando mal de propósito; nem vai querer decepcionar ou ficar em falta com outro homem, nem, tampouco, com outra mulher." Baden-Powell
3. O Dever para o Escoteiro é ser útil e ajudar o próximo.
"O dever do Escoteiro é ser útil e ajudar a todos. Como Escoteiro, seu mais alto objetivo é servir. Você deve merecer a confiança de que, em qualquer ocasião, estará pronto a sacrificar tempo, trabalho, ou se necessário, a própria vida pelos demais. O sacrifício é o sal do serviço." Baden-Powell
Fogo de Conselho.
Fogo de Conselho.
4. O Escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais escoteiros, não importando, a que país, classe ou credo, o outro possa pertencer.
"É amigo ou irmão, não importando a que país, classe ou credo o outro possa pertencer. Como Escoteiro, você reconhece as demais pessoas como sendo, com você, filhos do mesmo Pai, e não faz caso de suas diferenças de opinião, casta, credo ou país, quaisquer que elas sejam. Você domina os próprios preconceitos e procura encontrar as boas qualidades que tenham; o defeito deles, qualquer um pode criticar. Se você põe em prática esse amor pelas pessoas de outros países e ajuda a fazer surgir a paz e a boa vontade internacionais, isto será o Reino de Deus na terra. O mundo inteiro é uma fraternidade." Baden-Powell
5. O Escoteiro é cortês.
"Como os antigos cavaleiros, você, sendo um Escoteiro, é, sem dúvida, polido e atencioso com as mulheres, velhos e crianças. Mas, além disso, você é polido mesmo com aqueles que estão contra você. Aqueles que têm razão não precisam perder a calma; aqueles que não têm razão, não podem se dar ao luxo de perdê-la." Baden-Powell
6. O Escoteiro é amigo dos animais.
"Você reconhecerá como companheiras as outras criaturas de Deus, postas, como você, neste mundo, durante certo tempo, para gozar suas existências. Maltratar um animal é, portanto, um desserviço ao Criador. Um Escoteiro deve ter um grande coração." Baden-Powell
7. O Escoteiro obedece às ordens dos seus pais, do seu monitor ou do seu chefe escoteiro.
"O Escoteiro obedece de boa vontade, sem vacilar, às ordens de seus pais, Monitores e Chefes. Como Escoteiro você se disciplina a si mesmo e põe-se, profunda e voluntariamente, às ordens das autoridades constituídas, para o bem geral. A comunidade mais feliz é a comunidade mais disciplinada; a disciplina, porém, deve vir do íntimo, e nunca ser imposta de fora. Por isso, tem um grande valor o exemplo que você der aos demais nesse sentido." Baden-Powell
8. O Escoteiro sorri e assobia sobre todas dificuldades.
"Como Escoteiro você será visto como o homem que não perde a cabeça e que agüenta qualquer crise com ânimo alegre, coragem e otimismo." Baden-Powell
9. O Escoteiro é econômico.
"Como Escoteiro, você olhará para o futuro, e não irá dissipar tempo e dinheiro com prazeres do momento mas, ao contrário, fará uso das oportunidades do momento tendo em vista o futuro sucesso. Você fará isso com a idéia de não ser um ônus, mas uma ajuda para os demais." Baden-Powell
10. O Escoteiro é limpo no pensamento, na palavra e na ação.
"O Escoteiro é limpo em pensamento, palavra e ação. Como Escoteiro espera-se que você tenha não só uma mente limpa, como também uma vontade limpa; seja capaz de controlar quaisquer tendências intemperadas do sexo; dê um exemplo aos demais sendo puro, franco, honesto em tudo que pensa, diz ou faz." Baden-Powell

[editar] Princípios do Escotismo

A Organização Mundial do Movimento Escoteiro define como Princípios do Escutismo
  1. Dever para com Deus (crença e vivência de uma fé, independentemente de qual seja);
  2. Dever para com os outros (participação na sociedade, boa ação, serviço ao próximo);
  3. Dever para consigo próprio (crescimento saudável e autodesenvolvimento).
O Método Escoteiro baseia-se em sete pilares essenciais
  1. Sistema de Valores (condensados na Lei, Princípios, Promessa);
  2. Sistema de Patrulhas (a vida em pequenos grupos de jovens);
  3. Sistema de Progresso (conjunto de propostas de atividades e objetivos organizados em níveis);
  4. Aprender fazendo (educação pela ação);
  5. Contacto com a Natureza (palco privilegiado da ação, contacto com a criação).
  6. Método Projeto (concepção de objetivos, enquadramento imaginário e atividades pelos jovens);
  7. Presença de adultos (irmãos mais velhos que orientam e evitam percalços).
Desenvolvimento físico

Proporcionar o desenvolvimento físico do jovem por meio de jogos ao ar livre, exercícios, excursões e acampamentos.

Desenvolvimento moral

A finalidade é o caráter com um propósito. E o propósito é que essa geração seja sadia no futuro, para desenvolver a mais alta forma de compreensão e dever para com Deus, pátria e próximo.

Desenvolvimento Intelectual

Dá-se uma preparação adequada pelo conhecimento adquirido em cada uma das etapas como cozinha, campismo, nós, natação e salvamento, primeiros socorros, regras de segurança, orientação, transmissão de sinais, estudo da natureza, etc, e também pelas insígnias de Especialidades, que desenvolvem a vocação de cada um dos jovens.

[editar] História

Ilustração de Robert Baden-Powell, idealizador do Movimento Escoteiro.
Ilustração de Robert Baden-Powell, idealizador do Movimento Escoteiro[1].

Na Ilha de Brownsea, no Canal da Mancha, Inglaterra, Baden-Powell realizou um acampamento com vinte jovens, de 12 a 16 anos de idade, onde ensinou técnicas como primeiro socorros, observação, segurança, orientação, etc. Como símbolo do grupo levavam aqueles jovens uma bandeira verde com uma flor-de-lis amarela no centro[2].

Entusiasmado com os bons resultados deste acampamento, Baden-Powell começou a escrever o livro Escotismo para Rapazes, que foi publicado em 1908, inicialmente como seis fascículos, de janeiro a maio, vendido em bancas de jornal. Em maio do mesmo ano, foi editado como livro com ligeiras modificações.

A recepção das idéias de Baden-Powell foi tanta que, em poucas semanas, centenas de Patrulhas Escoteiras estavam formadas, praticando Escotismo. Rapidamente o movimento se espalhou por vários países do mundo. Chegando na América do Sul em 1908, no Chile.

Em 1909, mais de 10.000 jovens realizaram uma exibição de suas perícias escoteiras no famoso Palácio de Cristal, em Londres. Nem mesmo a chuva e o frio, naquela manhã do dia 4 de setembro, puderam arrefecer o entusiasmo deles. Nesta reunião histórica, os rapazes formavam a maioria.

Temendo a degeneração das suas idéias, e verificando a necessidade de integrar todos dentro de um movimento que crescia rapidamente, Baden-Powell passou a dedicar-se à organização do Movimento Escoteiro, que não era sua proposta original. Desliga-se do Exército, em 1910, e ingressa no que chamou de sua "segunda vida", dedicada ao crescimento e fortalecimento do Escotismo.

Ainda em 1910 é criado o Escotismo do Mar, bem como surgem dentro do Movimento as "Girls Guides", ou seja, as Guias Escoteiras. A partir de 1912, Baden-Powell passa a viajar pelo mundo divulgando e unindo o Escotismo, que se desenvolve agora como uma "Fraternidade Mundial". Também em 1912 foi publicado o primeiro Manual das Guias, "Como as Moças podem ajudar o Império..." escrito por Agnes Baden-Powell.

Foi em 1916 que, a pedido das crianças menores que queriam fazer parte do Movimento Escoteiro, Baden-Powell criou o Ramo Lobinho, baseado no Livro do Jângal, de Rudyard Kipling, com auxílio de sua irmã, Agnes.

Em 1917 é constituído informalmente o primeiro Conselho Internacional da Associação de Guias da Inglaterra, e no ano seguinte é publicado o texto base do Guidismo, escrito por Baden-Powell, especialmente para as guias.

O Escotismo recebe de William F. de Bois Mclaren uma área de terra, na floresta de Epping, arredores de Londres, onde se instala Gilweel Park, centro de formação de chefes escoteiros (o curso passa a ser chamado de curso para Insígnia da Madeira. Os que completam o curso recebem um colar de contas e um lenço com um pedaço de tecido atrás com a trama característica do clã dos McLaren). Em 1930, Lady Olave Baden-Powell é aclamada Chefe Guia Mundial, função que exerceu até 1976, quando veio a falecer.

A última presença pública de Baden-Powell para os escoteiros foi em 1937, no Quinto Jamboree Mundial em Vogelezang, Holanda, depois do que viajou para o Quênia, onde fixou residência a partir de 1938 juntamente com Lady Olave. Morre nesse local.

Vigésimo Jamboree, uma demonstração da abrangência do Movimento Escoteiro.
Vigésimo Jamboree, uma demonstração da abrangência do Movimento Escoteiro.

A principal organização representativa internacional é a Organização Mundial do Movimento Escoteiro (OMME), WOSM em inglês. O Escotismo é o maior movimento organizado de educação não-formal. Em Setembro de 2005 as estatísticas apontam o Escotismo presente em 216 países e territórios, com um total de 28 milhões de filiados, havendo apenas seis países sem escotismo. Já passaram pelo Movimento Escoteiro mais de 300 milhões de jovens desde a sua criação na Inglaterra. Em 2007 será realizado o Jamboree Mundial do Centenário na Inglaterra.

[editar] Escotismo Modalidade do Ar

Emblema do Escotismo do Ar.
Emblema do Escotismo do Ar.

A Modalidade do Escotismo do Ar, não foi idealizada pelo fundador, Baden Powell, das outras duas Modalidades, básica e Modalidade do Mar, nem mesmo na Inglaterra, sua origem é brasileira.

Dia 28 de abril de 1938, é oficializado o primeiro Grupo Escoteiro da Modalidade do Ar, o Grupo Escoteiro do Ar Tenente Ricardo Kirk, tendo como responsáveis, o Major Aviador Godofredo Vidal, o Tenente Coronel Aviador Vasco Alves Secco e o Primeiro Sargento Telegrafista Jayme Janeiro Rodrigues, na época servindo no 5º Regimento de Aviação, atual CINDACTA II, em Curitiba. Em 19 de abril de 1944, foi criada a Federação Brasileira de Escoteiros do Ar, a qual congregava todos Grupos Escoteiros da Modalidade, na época se restringindo aos Estados do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.

O Brigadeiro Nero Moura, em 26 de julho de 1951, então Ministro da Aeronáutica, reconhecendo a tamanha à expansão registrada e seus valiosos objetivos, entre eles o de incentivar o interesse dos jovens pela aeronáutica, determinou que todas as unidades da Força Aérea Brasileira dessem total apoio a Modalidade do Ar, o que acontece até os dias presentes.

[editar] Escotismo Modalidade do Mar

Em 1908, Baden-Powell pediu a seu irmão, Warrington Baden-Powell que escrevesse um livro para que meninos praticassem o escotismo nas lagoas, nos rios e nos mares como eles haviam feito na infância. No mesmo ano apareceu na Inglaterra a primeira tropa do mar, a tropa Gibraltar. Aperfeiçoado em 1909, foi organizado em 1910 com a publicação do manual para escoteiros do mar, e começaram a surgir mais tropas do Mar na Inglaterra e logo no mundo todo.

Escoteiros do Mar, constituem, hoje, modalidade de prática do escotismo a mesma fraternidade de aventura, seja em praias, rios, lagoas ou outros ambientes náuticos. Baden-Powell, o fundador do Movimento Escoteiro disse "se eu tivesse sido Escoteiro quando jovem, provavelmente teria sido Escoteiro do Mar" e não foi à toa que pediu que seu irmão mais velho Warrigton se dedicasse à criação desta forma de escotismo.

[editar] Brasil

Flor-de-Lis da União dos Escoteiros do Brasil.
Flor-de-Lis da União dos Escoteiros do Brasil.

A primeira notícia sobre o Escotismo publicada, no Brasil, foi do dia 1 de dezembro de 1909, no número 13 da revista Ilustração Brasileira, editada no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e com circulação nacional. A reportagem tinha o título: Scouts e a Arte de Scutar; ocupava três páginas e apresentava sete fotografias. A matéria fora preparada na Inglaterra pelo 1º Tenente da Marinha de Guerra Eduardo Henrique Weaver, onde se encontrava a serviço. Teve, assim, a oportunidade de presenciar o nascimento do Movimento Escoteiro – Scouting for Boys, criado em 1907 pelo General Inglês Baden-Powell. Na época, juntamente com o Tenente Weaver, encontrava-se na Inglaterra numeroso contingente de Oficiais e Praças da Marinha — preparava-se para guarnecer os novos navios da esquadra brasileira em construção. Um grupo de suboficiais entusiasmou-se com o revolucionário método de educação complementar. Entre eles estava o Suboficial Amélio Azevedo Marques que fez seu filho Aurélio ingressar em um dos Grupos Escoteiros locais. Assim, o jovem Aurélio Azevedo Marques foi o primeiro escoteiro brasileiro. Quando da vinda para o Brasil, os militares trouxeram consigo uniformes escoteiros ingleses, no valor de trinta libras esterlinas. O Encouraçado Minas Gerais, navio onde estava embarcada a maioria dos militares interessados em trazer para o Brasil o Movimento Escoteiro, chegou ao Rio de Janeiro em 17 de abril de 1910. No dia 14 de junho do mesmo ano, na casa números 13 da Rua do Chichorro no Catumbi, Rio de Janeiro, reuniram-se, formalmente, todos interessados pelo escotismo e embarcados nos navios que haviam chegado ao Brasil. Naquele local foi oficialmente fundado o Centro de Boys Scouts do Brasil. O evento foi informado aos jornais, os quais publicaram a carta recebida da Comissão Diretora.

A correspondência enviada começava nos seguintes termos: "À imprensa desta capital, brilhante e poderoso fator de progresso, campeã de todas as idéias nobres, vem o Centro de Boys Scouts do Brasil, solicitar o auxílio de sua boa vontade, o esteio de que necessita para que em todos os lares brasileiros penetre o conhecimento do quanto à Pátria pode ser útil à instrução dos Boys Scouts".

Flor-de-Lis da Associação Escoteira Baden-Powell.
Flor-de-Lis da Associação Escoteira Baden-Powell.

Espalhou-se pelo país, sendo adotado inclusive como proposta educativa governamental. Com o tempo, foi se modificando, em alguns aspectos se adaptando às mudanças da sociedade, por exemplo, passando a aceitar garotas em seus quadros e ampliando a faixa de atendimento para jovens na idade de sete aos 21 anos.

No país, existem duas associações escoteiras: a União dos Escoteiros do Brasil, UEB, fundada em 1924, como resultado da união de diversas associações escoteiras existentes na época (daí o nome "União dos Escoteiros") e filiada à Organização Mundial do Movimento Escoteiro, WOSM; e a Associação Escoteira Baden-Powell, AEBP, fundada em 2007, e filiada à Federação Mundial de Escoteiros Independentes, WFIS. Baden-Powell criou a Organização Mundial do Movimento Escoteiro, da qual a União dos Escoteiros do Brasil é titular de registro como associação fundadora.

A Associação Escoteira Baden-Powell é uma associação que adota uma organização horizontal, ou seja, cada Unidade Local tem autonomia para praticar o escotismo da maneira que entender como a mais acertada para a comunidade na qual está inserida, podendo tanto utilizar um programa modernizado, quanto adotar diretamente o Escotismo para Rapazes.

A União dos Escoteiros do Brasil adota uma organização vertical, definindo, de forma democrática e unificada, parâmetros de ação para as Unidades Locais (Grupos Escoteiros e Seções Autônomas) associadas, através de um programa único, visando maior coesão entre todos os membros.

[editar] Modalidade do Mar no Brasil

Em 1910, no Encouraçado Minas Gerais, chegava ao Brasil, e oficiais da Marinha de Guerra, traziam os primeiros manuais escoteiros em inglês, uniformes e os primeiros escoteiros brasileiros (pois haviam feito suas promessas na Inglaterra), filhos de alguns desses sub oficiais. O comandante desse navio chamava-se Amélio de Azevedo Marques, e junto com os demais marinheiros foi o introdutor do Escotismo no Brasil. Estes marinheiros assim que chegaram no Rio de Janeiro abriram uma tropa escoteira no bairro do Catumbi, próximo do Sambódromo de hoje, na Rua do Chichorro número 13. (existe na fachada da casa uma placa alusiva a fundação deste grupo hoje extinto).

No Brasil não foi diferente, as práticas de atividades náuticas, as sedes escoteiras dentro de Clubes Navais, as tropas mantidas pela Marinha ou com Chefes que eram marinheiros, os ambientes aquáticos para atividades constantes eram comuns desde 1910, porém não foram organizados como modalidade, semelhante ao ocorrido na Inglaterra, inicialmente.

A Missão José Bonifácio, em 1919, foi realizada pela costa brasileira sob o comando de Frederico Villar, trazendo à pátria milhares de brasileiros que viviam ignorados do Brasil, isolados em praias, os pescadores. Durante a Primeira Guerra Mundial esses pescadores de norte a sul auxiliaram a Marinha Brasileira montando guarda, repassando informações e observando os mares, acolhendo e dando de comer aos soldados brasileiros, protegendo assim a costa do país. Nessa Missão eram organizadas colônias de pesca agrupando esses isolados homens e suas famílias. Em cada colônia foi aberta uma escola para as crianças e jovens, filhos destes pescadores.

No desenvolver dessa missão, foram de extremo a extremo do país, desde o Rio Grande no Rio Grande do Sul a Belém, no Pará, pela costa, e quando chegaram no Pará, na cidade de Belém, foram convidados pelo então tenente Benjamin Sodré, que servia naquele local, a assistir a cerimônia de Promessa dos primeiros escoteiros daquele estado, chefiados por ele.

Os oficiais da Missão José Bonifácio ficaram tão empolgados com o que viram que resolveram levar aqueles escoteiros para visitar o navio Cruzador da Missão. Foram colocadas na água para uso destes escoteiros as pequenas e médias embarcações daquele navio. Como aqueles meninos e rapazes eram moradores de regiões ribeirinhas e praianas, tiveram a facilidade para usar aquelas embarcações e se divertir, e foi dessa visão que o Tenente Benjamin Sodré, os Comandantes Frederico Villar e Gumercindo Loretti e demais tiveram a idéia de constituir no Brasil um escotismo próprio para o Mar, os Escoteiros do Mar.

Com o retorno do cruzador, partindo dessa idéia, voltaram parando de colônia em colônia de pesca e orientando a abertura de Grupos de Escoteiros do Mar nas escolas destas colônias em ambiente náutico. Deste trabalho organizaram-se os primeiros Grupos Escoteiros do Mar, o Santos, o Jequiá , o 10º Grupo e o Cabo Frio, sendo que destes o 10° Grupo, já existia como Grupo Básico mantido pela Marinha e com atividades náuticas, convertendo-se em Grupo do Mar. Finalmente em 7 de Setembro de 1921 foi fundada a Confederação Brasileira de Escoteiros do Mar.

Esta fundação aconteceu em um acampamento realizado no Saco de São Francisco, enseada de Jurujuba, um dos recantos da Baía de Guanabara, no litoral fluminense, onde existe uma pedra com uma placa que lembra esta data. Destacam-se como pioneiros desta jornada o então Tenente Benjamin Sodré (o Velho Lobo), o Tenente-Aviador Gelmirez de Mello (o Polvo Velho), Comandante Frederico Villar, Comandante Gumercindo Loretti, Professor Gabriel Skinner e o Almirante Raja Gabaglia.

Logo, àqueles primeiros grupos vieram se juntar a Confederação do Mar, os grupos Jurujuba, Copacabana, São João da Barra, Caju, Saquarema, Pará, Maranhão, Paquetá, Euclides da Cunha, Marcílio Dias e outros mais, sendo que os últimos já não tinham as características determinantes de Grupos de Colônias de Pescadores que marcaram a maioria dos Grupos organizados inicialmente.

Em 1924, a Confederação Brasileira de Escoteiros do Mar, que se preocupava em unir as diferentes formas de praticar o Escotismo no Brasil, juntamente com os Escoteiros Católicos e Fluminenses fundaram a União dos Escoteiros do Brasil no Clube Naval, sua primeira sede, no centro do Rio de Janeiro (a primeira sede da União dos Escoteiros, dentre outras, foi cedida pela Marinha através da Federação do Mar). Com essa unificação as Confederações passaram a se chamar Federações.

Para suprir o problema da falta de embarcações, valiam-se os Grupos de embarcações alugadas, particulares emprestadas e doadas pela Marinha. Não tardou muito para a simpatia do povo ir ao encontro dos rapazes e o primeiro navio apareceu — Escoteiro do Mar, escaler a quatro remos e velas, oferecido pela população da Ilha de Paquetá. Um outro navio foi comprado para o 10º Grupo, seria o Loretti vinculado aos Escoteiros do Mar da Guanabara e ainda existente hoje. Pouco tempo decorria da sua organização, teve a Federação do Mar a atenção e o auxílio oficial da Marinha de Guerra, trazendo vantagens e facilidades para o Escotismo do Mar de todos os tipos.

Assim, o Aviso número 3.811 de 28 de março de 1923 do Ministro da Marinha, criou o primeiro Regulamento dos Escoteiros do Mar, que deveria ser seguido por todos. Recursos materiais e apoio moral foram fatores de acentuado e seguro desenvolvimento propiciado ao Movimento que se iniciava. A Marinha de Guerra trouxe o Escotismo ao Brasil em 1910 e na década de 1920 garantia o desenvolvimento do Escotismo do Mar. Embarcações, instalações, pessoal para instrução foram cedidos ou facilitados aos Escoteiros do Mar, não só na então Capital Federal, como nos estados. Após o Loretti veio o Parnaíba, o Celine, a Pérola e assim foi crescendo a flotilha que, em 1933 já formavam cerca de duas dezenas de Navios distribuídos pelos diversos estados da União dos Escoteiros do Brasil, constituindo o seu Departamento de Mar.

Em 1929, uma patrulha de Escoteiros do Mar é enviada à Inglaterra a fim de tomar parte no Jamboree da Maioridade. É esta a primeira participação dos Escoteiros do Mar do Brasil em atividades internacionais. Em 1934, possuía uma sede instalada em um dos pavilhões da Lavanderia do Loide Brasileiro, junto às docas do Mercado Velho, onde se ergue hoje o Edifício da Caça e Pesca, na praça XV de Novembro, no Rio de Janeiro.

Em 1935, concretizando uma idéia de Bonifácio Borba é formado o primeiro Círculo de Pioneiros (CIPI), primeira contribuição para o desenvolvimento do pioneirismo no Brasil, tendo em vista que os Pioneiros, ou "Rovers", quase não existiam no Brasil, e quando existiam, era de forma desordenada, aleatória e isolada. Bonifácio, que era Comissário Internacional da União Escoteira Brasileira, teve contatos diretos com Baden-Powell e trouxe, dentre vários, materiais específicos para o Ramo Pioneiro, como o folheto sobre Pioneiros do Dr. Griffin que falava das virtudes e da távola pioneira e da mística pioneira também tratada por Baden-Powell no Escotismo para Rapazes. Logo este folheto foi traduzido pela equipe Almirante Barroso do Clã Tiradentes do 10º Grupo, o primeiro Clã a ser formado no Brasil. Em março de 1935, é impresso o primeiro número da revista "O Escoteiro do Mar", revista essa que impulsionaria o crescimento da Federação do Mar e que trazia grande diversidade de assuntos e matérias destinando-se a transmitir técnica marinheira, ensinamentos doutrinários, as músicas, e todo o tipo de cultura mundial através de textos traduzidos de várias culturas. Neste mesmo ano foram criadas as Comissões Regionais do Mar nos estados, subordinadas ao órgão Nacional da Federação do Mar.

De 1921 a 1936, passados 15 anos, muitas vocações foram descobertas, tendo neste período cerca de 6.500 rapazes entre 11 e 18 anos que futuramente seriam encontrados exercendo cargos e postos na Marinha de Guerra, na Marinha Mercante e em organizações esportivas veleiras do País. Os bens reunidos pelos Escoteiros do Mar, reuniam já uma flotilha nacional formada por cerca de 40 embarcações, material de campo e de adestramento.

Em 1937, a Marinha de Guerra entregou aos Escoteiros do Mar o usufruto da Ilha da Boa Viagem. Nesta ilha que se encontra à entrada da Baía de Guanabara foi construída uma casa o "Castelo da Boa Viagem", que seria um posto de guarda fundamental para a proteção da Baía de Guanabara, existindo a condição de que quando for necessário o uso da ilha pela Marinha, esta passa a guarda da mesma, retornado logo após o uso, aos Escoteiros do Mar. Nesta ilha fica sediado o 4° Grupo Escoteiros do Mar Gaviões do Mar, que guarda suas chaves.

Em 1938, adquiriam os Escoteiros do Mar a sua primeira Base Naval própria localizada no Porto de Maria Angu, em Olaria, subúrbio do Rio de Janeiro onde foi construído estaleiro e oficina de construção e reparo naval, por muitos anos até quando foi construída a Avenida Brasil e esta base perdeu a saída para o mar, sendo sua posse passada para a exploração pela região Escoteira do Rio de Janeiro com o fim de reverter fundos para a manutenção das embarcações dos Grupos do Mar. Em 7 de junho de 1957 foi adquirida a Base Oeste na Ilha do Governador, Rio de Janeiro a qual existe até hoje e é a sede do 71º Grupo Escoteiro do Mar Almirante Waldemar Mota.

Em Setembro de 1941, existiam Grupos do Mar em 16 Unidades da República: Amapá, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. A Sede Nacional era no quarto pavimento do Edifício da Caça e Pesca, na então Capital Federal, em sede expressamente mandada construir pelo então Ministro da Agricultura Fernando da Costa, em reconhecimento ao papel que o Escotismo representava na formação da nacionalidade e no preparo da juventude para as tarefas do porvir. O efetivo era de 3.000 homens, a frota nacional atingira o total de 73 embarcações; um Campo-Escola funcionando na Ilha da Boa Viagem, na Baía de Guanabara; uma Base Naval instalando-se no Porto de Maria Angu no Rio de Janeiro; 32 fundeadouros localizados em 14 Estados; uma Revista já no seu quinto ano de existência; uma seção de impressos escoteiros com uma coleção de 150 modelos; uma Escola Nacional de Chefes no 14º Curso; 7 Escolas regionais de Chefes em 7 Comissões Regionais. Em 1950, se desfaz a Federação Brasileira de Escoteiros do Mar, sendo anexada como Modalidade na União dos Escoteiros do Brasil, porém sua estrutura continuou funcionando até finais dos anos 60.

No início da década de 1990, a Direção Nacional da União dos Escoteiros do Brasil, aprovou uma regulamentação que retirava o uso dos uniformes de modalidade, implantando a utilização do novo traje, que não fazia distinção de uma modalidade para a outra, composto de uma camisa azul e calça jeans.Partindo da iniciativa da então Coordenação Nacional da Modalidade do Mar, formada por três almirantes antigos escoteiros, a Chefe Maria Pérola Sodré e o Chefe Jarbas Pinto Ribeiro, foram enviadas cartas a cada Grupo de Escoteiros do Mar do país desaconselhando o uso do traje novo. Mobilizaram-se de norte a sul do país os Grupos do Mar reivindicando que a tradição fosse mantida, não retirando seus uniformes tradicionais. Logo a Direção Nacional da União dos Escoteiros do Brasil autorizou que fosse utilizada a camisa na cor branca para os Grupos da Modalidade do Mar e mais adiante o retorno dos uniformes tradicionais para aqueles Grupos que assim desejassem. A autorização abriu precedente para os demais Grupos irmãos de outras modalidades que desejavam manter seus uniformes tradicionais.

[editar] Portugal

Brasão da República Portuguesa
Brasão da República Portuguesa

Em Portugal, o escutismo surge via Hong Kong e Macau em 1911, sendo constituída a Associação dos Escoteiros de Portugal em 1913, e em 1923 o Corpo Nacional de Escutas — Escutismo Católico Português. Por esta associação, chega às então províncias ultramarinas portuguesas: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

As ditaduras comunistas, ocupações militares e situações de guerra civil que dominaram estes países nos cerca de 20 anos após as respectivas independências foram responsáveis pelo quase desaparecimento do Escutismo nesses países, tendo, no entanto, ressuscitado em força após o colapso da União Soviética, estando hoje em franco desenvolvimento, ajudado pelas associações congêneres portuguesas e brasileiras.

Os regimes totalitários nunca se deram bem com o Escutismo, que apregoa a responsabilidade individual, a democracia e a paz. O Escutismo foi suprimido em todas as ditaduras comunistas, bem como na maior parte das ditaduras de outro cariz, como por exemplo, na Espanha falangista, na Alemanha nazi, na Itália fascista, etc.

Em Portugal, o Movimento Escutista chegou a ser suprimido pela ditadura de António de Oliveira Salazar, mas a pronta intervenção do Arcebispo de Braga Dom Manuel Vieira de Matos, fundador do Corpo Nacional de Escutas, permitiu que se voltasse atrás nesta decisão, o que salvou tanto o Corpo Nacional de Escutas como a AEP de sofrerem o mesmo destino das suas congêneres espanholas. O Escutismo em Portugal, embora com limitações e a concorrência da associação juvenil estatal, continuou a cumprir a sua missão educativa.

[editar] Ramos de atividade ou secções

Os jovens são divididos conforme a faixa etária em vários ramos ou secções descritos abaixo. Cada ramo possui um programa de desenvolvimento e de atividades apropriados à idade e ao desenvolvimento mental, intelectual, espiritual, físico e social do jovem.

[editar] No Brasil

A Seção é a unidade do Movimento Escoteiro, que congrega membros do mesmo Ramo[3][4].
  • Ramo Lobinho: para meninos e meninas de sete a dez anos. Seção: Alcatéia de lobinhos, Alcatéia de lobinhas, ou Alcatéia mista. São chamados de Lobinhos, divididos em Matilhas (grupos de quatro a seis Lobinhos). Trabalha-se a fantasia, utilizando como fundo de cena a História do Livro do Jângal (Mogli, o menino lobo);
  • Ramo Escoteiro: para rapazes e moças de 11 a 14 anos. Seção: Tropa de escoteiros, Tropa de escoteiras ou Tropa escoteira mista. São os Escoteiros, divididos em Patrulhas (grupos de seis a oito Escoteiros). Trabalha-se a aventura, através da vida ao ar livre;
    Exemplo de atividade, rapel e escalada.
    Exemplo de atividade, rapel e escalada.
  • Ramo Sênior: para rapazes e moças de 15 a 17 anos. Seção: Tropa de seniores, Tropa de guias ou Tropa sênior mista. São os Seniores e Guias Escoteiras, divididos em Patrulhas (grupos de quatro a seis Seniores e Guias). Trabalha-se com o desafio aos limites, tanto físico, quanto intelectual, social e espiritual;
  • Ramo Pioneiro: para rapazes e moças de 18 a 21 anos. Seção: Clã Pioneiro. São os Pioneiros, que se organizam em Equipes de Interesse, com quantidade variável de jovens. Tem como objetivo trabalhar o serviço ao próximo, como forma de melhorar a sociedade em que vivemos.

Os adultos participam de diversas formas. Podem ser Escotistas, que coordenam as atividades com os jovens; Dirigentes Institucionais, que dirigem os Grupos Escoteiros e Regiões Escoteiras (estaduais); ou ainda Dirigentes de Formação, que se ocupam da orientação e formação de outros adultos.

[editar] Modalidade do escotismo

As modalidades do escotismo, no Brasil, são constituídas de três formas existentes que são a básica, a Modalidade do Mar, a Modalidade do Ar e uma quarta, que caiu em desuso a Modalidade Ferroviária. São adotadas pelos grupos escoteiros de forma a guiar as atividades dos grupos e formação dos seus membros, entretanto o grupo quanto assume uma modalidade não fica restrita a essa e nem é impedida de realizar as atividades típicas das demais modalidades.[5]

Modalidade Básica

A Modalidade Básica, caracterizada pelo escoteiro típico, sendo a modalidade com o maior número de integrantes, apresenta grande flexibilidade de atividades e com formação geralmente mais voltada para a atividade excursionista, campismo e montanhismo.

Um toldo sustentado por um observatório uma demonstração de pioneiria.
Um toldo sustentado por um observatório uma demonstração de pioneiria.

Os acampamentos exigem inúmeras técnicas escoteiras, dentre elas a que se destaca é a pioneiria, uma forma de suprir a necessidade de móveis e como um modo de proteção, normalmente constituídas por troncos de madeira e unidas através de amarras.

Modalidade do Mar
Escoteiros praticando canoagem.
Escoteiros praticando canoagem.

O que caracteriza o Escotismo Modalidade do Mar é que eles realizam suas atividades preferencialmente na água, onde quer que exista água em quantidade e profundidade suficientes para que uma embarcação possa navegar, seja ela de que tipo for. Sendo assim podem existir Escoteiros do Mar, seja esta água de mar, de rio, lago, lagoa ou pantanal. Procurando desenvolver nos jovens o gosto pela vida no mar, pelas artes e técnicas marinheiras, pela navegação à vela e a motor, pelas viagens e transportes marítimos, pela pesca, pelo estudo da oceanografia, pela exploração e pelos esportes náuticos, incentivando o culto das tradições da marinha. A gama de atividades que podem ser realizadas é enorme, indo da tradicional navegação a remo até mergulho ou windsurf.

Escotismo Modalidade do Ar

O Escotismo Modalidade do Ar procura desenvolver nos jovens, além dos valores da Modalidade Básica, o gosto pelo aeromodelismo, aeroplanos, pelos problemas de aeroportos, aeronavegação, aeropropulsão, pelo pára-quedismo e pelos esportes aéreos, pelo estudo da meteorologia e da cosmografia, pelo mundo aeroespacial e pela cosmonáutica, incentivando o culto das tradições da aeronáutica do país. As ênfases educativas das Modalidades do Ar e Mar, são apenas desenvolvidas nos Ramos Escoteiro e Ramo Sênior.

[editar] Em Portugal

Associação das Guias e Escoteiros da Europa

Todos os Ramos (Amarelo, Verde e Vermelho) estão divididos por sectores: Guidista (Feminino) e Escutista (Masculino).

  • Ramo Amarelo: Clareira ou Alcateia: dos sete aos 12 anos. São chamados de Lobitas(os), divididos em Bandos (Branco, Cinzento, Negro e Castanho), que são compostos por seis elementos. Todos os ensinamentos giram à volta da história de Mogli, criado por Rudyard Kipling, em O Livro da Selva.
  • Ramo Verde: Companhia ou Tribo: dos 12 aos 17 anos. As Guias e os Escuteiros estão divididos em Patrulhas, cada uma com seis elementos. Cada Patrulha tem o seu totem e grito, chefe e santo patrono. As Guias e Escuteiros regem-se pela sua Lei e Princípios, assim como pelo Escutismo Para Rapazes de Sir Robert Baden-Powell.
Associação de Escoteiros de Portugal
  • Alcateia: sete aos 10 anos. São chamados de Lobitos, divididos em Bandos (grupos de quatro a seis Lobitos). Trabalha-se a fantasia, com base na História do Livro da Selva (Mogli, o menino lobo);
  • Tribo de Escoteiros (Júnior): dez aos 14 a 15 anos. São os Escoteiros (segundo a nova denominação) ou Juniores, divididos em patrulhas de seis a oito jovens. Cada patrulha tem um animal como totem, respondendo pelo nome do mesmo. A mística da Tribo é baseada principalmente nas tribos africanas. O período por que estes jovens passam é crucial no desenvolvimento do caráter pessoal de cada um, tentando-se assim dar uma formação complementar no que toca à independência do indivíduo, mas nunca descuidando a importância da comunicação e cooperação com as restantes pessoas no seu meio. Trabalha-se a aventura, através da vida ao ar livre;
  • Tribo de Exploradores (Sénior): 14 a 15 aos 17 a 18 anos. São os Exploradores(segundo a nova denominação) ou Séniores, divididos em patrulhas de seis a oito elementos. Bastante semelhante à Tribo Júnior no que diz respeito à mística e ao desenvolvimento psicológico, este último foca-se mais, neste caso, no autoconhecimento, na aceitação e aprimoramento das características pessoais, no aperfeiçoamento das capacidades sociais e também num desenvolvimento físico saudável. Trabalha-se com o desafio aos limites, tanto físico, quanto intelectual, social e espiritual;
  • Clã: 17 a 18 aos 22 anos. São os Caminheiros, que se organizam em equipas de quatro a oito elementos. Têm como objetivo trabalhar o serviço ao próximo, como forma de melhorar a sociedade em que vivemos. Cada equipa escolhe uma área de preferência (por exemplo, espeleologia, orientação, Internet, etc.), sendo que os seus trabalhos se focam na mesma. Geralmente, os caminheiros adotam o nome de uma personagem histórica, de acordo com a área que a sua equipa está a desenvolver.
Corpo Nacional de Escutas
  • Alcateia: sete aos dez anos. São chamados de Lobitos, divididos em Bandos (grupos de quatro a seis Lobitos). Tem como patrono São Francisco de Assis;
  • Grupo Explorador (Corpo Nacional de Escutas) ou Flotilha (Corpo Nacional de Escutas - Marítimos): dez aos 14 anos. São os Exploradores ou Moços, divididos em Patrulhas ou Tripulações de seis a oito jovens. Trabalha-se a aventura, através da vida ao ar livre. Tem como patrono São Jorge;
  • Grupo Pioneiro (Corpo Nacional de Escutas) ou Frota (Corpo Nacional de Escutas - Marítimos): 14 a 15 aos 17 a 18 anos. São os Pioneiros ou Marinheiros, divididos em patrulhas ou equipagens (patrulhas ou equipagens de seis a oito). Trabalha-se com o desafio aos limites, tanto físicos, quanto intelectuais, sociais e espirituais. No Corpo Nacional de Escutas, tem como patrono São João de Brito;
  • Clã Comunidade (Corpo Nacional de Escutas - Marítimos): 18 aos 22 anos. São os Caminheiros ou Companheiros, que se organizam em equipas ou companhias de quatro a oito elementos. Tem como objetivo trabalhar o serviço ao próximo, como forma de melhorar a sociedade em que vivemos. No Corpo Nacional de Escutas, tem como patrono São Paulo.

[editar] Conjuntura

Apesar do número de Escoteiros parecer elevado em números absolutos, é pouco relevante se analisado demograficamente.[6]

Considerando os benefícios do Escotismo o número de atendidos poderia ser muito maior, quem lê os documentos escritos por Baden-Powell compreende que ele foi um homem de vanguarda na educação, há um século atrás ele já defendia muito do que hoje é considerado como novidade na educação: vida e trabalho em pequenos grupos, liderança e o uso da ludo educação (jogos), definição de objetivos, importância do exemplo como principal educador são apenas uma amostra dentre sua obra.

O escotismo brasileiro é, hoje, formado por duas instituições: a União dos Escoteiros do Brasil (UEB), dividida em escritórios regionais distribuídos por diversos estados da federação, com alguns poucos profissionais remunerados para administrar 45 mil voluntários distribuídos por unidades locais de atuação: os Grupos Escoteiros e as Seções Autônomas. Nestas Unidades Locais, através dos voluntários, é que se colocam em prática os programas educacionais para jovens.

Recentemente foi fundada a Associação Escoteira Baden Powell (AEBP), filiada a WFIS-SA, para oferecer uma alternativa aos escoteiros brasileiros. A Associação Escoteira Baden Powell tem como fundamentos uma organização horizontal, política de não intervenção nas Unidades Locais, eleições diretas em todos os níveis com voto secreto e majoritário, entre outros.

Em Portugal, o Corpo Nacional de Escutas e a Associação dos Escoteiros de Portugal agrupam-se na Federação Escutista de Portugal, que é a associação reconhecida pela Oragnização Mundial do Movimento Escoteiro. Apesar da enorme diferença de tamanho (o Corpo Nacional de Escutas, com 75 mil jovens, é 37 vezes maior que a Associação dos Escoteiros) e de implantação (a Associação dos Escoteiros concentra-se na zona da capital Lisboa) o relacionamento é próximo e muito cordial.

Ambas as associações estão divididas em regiões, parecidas mas não coincidentes, uma vez que as regiões do Corpo Nacional se baseiam nas dioceses católicas e a Associação dos Escoteiros nos distritos civis. No Corpo Nacional, as regiões maiores (Braga, Porto, Coimbra, Lisboa) estão divididas em Núcleos.

Todos os adultos que trabalham com jovens são voluntários. Em Portugal, a freqüência de cursos é obrigatória antes do adulto ser dirigente. Muito mais do que apenas fornecer atividades, o objetivo dos dirigentes é acompanhar os jovens no seu crescimento, permitindo a estes realizarem as atividades de que gostam, e aprendendo e desenvolvendo-se no processo.

Passei e, por muito que eu viva, jamais esquecerei às coisas que lá aprendi.[7]

[editar] Notas

^ 

  Nota linguística:
As ortografias alternativas escotismo e escutismo constituem assunto conflituoso entre os lingüistas lusófonos.
No Brasil, prefere-se geralmente escotismo, sendo escutismo bastante raro ou muito raramente escoterismo.
Em Portugal, "escotismo" aparece ligado à Associação de Escoteiros de Portugal (desde 1913), enquanto que escutismo aparece ligado ao Corpo Nacional de Escutas (desde 1923), sendo que o CNE é bastante maior, em número de membros, que a AEP.
Em Portugal a palavra escotismo surge por vezes com uns sentidos diferentes, associados ao filósofo Duns Escoto..


[editar] Referências

[editar] Citações

  1. JAGGER, David. 1929
  2. CARVALHO, Marcos; HUGO, Marcel, Guia Escoteiro, 4.ed. Curitiba: Editare Indústria Gráfica Ltda, 2001.
  3. UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria Execultiva Nacional P.O.R. Princípios, Organização e Regras, Regra 013 - Ramos, 8ª edição, Curitiba-PR, janeiro de 2006
  4. UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria Execultiva Nacional P.O.R. Princípios, Organização e Regras, Regra 026 - Seções, 8ª edição, Curitiba-PR, janeiro de 2006
  5. UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria Execultiva Nacional P.O.R. Princípios, Organização e Regras, Regra 014 - Modalidades, 8ª edição, Curitiba-PR, janeiro de 2006
  6. OMME algumas estatísticas, 2006.
  7. O Peregrino, John Bunjan

[editar] Ver também

[editar] Curiosidades

[editar] Leituras adicionais

  • Livro: Rudyard Kipling (1904). Livro da Jângal, O. Nova Iorque: Martin Claret. A base do Ramo Lobinho
  • Livro: Afonso Rodrigues De Aquino (2005). O Escotista e O Clã Pioneiro. Landmark.
  • Livro: Monges Da Abadia De Solesmes (1999). Movimento Escoteiro, Desporto e Natureza: de Pio XII a João Paulo I. Edusc. Mostra a visão da igreja em relação ao escotismo

[editar] Ligações externas

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