Geocentrismo
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A teoria do universo geocêntrico ou geocentrismo foi criada por Ptolomeu e Aristóteles que aderem à hipótese de que a Terra estaria parada no centro do universo com os corpos celestes, inclusive o Sol, girando ao seu redor. Essa visão predominou no pensamento humano até o resgate, feita por Nicolau Copérnico da teoria heliocêntrica, criada por Aristarco de Samos.
O geocentrismo não deve ser confundido com a teoria da Terra plana - a noção de que na Idade Média os estudiosos achavam que a Terra era plana é um mito.
A Bíblia possuí referências supostamente atribuídas à teoria geocêntrica no relato de uma batalha de Josué (onde Deus faz "parar o Sol").
[editar] Origem filosófica do geocentrismo
Os filósofos gregos haviam percebido que embora o mundo fosse formado por objetos dos mais distingos, havia algo de comum na matéria que os compunha. Desta forma, por exemplo, uma árvore e uma tábua, se fossem divididas diversas vezes até se obter uma parte diminuta, resultaria em uma mesma matéria. O mesmo ocorria, por exemplo entre espada e corrente. Desta forma começa a surgir a teoria atômica, que acreditava que tudo o que havia na natureza, se dividido na menor parte possível, chegaria a uma matéria primordial da qual tudo o que existia era feiro. Tal matéria recebia o nome de "indivisível" ou átomo ( a = não, tomo = divisão )
Começa então uma espécie de corrida filosófica para descobrir que material era esse tal átomo. A dicussão chega a propor algumas soluções. Por exemplo a água, pois da água se faz ar (vapor de água) se faz blocos sólidos (gelo) etc. Mas da água seria impossível criar, por exemplo fogo. Outra corrente propunha que o átomo ou elementos primordial fosse o ar, pois ele poderia ser condensado formando água (não diferiam vapor de água de ar) e poderia ser "transformado" em fogo (uma vez que se tirassem o ar do fogo ele apagaria, desconheciam, obviamente o princípio comburente do oxigênio, esse seria descoberto mais de mil anos depois)
O fato é que um filósofo grego de nome Empedocles de Agrinito propôs uma solução diferente, onde haviam quatro elementos primordiais, e não somente um. Esses quatro elementos seriam: Terra, Água, Fogo e Ar. Eles nunca se misturavam com o seu oposto (terra -- ar) (fogo - água) mas poderiam misturar-se entre si, como água e terra formava argila, que formaria tijolos, etc. Ou água e ar formavam "nuvem" que formava os raios, etc.
Esse sistema acaba sendo ampliado por outros filósofos como Euclides, que propõe que os 4 elementos tenderiam, pela natureza a se agrupar em esferas. Desta forma a esfera mais pesada ficaria no centro, uma esfera de terra. Após essa uma esfera de água a envolvendo, uma esfera de ar envolvendo essa e por fim uma esfera de fogo envolvendo as demais.
A esfera de terra no centro é o nosso planeta (de onde sabiam que a terra era redonda), a esfera de água os oceanos e mares, a esfera de ar a nossa atmosfera, e por fim a esfera de fogo teria se transformado em um grande bloco de fogo de um lado, o sol, e um bloco pequeno com vários pontos de fogo do outro: A lua e as estrelas. Esse círculo de fogo ( estrelas e sol ) girariam em torno dos outros círculos, a terra.
Havia apenas sete pequenos problemas nesse sistema, e eles é que permitiram a derruma por completa do sistema geocêntrico. Sete estrelas não giravam na mesma velocidade das demais, de por isso foram chamadas de "andarilhos" ou planetas. O estudo mais aprofundado desses planetas demonstrou que na verdade o geocentrismo havia sido um engano perpetuado por mais de 2000 anos.
Os sete planetas (astros errantes), na ordem de distância à Terra, eram: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol,Marte, Júpiter e Saturno. Excluido o Sol e a Lua, eles tinham, na tradição grega, nomes associados aos principais deuses:
- Mercúrio - Hermes - Mensageiro dos Deuses (é o com movimento mais rápido no céu)
- Vênus - Afrodite - Deusa do Amor e da Beleza (é o mais luminoso, portanto o mais bonito no céu)
- Marte - Ares - Deus da Guerra e da Tragédia(é o mais vermelho)
- Júpiter - Zeus - Deus Supremo
- Saturno - Chronos - Pai de Zeus e Deus do Tempo (é o com movimento mais lento.
- Terra - Apolo - Deus da vida
Repare que não havia nenhuma menção a Urano e Netuno; esses dois não podem ser vistos a olho nu, e só pudeam ser descobertos depois da invenção do telescópio . Por uma questão de tradição, eles seguiram o padrão de nomeclatura: Urano é a representação do próprio céu, e Netuno (Poseidon) é o Deus dos Mares (assim batizado pela sua coloração azul). O mesmo se pode dizer de Plutão (Hades), Deus do Mundo Inferior.
[editar] Referências bibliográficas