Rodolfo II da Germânia
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Rodolfo II (Viena, 18 de Julho de 1552 - Praga, 20 de Janeiro de 1612), da casa dos Habsburgos foi imperador do Sacro Imperio Romano, rei da Boêmia e rei da Hungria.
Seu pai foi Maximiliano II, imperador do Sacro Império Romano, rei da Boêmia e rei da Hungria; e sua mãe, Maria de Habsburgo, filha de Carlos V imperador do Sacro Império Romano.
Outros títulos: Arquiduque da Austria, Duque de Carniola, Caríntia, Landgrave da Alta e da Baixa Alsácia 1576-1608. Rei da Hungria 1572-1607, Rei da Boêmia 1575-1607, Rei dos romanos 1575, Imperador de 1576 a 1611, quando abdicou.
Duque da Estíria 1590-1611, Conde do Tirol 1595-1611.
[editar] Dados biográficos
Na Espanha, recebeu severa educação católica; depois de conseguir suas três coroas, favoreceu a Contra-Reforma, impondo por armas um governo católico a uma cidade livre como Aix-la-Chapelle (Aachen em alemão), em 1580.
Adotou o calendário gregoriano em 1583. Não conseguiu manter a coesão de seus Estados. Instalou a capital em Praga, atraindo a simpatia dos checos e a hostilidade dos alemães. Haverá revoltas na Áustria 1595-7 e dos húngaros. A partir de 1597 sua saúde declinou e, trancando-se no castelo chamado Hradcany, apaixonou-se pelas ciências e belas artes e se tornou protetor de Tycho Brahé, Kepler, um grande mecenas de seu tempo. Seus irmãos se apoderam do poder. O Arquiduque Matias, vencedor dos turcos, tratou diretamente com eles e obrigou Rodolfo a lhe ceder a Áustria, a Morávia e a Hungria em 1608. O Imperador conseguiu conservar a Boêmia e a Silésia, dando aos súditos protestantes uma carta (lettre de majesté) em 9 de julho de 1609, que lhes concedia, com certas restrições, liberdade de consciência e de culto.
Para enfrentar Matias, tentou inutilmente fazer eleger rei dos romanos outro irmão. Mas Matias, reconhecido Chefe da Casa de Habsburgo, conseguiu dos Estados da Boêmia que exigissem a abdicação de Rodolfo em 1611, e este só conservará seu titulo imperial.
Ao subir ao trono Rodolfo II manteve a política de tolerância ao protestantismo de seu pai e deu auxílio a Contra-Reforma. Embora fosse um homem culto, parecia incapaz de governar por ataques de melancolia e, mais tarde, ocasionalmente, de insanidade. Por isso, outros membros da família começaram a intervir nos assuntos do Império.
Após uma revolta na Hungria (1604-1606) liderada por Stephen Bocskay e seus aliados otomanos, grande parte do poder foi transferido para o irmão de Rodolfo, Matias. A revolta foi provocada pela tentativa de Rodolfo de impor o Catolicismo Romano na Hungria. Em 1608, Matias forçou Rodolfo a lhe ceder a Hungria, a Áustria e a Morávia. Procurando ganhar apoio dos estados boêmios, Rodolfo emitiu um documento real chamado Majestät em 1609 que garantia a liberdade religiosa aos nobres e cidades. Este esforço foi em vão e Rodolfo foi forçado a ceder a Boêmia para Matias em 1611. O reinado turbulento de Rodolfo foi um prelúdio para para a Guerra dos 30 anos.
Rodolfo II foi um dos mais excêntrico monarcas europeus de todos os tempos. Rodolfo colecionava anões e possuia um regimento de gigantes em seu exército. Ele era rodeado por astrólogos e fascinado por jogos, códigos e música. Rodolfo fazia parte dos nobres de seu período orientados pelas ciências ocultas. Patrono da alquimia, financiou a impressão de literatura alquimista.
[editar] Casamento e posteridade
Deixou apenas uma filha bastarda, Carlota (morta em Malines em 1662) margravina da Áustria, que casou com Francisco Tomás (1589-1629 Besançon) Príncipe de Cantecroix, da Casa da Borgonha-Ivrea.
[editar] Ver também
- Lista de imperadores do Sacro Império Romano-Germânico
- Lista de soberanos da Hungria
- História da Áustria
- Guerra dos 30 anos
Precedido por Maximiliano I |
Sacro Imperador Romano-Germânico 1576 — 1611 |
Sucedido por Matias I |