Hungria
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Lema: não tem
Histórico: Regnum Mariae Patrona Hungariae Latim: Reino de Maria Patrona da Hungria |
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Língua oficial | Húngaro | ||||
Capital | Budapeste | ||||
Presidente | László Sólyom | ||||
Primeiro-ministro | Ferenc Gyurcsány | ||||
Área - Total - % água |
108º maior 93 030 km² 0,74% |
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População | 78º mais populoso
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Independência | 31 de Outubro de 1918 | ||||
Moeda | Florim húngaro (HUF) | ||||
Fuso horário | UTC +1 | ||||
Hino nacional | Himnusz (Isten áldd meg a magyart) | ||||
TLD (Internet) | .HU | ||||
Código telefónico | 36 |
A Hungria (em húngaro Magyarország) é um país da Europa de Leste, que confina a norte com a Eslováquia e a Ucrânia, a leste com a Roménia, a sul com a Sérvia e a Croácia e a oeste com a Eslovénia e a Áustria. Capital: Budapeste. Em 1 de Maio de 2004 a Hungria passou a integrar a União Europeia.
Índice |
[editar] História
Os romanos chamavam a região a oeste do Danúbio de Panônia. Após a queda do Império Romano, sucederam-se ondas migratórias de hunos, germanos, eslavos, ávaros, francos, búlgaros e, finalmente, magiares, estes no final do século IX.
Segundo a tradição, os magiares atravessaram os Cárpatos e entraram na planície panônia em 895, sob a liderança de Árpád. Em 1000, o Rei Santo Estêvão I, descendente direto de Árpád, fundou o Reino da Hungria, ao receber uma coroa enviada pelo Papa Silvestre II.
Entre 1241 e 1242, uma invasão mongol devastou a Hungria, com grandes perdas em vidas e propriedades. A Hungria levaria séculos para recuperar-se da tragédia.
Paulatinamente, o Reino da Hungria logrou livrar-se das ingerências polacas, boêmias e papais, consolidando a sua independência. Matias Corvino, que reinou entre 1458 e 1490, fortaleceu o país, repeliu os otomanos e fez com que a Hungria se tornasse um centro cultural europeu durante o Renascimento.
A independência da Hungria chegou ao fim em 1526, com a conquista otomana, após a derrota na batalha de Mohács. O Reino foi então dividido em três partes: o terço meridional caiu sob o controle otomano e o ocidental, sob o controle austríaco. A porção oriental permaneceu nominalmente independente, com o nome de Principado da Transilvânia. Os Habsburgos retomariam a totalidade da Hungria das mãos dos otomanos 150 anos depois, no final do século XVII.
Com o recuo dos turcos, começou a luta da nobreza húngara por autonomia no seio do Império Habsburgo. A Revolução de 1848 eliminou a servidão e garantiu os direitos civis, mas foi reprimida pelos austríacos. Em 1867, porém, a Hungria logrou obter da Áustria o reconhecimento de seu status autônomo, surgindo então a chamada Monarquia Dual, ou Austro-Húngara. O governo húngaro deu início a um processo de magiarização das populações de outras etnias, o que continuou até o término da Primeira Guerra Mundial, quando o Império Austro-Húngaro desmoronou. Em novembro de 1918, a Hungria tornou-se uma república independente. Após uma experiência comunista sob Béla Kun, que proclamou uma república soviética húngara, e uma invasão por tropas romenas, forças militares de direita, sob o comando do Almirante Miklós Horthy, entraram em Budapeste e instalaram um novo governo. Em 1920 elegeu-se uma assembléia unicameral, Horthy foi indicado Regente e a Hungria voltou a ser uma monarquia, embora sem rei designado.
O Tratado de Trianon, celebrado em junho de 1920, determinou as fronteiras da Hungria no pós-guerra. O país perdia então 71% de seu território, 66% de sua população e seu único porto marítimo (Fiume, hoje Rijeka, na Croácia) para os países vizinhos. O inconformismo com a perda de territórios e população foi a tônica do processo político húngaro do entre-guerras e perdura, de certa maneira, até hoje.
A Hungria alinhou-se com a Alemanha nazista a partir dos anos 30, na expectativa de obter de volta os territórios perdidos. Declarou guerra aos Aliados em 1941 e combateu principalmente contra a União Soviética. Ao fim da Segunda Guerra Mundial, a Hungria viu-se ocupada por forças soviéticas e tornou-se um Estado comunista sob controle de Moscou. A Revolução de 1956 foi a oportunidade para que os húngaros se manifestassem contra o regime stalinista instalado no país, mas o movimento foi reprimido pela União Soviética, pela força das armas.
Nos anos 80, a Hungria foi um dos primeiros países da órbita soviética a procurar dissolver o Pacto de Varsóvia e a evoluir para uma democracia multi-partidária e para uma economia de mercado. As primeiras eleições livres nessa nova fase da história da Hungria foram realizadas em 1990. Seguiu-se uma aproximação com o Ocidente que levou o país a aderir à OTAN em 1999 e à União Européia em 2004.
[editar] Política
O Presidente da República, eleito pelo parlamento de quatro em quatro anos, tem um papel sobretudo cerimonial, mas os seus poderes incluem a nomeação do primeiro-ministro. O primeiro-ministro escolhe os membros do governo e tem o direito exclusivo de os dispensar. Cada um dos nomeados para o governo deve apresentar-se perante um ou mais comités parlamentares e tem de ser formalmente aprovado pelo presidente.
A Assembleia Nacional unicameral, com 386 membros (o Országgyűlés), é o mais alto órgão de autoridade do estado e propõe e aprova legislação com o aval do primeiro-ministro. Um partido tem de conquistar pelo menos 5% dos votos para poder formar um grupo parlamentar. As eleições parlamentares nacionais acontecem de quatro em quatro anos (a última teve lugar em Abril de 2006). Um Tribunal Constitucional de 12 membros tem o poder de contestar legislação com base em inconstitucionalidades.
[editar] Subdivisões
A Hungria está subdividida administrativamente em 42 regiões, das quais dezenove são condados (megyék, singular: megye, em língua húngara) e 22 são designados de condados urbanos (singular: megyei jogú város) e há ainda a cidade-capital (főváros): Budapeste. Os outros 41 são:
Condados urbanos | Condados (Capital do condado) |
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[editar] Geografia
A paisagem húngara consiste principalmente das planícies planas a onduladas da bacia carpática, com colinas e montanhas baixas no norte, ao longo da fronteira eslovaca (o ponto mais alto é o Kékes, com 1 014 m). A Hungria divide-se em duas pela sua via fluvial principal, o Danúbio (Duna). Outros rios importantes são o Tisza e o Drava, enquanto que a metade ocidental contém o grande lago Balaton. O maior lago termal do mundo, o lago Hévíz (Hévíz Spa), situa-se na Hungria. O segundo maior lago na bacia carpática (e provavelmente o maior lago artificial da Europa) é o lago Tisza (Tisza-tó).
[editar] Economia
A Hungria continua a mostrar um forte crescimento económico e a trabalhar para aproximar a sua economia da média da União Europeia. O sector privado é responsável por mais de 80% do PIB. Há muito investimento estrangeiro e posse por estrangeiros de firmas na Hungria, com o investimento estrangeiro directo a totalizar mais de 23 bilhões de dólares desde 1989. A inflação e o desemprego - ambos preocupações prioritárias em 2001 - diminuiram substancialmente. As medidas de reforma económica, tais como a reforma dos cuidados de saíde, do sistema tributário e do financiamento da administração local, ainda não foram postas em prática pelo actual governo.
[editar] Demografia
[editar] Cultura
Data | Nome em português | Nome local | Observações |
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[editar] Clima
O clima da Hiungria é em geral Temperado com média anual de 10,3ºC em sua capital Budapest, com média do mês mais frio de -2,1ºC sendo um inevrno muito rigoroso , a menor temperatura foi de -30,2ºC no dia 14/01/1967 e verões muito quentes, podendo atingir marcas acima de 40ºC , a maior máxima foi de 42,3ºC no dia 8/07/1949.