Série harmónica (matemática)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em matemática, uma série harmónica é uma série infinita
Designa-se por harmónica devido à semelhança com a proporcionalidade dos comprimentos de onda de uma corda a vibrar: 1, 1/2, 1/3, 1/4, ... (ver série harmónica).
Diverge, embora lentamente, para o infinito. A demonstração faz-se tendo em conta que a série é termo a termo maior que ou igual à série
que claramente diverge. Inclusivé a soma dos primos recíprocos diverge para infinito (embora seja bem mais difícil de provar).
Contudo, as séries harmónicas alternadas convergem:
Isto é uma consequência das Séries de Taylor do logaritmo natural.
Se se definir o n-ésimo número harmónico tal que
então Hn cresce tão rapidamente quanto o logaritmo natural de n. Isto porque a soma é aproximada ao integral
cujo valor é ln(n).
Mais precisamente, se considerarmos o limite:
onde γ é a constante Euler-Mascheroni, pode ser provado que:
Jeffrey Lagarias provou em 2001 que a hipótese de Riemann é equivalente a dizer:
em que σ(n) é a soma dos divisores positivos de n. (Ver An Elementary Problem Equivalent to the Riemann Hypothesis, American Mathematical Monthly, volume 109 (2002), páginas 534-543.)
A série harmónica generalizada, ou série-p, é (qualquer uma) das séries
para p um número real positivo. A série é convergente se p > 1 e divergente caso contrário. Quando p = 1, a série é harmónica. Se p > 1 então a soma das série é ζ(p), i.e., a função zeta de Riemann em ordem a p.
Este raciocínio pode-se estender ao teste de convergência das séries.