Teologia da libertação
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A teologia da libertação é uma escola importante e controversa na teologia da Igreja Católica desenvolvida depois do concílio Vaticano II. Ela dá grande ênfase à situação social humana. O teólogo peruano Gustavo Gutierrez é um dos mais influentes proponentes desse movimento. Também o teólogo americano Cornell West e o brasileiro Leonardo Boff se destacam. O movimento foi forte durante as décadas de 60 e 70, quando se espalhou de forma especial na América Latina e entre os Jesuítas, sendo uma das orientações para o movimento das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Sua influência tem diminuído desde que partes importantes de seu ensinamento foram rejeitadas pelo Vaticano, e a partir do crescimento do movimento da Renovação Carismática Católica.
Integrantes do movimento afirmam que este sempre foi baseado em ideais de amor e libertação de todas as formas de opressão (especialmente opressão econômica). Também afirmam que ele teria uma forte base nas escrituras sacras. Por outro lado, alguns aspectos da teologia da libertação têm sido fortemente criticados pela Santa Sé e por várias igrejas protestantes (embora a Igreja Luterana a tenha adotado), principalmente pelo que consideram um excesso de politização e pela aproximação entre a teologia da libertação e o Marxismo, embora os próprios teólogos da libertação considerem que Marx pode sim "ser um companheiro de caminhada", mas nunca o guia, pois só um é o guia: Jesus Cristo.
O Papa João Paulo II solicitou à Congregação para a doutrina da fé dois estudos sobre a Teologia da Libertação. Eles foram colocados em documentos em 1984 e 1986 com os nomes de Libertatis Nuntius e Libertatis Conscientia. Neles se considera, em resumo, que apesar da importância do compromisso radical que a Igreja Católica assume com os pobres, a disposição da teologia da libertação em aceitar postulados de origem marxista ou de outras ideologias políticas não era compatível com a doutrina, especialmente ao afirmar que só seria possível alcançar a redenção cristã com um compromisso político.
Alguns afirmam que o que ocorreu não foi uma crítica ou repressão ao movimento em si, mas sim correção de certos exageros de alguns de seus representantes (como sacerdotes mais tendentes à política, ou mesmo ao gnosticismo). Seja como for, hoje a teologia da libertação já não tem a mesma força de outrora, enquanto movimento isolado. Por outro lado, muitas de suas idéias difundiram-se pelo clero e grande parte dos sacerdotes latino-americanos hoje está ligada em maior ou menor grau aos ideais de libertação dessa escola teológica.
A Teologia da Libertação é analisada de três formas, os três Ps. Profissional, pelos teólogos; Pastoral, nas igrejas e CEBs (Comunidades Eclesiais de Base); Popular, pelo povo oprimido no dia-dia.
[editar] Lista de Teólogos da Libertação
- Jean-Bertrand Aristide
- Carlos Felipe Ximenes Belo
- Samuel Ruiz
- Leonardo Boff
- Jose Miguez Bonino
- Dom Hélder Câmara
- Ernesto Cardenal
- Paul Gauthier
- Pedro Casaldáliga
- Gustavo Gutiérrez
- Erwin Kräutler
- Dom Oscar Romero
- Giampietro Baresi
- Juan Luis Segundo
- Jon Sobrino
- Camilo Torres
- Carlio Tursione
[editar] Ver também
- Comunidades Eclesiais de Base
- Frei Tito
- Juventude Estudantil Católica
- Juventude Operária Católica
- Juventude Universitária Católica
- Método Ver-Julgar-Agir
- Padre Josimo
- Santo Dias