Acetona
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Em química, a acetona (também conhecida como dimetilcetona, 2-propanona ou propan-2-ona) com fórmula química CH3(CO)CH3, é um composto sintético que também ocorre naturalmente no meio ambiente. É um líquido incolor de odor e sabor fáceis de distinguir. Evapora facilmente, é inflamável e solúvel em água.
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[editar] Obtenção
Uma das formas de se obter a acetona é pela oxidação do álcool secundário 2-propanol (isopropanol), utilizando uma mistura de dicromato de potássio (K2Cr2O7) e ácido sulfúrico concentrado (H2SO4).
[editar] Usos
A acetona é utilizada como solvente em esmaltes, tintas e vernizes; na extração de óleos e na fabricação de fármacos. Possui emprego na indústria de explosivos como gelatinizante da pólvora sem fumaça (nitrocelulose) e como produto inicial de sínteses químicas, em especial na indústria farmacêutica.
Um importante uso industrial da acetone involve sua reação como o fenol para a fabricação do bisfenol A. O bisfenol A é um importante componente de muitos polímeros tais como policarbonatos, poliuretanos e resinas de epóxi.
A acetona também é usadas extensivamente para o transporte seguro do acetileno. Recipientes contendo materiais porosos são inicialmente preenchidos com acetona seguido pelo acetileno, o qual dissolve-se na acetona. Um litro de acetona pode dissolver cerca de 250 litros de acetileno.
Acetona é freqüentemente o componente primário (ou único) na remoção de esmalte de unha. A acetona é também usada como um removedor de supercola. Ele pode ser usado para polimento e limpeza de resinas de fibra de vidro e epóxi. Ele é um forte solvente para maioria dos plásticos e fibras sintéticas.
Acetona foi usado na manufatura de cordite. Durante Primeira Guerra Mundial um novo processo de produção de acetona através fermentação foi desenvolvido por Chaim Weizmann, para ajudar o esforço de guerra Britânico.
Acetona também dissolve muitos plástico.
A acetona também é usada como um agente secante, devido a facilidade com que ela combina-se com a água, e então evapora.
[editar] Efeitos fisiológicos
Pequenas quantidades de acetona são metabolicamente produzidas no corpo, principalmente da gordura. Nos humanos, engordar aumenta significativamente sua produção endógena (veja cetose). Acetona pode ser elevada no diabetes. Exposição a acetona exógena pode ser tornar crônica devido a contaminação da acetona na água, alimentos (por exemplo leite), ou pelo ar (acetona é volátil). Inúmeros casos de envenenamento agudo têm sido descritos. Genericamente falando, a acetona não é composto muito tóxico; ela pode, entretanto, agredir a mucosa da boca e pode irritar e danificar a pele. Ingestão acidental de grandes quantidades de acetona pode levar a inconsciência e morte.
Os efeitos a longo prazo da exposição a acetona são bem conhecidos de estudos de animais. Danos nos rins, figado, e nervos, aumento de malformações congénitas, e redução da capacidade de reprodução dos machos (somente) ocorrem em animais expostos a longo prazo. Não se sabe se estes mesmos efeitos seriam exibidos em humanos.
Interessantemente, acetona tem demonstra possui efeitos anticonvulsionantes em modelos animais da epilepsia, na ausência de toxidade, quando administrada em concentrações milimolar (veja: Likhodii et. al., Ann Neurol. 2003;54(2):219-226). Foi hipotetizado que a dieta Cetogênica (rica em gordura, pobre em carboidratos) usadas clinicamente para controlar a resistência a droga em crianças favorece a elevação acetona no cérebro (veja Ibid, p. 219).
[editar] Características da acetona
Ponto de fusão: -94,6 ºC.
Ponto de ebulição: 56,1 ºC.
Densidade (25 ºC): 0,788 g cm–3