Alexandre I da Rússia
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Alexandre I da Rússia (ALEKSANDR PAVLOVITCH russo: Александр I Павлович из России), nascido em São Petersburgo em 12 de dezembro (no calendário ocidental 23 de dezembro) de (1777) e falecido em 19 de novembro ou no calendário ocidental 1º de dezembro de 1825 (Taganrog), foi czar da dinastia Romanov. Sucedeu ao pai Paulo I, subindo ao trono em 1801; seu reinado foi marcado pelas lutas com Napoleão, que o derrotou três vezes. Está sepultado na catedral da fortaleza de S. Pedro e S. Paulo em São Petersburgo. Há uma lenda de que abdicou secretamente e viveu como monge. Apelidado Bendito por Deus.
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[editar] Alguns dados cronológicos sobre seu reinado
Em 1801, adquiriu a Geórgia do leste e mandou proibir a venda de servos desligados de terra. Formou os ministérios em 1802. Em 1806 conquistou o Daghestâo e Baku. Entre 1806 e 1815 mandou construir o novo Almirantado, por Zakharov e de 1807 a 1811 foram realizadas as reformas por Speransky. A Finlândia foi anexada em 1808. Em 24 de junho de 1812 Napoleão invaviu a Russia; a batalha de Borodino foi lutada em 26 de agosto, e em 14 de setembro Napoleão entrou na cidade de Moscou, da qual partiu em 19 de outubro. Alexandre o perseguiu em 1813 e em 1814 até Paris. A servidão foi abolida entre 1816 e 1819 nas províncias bálticas. Entre 1817 e 1857, Montferrand construirá a catedral de Santo Isaac. Em 1819 a Universidade de São Petersburgo foi fundada. De 1819 a 1829 Rossi, arquiteto italiano, construiu o edifício do Estado Maior Geral na Praça do Palácio.
[editar] Comentários
Imperador e autocrata de todas as Rússias desde 1801, foi muito influenciado por sua avó, a czarina Catarina II, a Grande, que o tirou do pais para educá-lo, e o considerava seu sucessor. Era fez dele o czarevitch ou herdeiro em 1796. Primeiro filho do Grão Duque Pavel Petrovitch, futuro Paulo I, e da Grã Duquesa Maria Fiodorovna, nascida princesa de Württemberg-Montbéliard.
Feito czar quando assassinado o pai, em 12 de março de 1801, foi coroado na catedral da Dormição no Kremlin em 15 de setembro de 1801.
Seguidora, em termos, dos princípio iluministas, Catarina II convidou o filófo francês Denis Diderot para ser seu tutor particular. Como Diderot não aceitou, a cazarina convidou como preceptor o cidadão suíço Frédéric-César La Harpe, que, em termos de pensamento filosófico, seguia as idéias de Rousseau, era republicano por convicção e um excelente educador que inspirou afeto em seu aluno e ajudou a moldar permanentemente sua mente mantendo-a flexível e aberta. Alexandre é considerado das mais interesantes figuras de seu século, autocrata e jacobino, místico e homem do mundo, natureza complexa, extremamente popular em todos os níveis da sociedade. Iniciou reformas administrativas, educativas, cientificas, no regime da servidão.
Seu reinado foi marcado por uma política externa flutuante. Aliado da Inglaterra e da Áustria na coalizão de 1805 contra a França revolucionária, participou da terceira coalizão contra Napoleão, mas as forças russo-austríacas foram vencidas em Austerlitz (1805). Fez aliança com a Prússia mas depois das derrotas de Eylau e de Friedland (1807) se viu obrigado a assinar o Tratado de Tilsit, tornando-se aliado de Napoleão; declarou guerra a Inglaterra e aderiu ao Bloqueio Continental.
Atacou então a Suécia, para obter a Finlândia (1808); renovou hostilidades contra a Turquia, continuadas até a Paz de Bucareste (1812). O ressentimento russo com o sistema continental dominado pelos franceses provocou a invasão da Russia (1812). Havia retomado em (1811) a luta contra Napoleão, com isso causou a invasão de seu país por Napoleão, o que fez a Europa levantar-se contra o invasor. Embora retornasse à capital antes da derrota russa em Borodino (setembro de 1812), Alexandre tomou parte ativa na destruição do exercito retirante de Napoleão [1813] em Dresden e em Leipzig. Entrou em Paris (1814) com os Aliados, visitou triunfante Londres. Após a campanha da Rússia, desastrosa para os franceses, participou da sexta coalizão em 1813 e, caindo Napoleão, contribuiu para a restauração da dinastia dos Bourbons. Alexandre comandou o exército russo na campanha contra Napoleão. Após o fracasso da campanha da Rússia (1812), participou da libertação da Europa (Leipzig, 1813; campanha da França, 1814).
Em 1815, inspirou a Santa Aliança da Europa cristã, com os soberanos da Áustria e da Prússia. Queria resgatar o poder das dinastias absolutistas européias. No Congresso de Viena (1815) recebeu a Polônia, assumiu o trono, deu-lhe uma Constituição nova.
[editar] O período final
Desde a invasão da Rússia se tornara profundamente religioso. Lia a Bíblia diariamente e rezava muito. Deixara-se influenciar em Paris pelos pensamentos místicos de uma visionária, Bárbara Juliana Krüdener chamada Mme. von Krudener, que se considerava profetisa enviada ao Czar por Deus. Teve influência curta mas profunda pois o czar nunca mais abandonaria seu fervor evangélico.
Voltando à Rússia, a partir de 1818 demonstrou políticas retrogradas e reacionárias que o alienaram do povo. Desde que Napoleão foi derrotado em 1812, surgiram sociedades secretas pela Rússia exigindo a abolição da servidão. Um desses movimentos, um grupo de nobres insatisfeiros chamados Decembristas, pediam também o fim da autocracia. Sua liga idealista se tornara uma aliança dos monarcas contra os povos, depois dos encontros em Aix-la-Chapelle, Troppau, Laibach (Ljubljana), e Verona - campeões do despotismo, defensores de uma ordem mantida pela força das armas.
Alexandre mesmo ficou golpeado pelo motim de seu regimento Semenovski e pensou detectar a presença de radicalismo revolucionário. O que marcou o fim de seus sonhos liberais. Todas as rebeliões lhe pareceram então doravante revoltas contra Deus. Chocou o povo russo ao recusar apoio aos gregos, povo da mesma religião, ao se levantarem contra a tirania turca, mantendo que eram rebeldes como outros. O chanceler austríaco o príncipe Metternich, a quem o czar deixou a direção dos negócios europeus, aproveitou-e de seu estado de espírito. Tinha mesmo abandonado os assuntos do país a seu favorito Arakcheev.
A morte da única filha muito amada, uma enorme inundação em São Petersburgo em 1824 e o descontentamento com os regimentos de seu exercito levaram-no à Criméia, para tentar recuperar a saúde. Sua coroa passara a pesar muito e não escondia de família e amigos o desejo de abdicar. Quando a czarina adoeceu, Taganrog, aldeia no mar de Azov, parecia um destino ideal. Mas o czar contraiu malária durante uma viagem de inspeção, e morreu. Sua morte repentina, seu misticismo, a perplexidade da corte e a recusa de permitir a abertura de seu caixão ajudaram a criar a lenda de sua "partida" para um refúgio siberiano.
Anexou a Transcaucásia da Pérsia (1813) e a Bessarábia após guerra contra a Turquia Otomana (1812). Aboliu muitos castigos bárbaros, melhorou as condições de vida dos servos e fomentou a educação.
Sucedido por seu irmão Nicolau.
[editar] Casamento e posteridade
Tinha sido casado aos 16 anos, em São Petesburgo em 9 de outubro de 1793, com Luísa Maria Augusta de Bade-Durlach, de 14 anos, chamada ainda Maria Luísa de Bade (rebatizada na Rússia Elisaveta Alekseievna) nascida em Karslhue em 24 de janeiro de 1778- morta em 16 de maio de 1826 em Bjelev). Era filha do margrave Carlos de Bade, irmã de Carlos de Bade, o qual em 1806 casou com Stephanie de Beauharnais, filha adotiva de Napoleão. Seu casamento foi muito infeliz. Extremamente popular, ela se converteu à religião ortodoxa. Graciosa e culta, deixou um Diário, documento precioso.
Somente deixou filhas.
- 1 - Maria (São Petersburgo, 29 de maio de 1799 - 8 de julho de 1800 São Petersburgo).
- 2 - ELizabeth apelidada Lisinka (São Petersburgo 15 de novembro de 1806- 12 de maio de 1808, São Petersburgo).
E da aristocrata polonesa Maria Marishkine, filha do príncipe Czetwertynski, teve uma filha, Sofia (1806-1824) que casou com o príncipe Dimitri Narishkine.
Precedido por Paulo I da Rússia |
Imperador da Rússia 23 de março, 1801 - 1 de dezembro, 1825 |
Sucedido por Nicolau I da Rússia |
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