Brasil na Copa do Mundo de 1962
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A edição de 1962 do torneio marcou a 7ª vez que o Brasil participou da Copa do Mundo (em sete edições) e a primeira em que defendia o título de campeão. Por esse fato não disputou as eliminatórias, já que o último campeão tinha vaga assegurada junto com o anfitrião (Chile).
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[editar] Preparação para a Copa
Depois da campanha vitoriosa de 1958 o então presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD, atual CBF), João Havelange decidiu repetir todos os passos do planejamento anterior para a conquista do bi.
Na equipe e comissão técnica tudo era quase igual a 58. A equipe era quase a mesma, e mesmo jogadores que tinham afirmado que a Copa de 1958 seria sua última estavam escalados (como Nílton Santos, de 37 anos na época). A única mudança era o técnico: saía Vicente Feola por recomendação médica (que tivera algumas complicações cardíacas antes da Copa) e entrava Aymoré Moreira.
[editar] Primeira Lista
Na primeira convocação foram chamados 41 jogadores (23 paulistas, 23 cariocas e 1 gaúcho). Com esse jogadores a seleção seguiu para Campos do Jordão para exames clínicos. Feitos os testes (a qual descobiram que muitos jogadores sofriam de calos) a equipe seguiu para treinar em Nova Friburgo (RJ) e depois Serra Negra (SP). Nesse um mês de treinamento foi-se decidido os 22 jogadores. Como em 1958 só haviam jogadores de clubes paulistas ou cariocas (13 atuavam em São Paulo, 9 no Rio).
[editar] Convocação Final
Goleiros: Gilmar (Santos) e Castilho (Fluminense).
Laterais: Djalma Santos (Palmeiras), Nílton Santos (Botafogo), Jair Marinho (Fluminense) e Altair (Fluminense).
Zagueiros: Mauro (Santos, Bellini (São Paulo), Zózimo (Bangu) e Jurandir (São Paulo).
Meio-campistas: Zito (Santos), Didi (Botafogo), Zequinha (Palmeiras), Mengálvio (Santos).
Atacantes: Garrincha (Botafogo), Zagallo (Botafogo), Vavá (Palmeiras), Pelé (Santos), Jair da Costa (Portuguesa de Desportos), Coutinho (Santos), Amarildo (Botafogo) e Pepe (Santos).
[editar] A última preparação
No dia 19 de Maio de 1962 a Seleção fez seu último treino no Brasil, no campo do Fluminense. A partir daí foi recebida por vários políticos que aproveitavam a vantagem de aliarem sua imagem com a da Seleção.
De Brasília rumou para Campinas, onde embarcou para o Chile. Para dar sorte ao Brasil tudo era igual a quatro anos antes. O avião era e até mesmo o piloto eram o mesmo.
[editar] A Preparação para a Copa
A Seleção ficou na região de Valparaíso, na Ciudad del Sol, nos chalés da pousada de férias El Retiro.
No dia 24 de maio foi-se realizado um amistoso contra o clube chileno Wanderers. O primeiro tempo era destinado ao titulares, que venceram por 2x1, e o segundo aos reservas, que perderam de 1x0. No dia 27 o último amistoso, contra um time local, o Everton, goleando de 9x1.
As 10h de manhã de 30 de Maio houve a missa na concentração. Nela cada jogador recebeu uma medalha com uma mensagem do papa João XXIII: "Ficarei rezando para que o Brasil consiga repetir o feito de 1958".
As 15h daquele dia o Brasil estreava na Copa do Mundo.
[editar] A Copa do Mundo
[editar] Brasil x México
A estréia brasileira na competição veio com uma boa vitória sobre os mexicanos. A seleção mexicana tinha vindo com medo de uma goleada, e após o placar em branco no primeiro tempo, houve muitos abraços antes da descida para o vestiário.
No segundo tempo, Pelé conseguiu se desvencilhar da forte marcação mexicana criando os dois lances de gol do Brasil. No primeiro um belo lançamento para a cabeçada de Zagallo. No segundo, um golaço, partindo da intermediário do campo e driblando cinco adversários até a finalização no canto do gol do goleiro Carbajal.
Apesar da vitória, a imprensa brasileira criticou a exibição brasileira, chamando-a de "apática". Levando em conta o fraco desempenho da seleção mexicana em copas até então, havia uma grande expectativa no país de uma goleada.
Data: 30 de Maio, 1962
Horário: 15 horas
Estádio: Sausalito (Viña del Mar)
Público: 10.484
Gols: Zagallo (11') e Pelé (28')